Hiroshima e Nagasaki aconteceram no período do fim da Segunda Guerra Mundial, se trata de dois grandes bombardeamentos usados durante o conflito cujo o alvo era o Império do Japão. Os ataques nucleares foram promovidos pela Força Aérea do Estados Unidos. A ordem partiu do então presidente americano, Harry S. Truman. As datas dos bombardeamentos foram: no dia 6 de agosto e 3 dias depois, 9 de agosto, do ano de 1945.
Os dois grandes bombardeamentos nucleares contra os japoneses por parte dos americanos não foram os primeiros, antes deles, o Japão sofreu com 6 meses de bombardeios, que atingiram 67 outras cidades do país.
A bomba nuclear que caiu sobre Hiroshima foi chamada de “Little Boy” e a segunda, aquela que atingiu Nagasaki, foi chamada pelos americanos de “Fat Man”. Os ataques americanos foram os únicos até os dias atuais em que foram usadas armas nucleares.
Segundo os dados do ataque dos Estados Unidos sobre o Japão com armas nucleares, no primeiro deles, em Hiroshima cerca de 140 mil pessoas morreram e no segundo, em Nagasaki, a guerra fez pelo menos 80 mil vítimas. Se tratam de estimativas que aparecem com números mais altos em alguns textos. Porém, em ambos os casos, a grande maioria das vítimas eram civis.
O ataque americano com as bombas nucleares, que levou á morte milhares de pessoas, fez com que o Japão se rendesse, fato que aconteceu no dia 15 de agosto de 1945. Em sequência, foi assinado oficialmente, em 2 de setembro do mesmo ano, em Tóquio, o “armistício”, marcando o fim da Segunda Guerra Mundial.
O ataque dos americanos é justificado de duas formas diferentes, do lado dos americanos, eles garantem que graças ao bombardeios, muitas vidas foram poupadas, uma vez que a guerra terminou meses antes e que a investida que planejava o Japão poderia ter matado muito mais pessoas. Do lado japonês, as pessoas julgam que os bombardeios foram desnecessários porque a rendição já estava sendo encaminhada na cidade de Tóquio.
Sobre Hiroshima
Quando Hiroshima foi bombardeada, durante a Segunda Guerra Mundial, era considerada uma cidade com grande potencial industrial. Já nos olhos da guerra era considerada um lugar de menos importância, com uma base militar de pouco valor, assim como não podia oferecer logística aos militares do exército japonês. Ao mesmo tempo, tinha um importate papel como centro de reunião para as tropas e se tratava de um centro de comunicações. Até o ataque americano com bomba nuclear tinha sido uma cidade poupada pelos bombardeamentos da guerra.
Hiroshima tinha um centro com muitos edifícios, alguns com uma estrutura mais forte e outros, em contrapartida, com sustenção muito ligeira. Em torno do centro era possível encontrar um grande número de oficinas de madeira, feitas em casas típicas do Japão. Já as fábricas maiores ficavam no limite urbano, enquanto as casas dos moradores eram feitas de madeira com o topo de telha. Resumindo, o material usado nas casas e o entorno de fábricas de madeira faziam com que a cidade fosse um alvo propício para pegar fogo em tudo rapidamente.
A população total de Hiroshima na época era de aproximadamente 380 mil pessoas, porém, com o rumo que a guerra estava tomando, em agosto de 1945, muitas famílias começaram a deixar o lugar, em uma evacuação organizada pelo próprio governo japonês. A estimativa é que no momento do ataque o número de pessoas fosse em torno de 255 mil.
Entre as duas cidades, Hiroshima era o alvo principal do exército americano. O avião que atacou a cidade foi pilotado pelo coronel Paul Tibbets e partiu da base aérea Tinian, que ficava localizada no Oceano Pacífico na parte Oeste. Foram cerca de 6 horas a duração do voo do seu destino inicial até o local de ataque e a data foi escolhida porque uns dias antes não foi possível devido as nuvens que pairavam sobre o alvo.
O ataque americano saiu exatamente como foi planejado, nos mínimos detalhes, foi usada uma bomba que pesava 60 quilos de urânio 235, que fez o efeito que se esperava dela. Já os japoneses se deram conta do ataque, através da rede de radar, com aproximadamente uma hora de antecedência. Porém, a comunicação entre as cidades foi suspensa, entre as cidades que não foram avisadas estava o alvo, Hiroshima. Estimam-se que os danos chegaram a 90%. Entre os mortos japoneses, pelo menos 11 americanos, prisoneiros de guerra também foram vítimas do ataque.
Sobre Nagasaki
Antes da Segunda Guerra Mundial, Nagasaki era de grande importância para o Japão porque era um dos maiores e de maior importância portos de mar da parte Sul do Japão. O que fazia da cidade um ponto importante durante o confronto.
Apesar de ser uma cidade considerada moderna, Nagasaki ainda conservava algumas características antigas japonesas bem evidentes e fortes, como as casas feitas de matéria-prima, como principal material. A argamassa quase não era usada na construção e os telhados eram construídos com total simplicidade, com telhas.
Até mesmo alguns prédios que serviam de sede para as indústrias eram construídos de madeira, nada feito em materiaal que conseguisse suportar a menor das explosões.
Outro problema que a cidade convivia era com o crescimento sem seguir um plano urbanístico, casas se misturavam com as fábricas, até mesmo na parte que deveria ser totalmente dedicada a indústria.
Ao contrário de Hiroshima, Nagasaki já tinha sofrido com pequenos bombardeamentos, nada de grande escala. Os “pequenos” ataques de 1 de agosto de 1945 atingiram docas que ficavam na parte sudoeste da cidade e estaleiros. Algumas bombas atingiram o Hospital da cidade e a Escola de Medicina. Os bombardeamentos de menor escala fizeram poucos estragos, mas despertaram a preocupação das pessoas que moravam na cidade, que começaram a serem evacuadas para partes rurais. A mudança fez com que o número de habitantes durante o ataque nuclear americano fosse bem menor do que população que até então vivia na cidade.
Quando os americanos atacaram Nagasaki, um grupo de aliados britânicos, prisioneiros de guerra, estavam trabalhando em minas de carvão do Japão e só tiveram conhecimento do ataque depois. Na opinião deles, foi graças a bomba lançada sobre Nagasaki que eles sobrebviveram. Mas, nem todos os prisioneiros sobreviveram, cerca de 8 podendo chegar até 13, morreram.