Críticas Ao Difusionismo

A todo momento, diversas pessoas tentam explicar a origem de tudo. Desde o big bang, passando pela formação das galáxias, estrelas e planetas, a fim de, então, chegar a nós, seres humanos e demais seres vivos que habitam esse planeta chamado Terra. O que encuca muita gente é se, de fato, estamos a sós nesse vasto universo e, se estamos, como conseguimos nos originar.

E isso pode ser mais complicado do que se parece. Isso porque, existem muitos artifícios em jogo quando se começa a tentar entender de onde nós viemos e de onde iremos, pois não há somente convicções lógicas e racionais, mas também, diversas questões emocionais e, principalmente, religiosas. Imagine como deve ser difícil tentar mesclar os conhecimentos científicos com os pensamentos teocráticos, no qual o centro de tudo está fomentado na existência de uma entidade superior cuja a existência de tudo e todos está atrelada a ele. Por conta disso, muitas rusgas entre a religião e a ciência já existiram e continuam existindo. A Idade Média é a época mais propensa a se falar sobre isso, justamente por causa das atrocidades cometidas pela Igreja Católica contra àqueles que, em nome da ciência, tentavam desmitificar alguns conceitos passados como verdadeiros ás pessoas, como, por exemplo, que a Terra não estava no centro do universo, mas sim, em uma órbita em redor do Sol. Na época, muitos cientistas perderam a vida por terem desafiado os dogmas religiosos.

Para deixar os estudos sobre as origens mais fáceis, foram desenvolvidos diversas metodologias e teorias com o proposto de auxiliar os estudiosos a encontrarem respostas e conclusões sensatas para questões tão complexas. E a teoria do Difusionismo é uma delas. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre a Teoria, bem como algumas informações interessantes e algumas críticas direcionadas a ela. Confira:

O Que É O Difusionismo?

O difusionismo é uma teoria na qual se trata sobre a origem de diversas coisas no planeta, e de que, também, que uma coisa que surgiu em algum lugar específico, não pode ter se desenvolvido em simultâneo em outro lugar. O que poderia explicar a presença de uma mesma coisa em vários locais é a difusão desse de um ponto inicial, por isso o nome “difusionismo”.

Ou seja, se formos explicar a invenção da roda por meio dessa teoria, será dito que ela aconteceu em apenas um lugar, e, com o desenvolvimento de tal tecnologia, ela foi sendo passada de povo em povo vizinho, acabando, assim, por chegar em locais mais distantes. Vale lembrar que essa tecnologia pode ter chegado espontaneamente ou, até mesmo, por meio de conquista militar, imitação, entre outros. Além disso, é bom pensar também que, por esse método, a irradiação de tal tecnologia para outros locais é feita de maneira lenta, e que isso pode, então, demonstrar que o desenvolvimento dessa tecnologia não é igual em todos os pontos. Ainda, esse tipo de difusão pode acontecer com qualquer tipo de coisa, até mesmo, com questões religiosas.

Esse método de difusão tem sido bastante estudo para ajudar a descobrir onde uma tecnologia foi criada, por existirem diversas pistas que levam a diferentes caminhos. Ao definir um ponto de partida, pode-se estudar o quanto uma tecnologia se desenvolveu para chegar ao que chegou hoje.

Embora muitas pessoas acreditem que haja apenas uma vertente difusionista, existem duas, uma, que é britânica, e a outra, que é alemã.  A diferença entre elas é que a britânica definiu que existia apenas um centro de difusão, e que esse centro difusor estava localizado no Egito Antigo. A escolha do Egito como centro difusor se justifica por conta da grande tecnologia empregada pelos egípcios para erguer suas cidades, podendo ser visto isso com as grandes pirâmides. Até hoje, o modo de construção das mesmas permanece um mistério.  Eles argumentavam ainda que, os povos que não conseguiram captar a tecnologia transmitida pelos Egípcios, não conseguiram manter sua própria tradição na ativa e, assim, o perdeu no tempo.

Já a escola alemã acreditava que os traços culturais e étnicos se transmitiam a outros povos em círculos, atingindo, assim, vários outros povos, mas sem toda a carga de creditar a um único povo como o centro de tudo.

Embora tenham essa divergência entre as teorias, é bom lembrar que, com ela, é possível explicar diversos fenômenos culturais que acontecem entre os povos, como o caso das culturas adquiridas com o deslanche das Grandes Navegações, evento esse ultra importante para que a história mundial tivesse início: europeus que, em plena crise, precisavam encontrar novos mercados ou metais preciosos e, depois de relatos da presença de terras à oeste, decidiram percorrer o oceano em busca dessas terras. As encontraram e, depois da partilha, começaram a explorá-la sem dó nem piedade. Embora esse seja um momento negro na história da colonização mundial, o evento permitiu o choque de cultura europeu com o dos nativos americanos, e muitas coisas que aqui existiam, sequer pensavam em aparecer na Europa e vice-versa. Por exemplo, para se defenderem, utilizavam lanças, armadilhas e outras armas. Os europeus vieram armados com armas de fogo.  Nem precisa dizer qual o maior poderio de guerra da época, não é mesmo? Em contrapartida, diversos métodos de proteção na mata densa das novas terras foram compartilhados com os Europeus e os mesmos também trouxeram diversas “novidades” de suas terras aos indígenas, além de diversos tipos de costumes, incluindo, a culinária.

Críticas

No entanto, o sistema Difusionismo não está imune às críticas.  Por várias razões, pode se considerar que a teoria possui diversos problemas. Os especialistas argumentam que é muito difícil definir apenas um ponto de desenvolvimento, sendo que, várias pesquisas indicam que tecnologias semelhantes em vários povos ancestrais surgiram, praticamente, no mesmo período, e em distâncias tão longínquas que seria impossível a transferência de tecnologias, já que, naquela época, não havia um método eficaz de comunicação.

Outro argumento é que as necessidades humanas, sociais e econômicas podem encontrar os mesmos caminhos pois, talvez, essa seja a decisão mais racional, não porque ela foi “adotada” em outro local, surtiu efeito e esse efeito chegou a outros lugares.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Antropologia

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *