Curiosidades Sobre Templos Gregos

Quando pensamos na arquitetura da Grécia Antiga é difícil não pensar primeiramente nos templos gregos. Um dos maiores representantes dessa arquitetura, o templo, tem a sua origem no “mégaron” que é um espaço que existe nos palácios micênicos que sçao anteriores. Esse modelo de construção arquitetônica tem uma forte influência na arquitetura da Roma Antiga e também nos templos romanos.

A Arquitetura dos Templos Gregos

A Origem dos Templos Gregos

Os templos são muito marcantes na cultura grega antiga bem como no segmento de edificações. Para os gregos essas construções eram essenciais para fazer o culto dos seus deuses, porém, é interessante compreender que inicialmente tudo o que eles precisavam para fazer o culto era um altar ao ar livre.

Com o passar do tempo os gregos começaram a fazer as estátuas dos seus deuses e se viram obrigados a ter como proteger as imagens da ação das intempéries do tempo. Dessa forma eles criaram os templos como sendo um lugar que pudesse proteger as estátuas da ação do tempo.

É importante que fique claro que os templos não tinham como função inicial servirem para acomodar os fiéis. Os rituais e cerimônias religiosas eram realizados diante de uma das fachadas do templo em geral a fachada leste. Poucas pessoas podiam entrar nos templos.

O Templo

Mesmo que tenhamos essa ideia de algo muito requintado e luxuoso os templos gregos podiam ser construções bem simples feitos de madeira ou de pedra. Muitos desses templos tinham apenas um ambiente, em geral o acesso ao templo era feito por um pórtico.

Nesse ambiente ficava a estátua do deus, o local era chamado de naos. Para os romanos o nome passou a ser cella. É comum que o nome cella seja utilizado também em relação aos templos gregos. O pórtico que ficava a frente do naos se chamava pronau.

Pórtico Traseiro

Uma curiosidade em relação a esses templos é que os gregos não apreciavam que as suas construções tivessem a parte da frente e a de trás diferente. Sendo assim se o templo podia ser facilmente visto de mais de um lado os gregos construíam um pórtico na parte de trás também.

Em geral, não existia uma entrada no templo pelo pórtico que ficava na parte de trás, pois o opistódomo tinha como objetivo apenas deixar o templo com um visual mais simétrico.

Templos Maiores

O que descrevemos acima era a forma como eram projetados e construídos os templos menores. Os templos maiores eram edificados em áreas que não tivessem impedimentos e que fossem proeminentes de forma que pudessem ser vistos de vários ângulos. Uma das principais preocupações dos gregos quando estavam construindo um templo era que todas as quatro fachadas dos templos tivessem um visual que impressionasse.

Na maioria dos casos o templo era erguida em cima de uma plataforma que tinha três degraus. O degrau de cima se chamava de estilóbata e era sobre ele que ficavam assentadas as colunas do peristilo bem como as paredes do naos. O templo era uma parte de um santuário de forma que a entrada para o mesmo era o que determinava o ângulo através do qual seria visto primeiro.

Curiosidades Sobre a Estrutura dos Templos Gregos

A seguir conheça melhor as áreas de um templo grego para entender melhor a sua estrutura.

Pronaos – Trata-se de uma antecâmara que tem como função anteceder o naos e que depois de transcorrido um tempo se tornou o nártex.

Naos ou Cella – Esse é o espaço em que é colocada a estátua da divindade a que pertence o templo. Um espaço que tem quatro paredes sem janelas e que pode ser organizado em até 3 alas que se dividem por colunas. É possível que nos templos muito grandes a cella seja usada como um pátio interior que não tem cobertura.

Aditon ou Abaton – Um espaço do templo que somente podia ser frequentado pelos sacerdotes para fazer culto ou para a colocação de oferendas. O aditon pode ser colocado no templo de formas diferentes, a primeira como uma sub-divisão do nãos que fique aberta para ele ou como uma câmara que fica isolada no centro do nãos. Outra possibilidade é que o aditon seja usado como um nicho na parede posterior do nãos.

Opistódomo – É a câmara que fica oposta ao pronaos e o local em que está o tesouro, tem casos em que o Opistódomo pode ser usado como aditom também.

As áreas citadas aqui estão envolvidas na parte externa pelas colunas de peristilo.

Os Tipos de Templos Que Existem

Os tipos de templos podem ser separados de acordo com o número de colunas que possuem em sua fachada. Confira a seguir os nomes que são dados para os templos de acordo com a quantidade de colunas que eles têm.

Quantidade de Colunas na Fachada – Nome Dado ao Templo

  • 4 – Tetrástilo
  • 5 – Pentastilo
  • 6 – Hexástilo
  • 8 – Octastilo ou octostilo
  • 12 – Dodecástilo

Também é possível nomear os diferentes tipos de templos gregos de acordo com o número de filas de colunas que eles possuem.

Quantidade de Filas de Colunas – Nome Dado ao Templo

1 – Monóptero: Esse nome também pode indicar um templo que tenha planta circular e que seja rodeado por uma fola de colunas. Quando o Monóptero em questão tem naos é chamado de tholos.

2 – Díptero

Pseudodíptero – Parecido com o díptero, porém, no qual as duas filas de colunas acabam não contornando o templo todo.

O templo ainda pode ser classificado em relação a distribuição das colunas.

Distribuição das Colunas – Nome Dado ao Templo

  • Totalmente rodeado por colunas – Períptero
  • Uma ou mais filas de colunas embebidas nas paredes do naos do tempo – Pseudoperíptero
  • Apenas com duas colunas na fachada – Prostilo

Mais Sobre o Prostilo: Trata-se de um templo com pórtico somente na fachada frontal. O pórtico é chamado de peristilo e trata-se da passagem através da qual era possível fazer a passagem das procissões. Para os gregos esse era o espaço intermediário entre o homem e deus.

Templo que tem colunas nas fachadas principal e posterior – Anfiprostilo.

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