A Vida Conjugal

História

Quando eu era garoto lá em Minas Gerais, eu tinha um professor brincalhão que dizia que os casais deveriam testar um mês de convivência sexual antes do casamento, para saber se o “pH” era compatível ou não. Seu Julião estava antevendo processos futuros e corriqueiros entre os casais de namorados.

Brincadeiras colocadas do lado, a vida conjugal não é tocada meramente à sexo. Esta é uma parte importantíssima de uma união, porém, como tudo na vida, a curva do gráfico vai em um crescente, estabiliza e com o passar do tempo e a lógica da vida, a tendência é a “curva do gráfico” declinar! Se pensarmos em uma relação duradoura, veremos que o amor vai tomando formas diversas com o passar dos dias, dos muitos dias. Digo dias, pois, vinte e sete anos convertidos em dias dão aproximadamente dez mil dias! Faça as contas.

A maturidade vai tocando as pessoas de uma forma tão profunda, que a intolerância, a arrogância, a falta de empatia, a falta de consideração com o outro vai e deve ser modificada ou apagada com o tempo, pois se viermos para este mundo para passarmos a vida toda sem passar o rascunho à limpo, de que serviu nossa existência? Se do jeito que aqui cheguei: “cascudo”, grosseiro, bonzão, metido, valentão, inseguro, medroso, assustado, com auto-estima zerada etc eu partir para daqui, de que valeu minha existência? Quanto cresci?


Seu Julião e “Teste Drive”

Quando Seu Julião falava em “teste drive”, nós, garotos de onze ou doze anos, só pensávamos em sexo e prazer, não imaginávamos que brincar de gente grande era muito mais do que realizar fantasias sexuais e ter prazer carnal.

Melhor do que viver uma vida conjugal aos trancos e barrancos e sempre estar querendo partir, é traçar lá no começo da relação, metas e desejos. Como as empresas têm seu planejamento estratégico, sujeito a ajustes e mudanças de acordo com o cenário, ideal seria toda relação conjugal ter seu rumo traçado antes, para que a futura família atingisse seus objetivos e que fosse da melhor maneira, feliz.

A União Conjugal

Afinal, estamos aqui neste mundo para sofrimento ou para a felicidade? Vale mais bater em ferro frio ou se tornar maleável para ajustar as formas às formas pretendidas? Qual o melhor, a dor ou o prazer? Muitos de nós fomos criados com a ideia de que o sofrimento purifica e dignifica, será? A felicidade que trazemos ou deveríamos trazer dentro de nós não poderia ser contagiante? Quanto vale fazer sorrir em vez de fazer odiar?

A união conjugal é uma sociedade. Numa sociedade onde o planejamento estratégico é alterado sem concordância dos sócios e das diretrizes, há grandes chances de ruptura na empresa. Na união conjugal não seria o mesmo? Se prometo amor eterno e fidelidade, por que não cumprir? Se é para descumprir, por que não discutir antes a mudança do planejado? É … temos muito o que repensar nesta vida. Com licença, vou ali repensar um pouco a minha.


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Curiosidades

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Comentários

  • Boa noite, gosto muito dos artigos publicados no site, todos estão de parabéns. Mas quem foi o autor desse artigo “A Vida Conjugal”?

    Valéria Vieira 10 de Abril de 2011 2:16 Responder

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