Conselho Federal de Psicologia

O primeiro mês de 2012 chega ao seu fim e um dos assuntos mais comentados de janeiro na imprensa foi a reintegração de posse de um terreno pertencente à massa falida do empresário Naji Nahas, que desde 2004 era ocupado por mais de três mil famílias em uma comunidade Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos, no Interior de São Paulo. O problema é que muitas entidades e organizações de defesa dos direitos humanos criticaram a ação policial da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar de São Paulo (PMSP) para cumprir um mandado expedido pela justiça estadual para a reintegração de posse, ocorrida no dia 22 de janeiro, considerando-a truculenta e desnecessária.

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Uma das entidades que criticou duramente a ação policial que desocupou três mil famílias foi o Conselho Federal de Psicologia, que no dia 25 de janeiro publicou uma nota oficial, repudiando a ação da polícia por considerá-la desnecessária, já que o local era ocupado pelas famílias desde 2004, além de integrantes de um grupo ligado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e não fora realizada nenhuma ação social anterior por parte do poder público para remanejar os moradores para outro local. Desde o dia 22 de janeiro, o terreno de um milhão de metros quadrados, com preço avaliado de R$ 180 milhões, pertencente à extinta empresa Selecta S/A, onde viviam desde 2004, os quase seis mil moradores, foi alvo de ações da Polícia Militar do Estado de Jão Paulo para cumprir uma ordem do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

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Já que o terreno é pertencente à massa falida da empresa, um investidor libanês, que investia na Bolsa de Valores e ficou conhecido em todo o Brasil por ter quebrado a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 1989. O Conselho Federal de Psicologia, em sua nota oficial, ressaltou de que a ação foi de uma extrema violência desnecessária, já que as famílias estavam instaladas na comunidade Pinheirinho desde 2004, além de não ser urgente a desocupação, pois o processo ainda corre na justiça e poderia muito bem ter sido feito um trabalho de ação social para remanejar as famílias para outro local.

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Resultado: no dia da ocupação, os moradores foram removidos do local com violência, sendo que muitos deles não puderam nem levar os seus pertences, que acabaram sendo destruídos com a demolição das moradias no dia seguinte após a desocupação. Pelo menos 32 pessoas foram detidas e 13 veículos foram incendiados, em um acontecimento que quase virou uma batalha campal, tanto que passou a ser chamado de “Massacre do Pinheirinho”. O resultado foi que o problema social na cidade de São José dos Campos, uma das mais ricas do estado de São Paulo, respeitável pólo tecnológico (abriga a fabricante de aviões Embraer), somente se agravou, já que milhares de pessoas não têm para onde ir. Do total de seis mil moradores, somente 760 ex-ocupantes do Pinheirinho procuraram abrigo, encaminhados para escolas e igrejas, e estão recebendo assistência de psicólogos, atuantes em seu papel de colaborar para o bem estar da população e eliminar toda e qualquer forma de violência. Com isso, tanto o Conselho Federal de Psicologia como demais entidades de defesa dos direitos humanos estuda medidas para defender os ex-moradores da comunidade Pinheirinho, para que possam refazer suas vidas.

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