Escravidão No Brasil

A Escravidão é uma palavra bastante conhecida, desde os primórdios do ser humano na Terra. A Escravidão pode ser resumida em: Um ser humano que obriga outro a trabalhar para ele, sem que o escravo receba dinheiro, alimentação ou local adequado para sobreviver.

E a escravidão ainda existe, apesar de em menor número e ser ocioso. Muitos desempregados recebem propostas de trabalho em lavouras, com a promessa de ganhar um bom dinheiro com isso.

Mas, ao chegar ao seu posto de trabalho, os patrões alegam que “dívidas” foram contraídas pelos trabalhadores no transporte, e para isso deveriam trabalhar para poderem pagar e serem libertos.

A Escravidão No Passado

No geral, a escravidão no passado se referia claramente aos africanos que eram retirados abruptamente de suas moradias para trabalharem como escravos nas lavouras de cana de açúcar, na maioria das vezes, localizadas no Brasil, ainda uma colônia portuguesa.

Mas devemos dizer que a escravidão começou com os índios nativos, mas só não foi levada para frente pela não aderência dos indígenas ao trabalho pesado, e também por exigência da Igreja Católica.

Os negros que desembarcavam nos locais de compra e venda de escravos chegavam muitas vezes doentes, com machucados ou até mesmo mortos. Isso se deve por conta das péssimas condições de tratamento a que eram submetidos quando estavam nos navios rumo ao local para servirem.

Os escravos eram vistos pelas demais pessoas como meras mercadorias, e a que tivesse melhor aparência tinha o preço elevado. Ou seja, o escravo que continha dentes bonitos, melhor preparo físico, além de ser saudável era vendido mais caro.

No Engenho

O trabalho nos engenhos feitos pelos escravos era muito árduo e cansativo; começavam assim que o sol raiava e terminava muito tarde, depois que ele se escondia por completo. Os trabalhos mais pesados, difíceis e, claro, mais perigoso, era todos deixados para os escravos.

Muitas vezes, um escravo ou outro, revoltado com as condições a que era imposto, resolvia fugir do engenho, o que causava rapidamente a ação do senhor do engenho, mandando os capangas recapturarem sua “propriedade”.

E, quando eram recapturados, como castigo, sofriam duras repressões, como chibatadas e outros.

A sua alimentação era muito precária; geralmente, comiam restos da comida que sobrava da casa grande. Mas havia alguns senhores que permitiam que os escravos mantivessem uma roça de subsistência, para que suas necessidades de alimentos fossem, ao menos, supridas de forma mais digna.

As Manifestações Culturais dos Escravos

Apesar de os escravos serem privados de sua liberdade, isso não os impedia de exercer um pouco de sua cultura, que é oriunda de seus locais de origem. Danças, comidas, e outros costumes foram transmutados para os engenhos.

A capoeira, por exemplo, é uma manifestação de dança que tem raízes tanto africanas quanto brasileiras.

A feijoada, um dos pratos-símbolo do Brasil, também é originária dos escravos que adicionavam pé e orelha de porco no meio do feijão. Essas partes do porco, os piores para se comer, era provindos da casa do engenho, cujos pedaços ninguém queria ingerir.

Mas, muitas vezes, os escravos eram impedidos de praticar seus costumes, principalmente, de ordem religiosa, já que o Cristianismo era bastante difundido na colônia. 

Os Quilombos

Entre os escravos das fazendas, sempre havia alguém que não concordava de jeito nenhum com as regras impostas, e tentava convencer os outros a se rebelarem e por fim ao trabalho forçado. Para isso, muitos organizavam fugas com um grande número de pessoas, e, se conseguissem tal feito, podiam escapar pelas matas que existiam ao redor da fazenda.

Em um local mais distante e, relativamente tranquilo, muitos deles estabeleciam ali um Quilombo. Quilombo nada mais é do que uma comunidade feita por escravos em alguma região com o objetivo de abrigar outros escravos fugidos, como também índios e brancos escravizados de alguma forma. Mas, para isso, era necessário que eles contribuíssem para que a tribo conseguisse se manter. Pode ser um caçador, ou um cozinheiro. 

Muitos senhores de terra viam nos quilombos uma ameaça contra os seus escravos, temendo que eles se contagiassem e tivessem a mesma opinião dos outros que viviam em tais comunidades. E investia em ataques que visavam a destruição de comunidades como essa.

E, no Brasil, o maior quilombo e mais conhecido era o Quilombo de Palmares, sendo líder Zumbi.  O quilombo perdurou por inacreditáveis 100 anos, até que foi desmantelado e destruído por capangas de senhores de engenho da região da Serra da Barriga, que, naquela época, era conhecida por capitania de Pernambuco, no ano de 1710, depois da morte de Zumbi por bandeirantes contratados para erradicar totalmente o quilombo que era próspero. 

A Escravidão No Brasil Acabou?

No Brasil, oficialmente falando, a Escravidão teve fim com a assinatura por parte da Princesa Isabel da Lei Áurea, que foi promulgada no dia 13 de maio de 1888.

Mas, não devemos dizer que a escravidão está erradicada do país. Isso porque a chamada “escravidão moderna” está cada vez mais presente no país.

Esses escravos nada mais são do que pessoas que estão desempregadas que são iludidos pelos “gatos”, que equivale a aliciador, de bons salários, e outras gratificações. Porém, ao chegar ao local, fica sabendo que há várias dívidas a serem pagas, e que o trabalho feito será o pagamento.

Embora isso ainda exista, o país está empenhado em criar ações policiais que investiguem e acabem com esse tipo de escravidão, além de, é claro, libertar os trabalhadores que estiverem acomodados em locais que não sejam dignos.

Mas não é somente os trabalhos em fazendas que podem ser consideradas como um tipo de trabalho escravo. As pessoas que são iludidas por outras para trabalharem na Europa, em busca de uma vida melhor, mas ao chegar lá começa a se prostituir, também podem ser consideradas escravas, por não ter liberdade de escolher se quer ir embora ou permanecer no local. Para isso, muitas agências internacionais de polícia se aliam para acabar com essas organizações. 

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Curiosidades

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