Teto da Capela Sistina

A Capela Sistina que fica no Vaticano é conhecida e admirada pelo o que os visitantes encontram no teto, um grande afresco pintado por Michelangelo. A obra foi feita entre os anos de 1508 e 1512 a pedido do então papa, Júlio II.

A pintura no teto da Capela Sistina é conhecida como o ponto alto da pintura da Alta Renascença e além disso, entrou para a lista das obras de arte mais famosos do mundo de todos os tempos. Sem falar que é um dos grandes tesouros da Santa Sé.

A Capela Sistina que abriga um teto tão famoso foi erguida entre os anos de 1477 e 1480 a pedido do então papa Sisto IV e o seu nome deriva justamente de quem a encomendou. Há muito tempo, o lugar vem sendo tratado de forma especial e é nele que o conclave acontece, entre outros eventos de grande importância para a Ingreja Católica.

A Pintura do Teto da Capela Sistina

Como foi dito, Michelangelo fez uma extensa pintura no teto da Capela Sistina e por isso é possível encontrar uma grande decoração, com detalhes como o Juízo Final, em um grande afresco. Outras obras do artista italiano podem ser observadas dentro da Capela Sistina e não somente o teto. Ele também foi responsável pela parede do altar do santuário. Além de Michelangelo, outros nomes importantes da arte da época colaboraram para concluir a decoração da Capela Sistina. Nas paredes é possível observar obras de Domenico Ghirlandaio, Sandro Botticelli e Pietro Perugino. E ainda, dos artistas do século XV, tapeçarias de Rafael.

Toda a decoração ilustra várias passagens da Bíblia e também a doutrina da religião católica.

No teto podemos observar 9 cenas que são contadas no livro Gênesis, destacando “A Criação de Adão”, que é a mais famosa de todas. A obra em comparação artística tem como única “concorrente” a Monalisa pintada pelo italiano Leonardo da Vinci.

Uma das cenas que podem ser observadas no teto da Capela Sistina que retrata a “Criação de Adão” já foi reproduzido inúmeras vezes, que é o encontro das mãos de Deus e Adão. Tanto na arte quanto na cultura popular, a imagem foi reproduzida várias vezes.

Além disso, na pintura do teto da Capela Sistina feita por Michelangelo podemos observar vários grupos de figuras humanas, algumas vestidas e outras não, o que nos deixa claro o quanto o pintor italiano era capaz de criar variando as composições e por isso, se tornou uma figura que inspirou e ainda inspira as novas gerações.

Sobre Papa Júlio II: O “Responsável” Pelo Teto da Capela Sistina

Também chamado de “papa guerreiro”, não foi somente pelo pedido a Michelangelo que decorasse o teto da Capela Sistina que o Papa Júlio II ficou conhecido. O principal motivo do seu destaque era a forma agressiva que ele buscava o controle político e a união na Itália, através da Igreja Católica. Através de simbolismo ele destacava a sua soberania, inclusive fazendo desfiles em carruagens ao fim de alguma guerra. Foi o Papa Júlio II inclusive, que deu início a reconstrução da Basílica de São Pedro no ano de 1506. O local era uma forma de destacar a sua supremacia. E foi no mesmo ano que fazia a reforma que pediu que fosse feito o teto da Capela Sistina, com uma pintura tão extensa e significativa.

As paredes da Capela Sistina naquela época já eram decoradas, isso tinha acontecido 20 anos antes. Uma parte da parede, em ocasiões especiais, recebe as tapeçarias de Rafael para cobrí-la, isso na parte mais baixa. A parte intermediária é possível observar afrescos que mostram a vida de Jesus na parte direita da obra e na parte esquerda, Moisés. Por último, no nível mais alto da parede é possível admirar janelas que homenageam os primeiros 32 papas.

Artistas Que Contribuiram Para a Decoração da Capela Sistina

Apesar do teto ser a atração principal da Capela Sistina, para todos os lados que se olha podemos ver ricas obras de arte dos mais renomados nomes de artistas da época. Todos eles que pertenciam a escola Renascentista, fora: Ghirlandaio, Botticelli, Cosimo Rosselli, Luca Signorelli e Pinturicchio.

O teto anterior, tinha uma tonalidade azulada, além de estrelas douradas que o enfeitavam, representando as constelações do zodíaco. Acredita-se que no lugar acontecia o encontro dos principais membros da Igreja Católica.

Michelangelo Não Queria Aceitar o Trabalho

Não foi fácil convencer Michelangelo a fazer a pintura no teto da Capela Sistina. Por se considerar mais um escultor, o artista italiano relutou um pouco em aceitar a incumbência. Além disso, ele estava ocupado com um trabalho de uma escultura para a tumba do papa. Porém, o papa Júlio II não deu muitas chances de resposta negativa para Michelangelo, foi constante e insistente, pois a única coisa que queria ouvir era um “sim”.

Porém, nesse meio tempo, teve início uma guerra com a França e Michelangelo aproveitou a distração do papa com o episódio e voltou a Roma para terminar as esculturas que estava trabalhando, mas mesmo assim, nunca conseguir finalizar aquelas da tumba que havia iniciado quando o papa lhe pediu que pintasse o teto da Capela Sistina.

O contrato para que Michelangelo fizesse a pintura na Capela Sistina foi assinado oficialmente no dia 10 de maio de 1508. Nesse acordo, o papa queria que fosse feita 12 representações dos apóstolos nos pendículos. Porém, o artista sugeriu que fosse feito algo maior e mais complexo e recebeu a autorização e carta branca, com a seguinte resposta do papa, “faça o que você gostaria de fazer”.

A princípio, nos planos de Michelangelo, se contava cerca de 300 figuras, no decorrer do tempo, foram sendo feitas outros trabalhos e a pintura ficou pronta no ano de 1512. Alguns historiadores sustentam que Michelangelo não foi o responsável por toda a ideia, como teria dado carta branca o papa Júlio II.

O artista teria recebido o suporte de Egídio de Viterbo, sendo um grande conhecedor de teologia, ele direcionava Michelangelo. Pois, observa-se que a obra foi feita por alguém que tinha grande conhecimento de teologia. Porém, outros estudiosos acreditam que Michelangelo não precisa de nenhum tipo de consultoria, pois é inteligente e tinha conhecimento da Bíblia suficiente para fazer esse trabalho sozinho. Ele teria lido e relido diversas vezes o Velho Testamento enquando fazia a pintura e nas escrituras encontrava inspiração para pintar, sem deixar que a arte sacra da época o deixasse influenciar.

No final, o que deveria ficar em cerca de 300 figuras, terminou com 343 figuras

O Teto da Capela Sistina uma das maiores e mais importantes obras de arte do mundo: os afrescos de Michelangelo, que os pintou na capela situada no Vaticano.

Embora Michelangelo fosse conhecido pelo seu grande dom para confeccionar esculturas, aceitou o trabalho e acabou realizando uma das maiores obras de arte que a humanidade possui.

Michelangelo decidiu contar alguns episódios da Bíblia no teto da Capela, transformando-a assim em um painel de cenas retratadas com maestria.

Entre as cenas retratadas pelo pintor estão: Deus separando a Luz das Trevas e a terra da água; Deus criando Adão e Eva, além do Sol e da Lua, e episódios importantes para como o Dilúvio Universal e o Pecado Original, entre muitos outros.

Algumas pessoas acreditam que existem mensagens cifradas dentro das imagens pintadas por Michelangelo. Assista ao vídeo e conheça um pouco mais dessa fantástica obra de arte.

Neto

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Categoria(s) do artigo:
Arte

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