O que parecia utopia virou realidade no primeiro semestre de 2013, quando estourou o conjunto de manifestações apartidárias que levou pessoas de diversas idades diferentes às ruas das metrópoles brasileiras para unirem as mãos para reivindicar contra os principais problemas que acontecem no país desde as épocas coloniais.
Para as novas gerações entenderem melhor os problemas nacionais a classe dos professores pode abordar em sala de aula os principais motivos dos protestos. De R$ 01 trilhão que o país recebeu no PIB de 2012, menos de R$ 27 bilhões de destinaram para a saúde, educação e transportes.
Educação Carente no Brasil
De acordo com a “Academia Brasileira de Letras” no país existem cerca de quinze milhões de pessoas analfabetas. As pessoas saem das escolas públicas sem aprender a ler, escrever e fazer contas básicas. Por esse motivo não se consegue encontrar emprego e aumentam as chances de entrar para o mundo do crime. Ao não investir na educação o governo prejudica a economia por causa da falta de dinheiro da população e carência de profissionais preparados para assumirem postos.
Como diria Arnaldo Niskier, não adianta ter conjuntos amplos de analfabetos e ao mesmo tempo pós-graduação que se equivale aos grandes cursos da Europa e Estados Unidos. Problema da alta cúpula acadêmica está em valorizar os conceitos, pensamentos e ao mesmo tempo deixar de lado a prática – que consiste no valor que se procura no mercado de trabalho.
Apesar da presença do ensino fundamental nos municípios do país não existe qualidade na sala de aula. Outro fato que dificulta está no fato do ensino médio não se relacionar com o mercado de trabalho. Professores também possuem o que reclamar, em principal por causa de salários baixos e falta de apoio para se especializar dentro ou fora do país. Os programas que existem para capacitar estão abaixo da demanda.
As cotas raciais também não consistem em prática ideal para resolver o problema de educação e social ao ponto de preparar os jovens a assumir postos de trabalhos importantes e fazer prosperar o país. Com o imposto que os brasileiros pagam o Estado deveria ofertar universidade grátis!
Existem países que possuem menor carga tributária e ao mesmo tempo dispõe de ensino técnico e superior de qualidade para qualquer cidadão sem a necessidade de processos seletivos avançados para o nível educacional da sociedade na média ou exigência de cor ou raça. De fato, mesmo os pais que possuem condições de pagar por ensino médio optam por matricular filhos no ensino público para aumentar as chances de economizar na hora de pagar a faculdade.
Embora não tenha base legal, as cotas raciais aumentam nas universidades públicas e privadas, o que também representa forma de diminuir o nível de autonomia dos centros universitário.
Saúde e Crise no Brasil
De fato nenhum período do país foi positivo quando o assunto está na saúde pública ou privada. O SUS não oferece a qualidade que corresponde ao alto imposto que se paga no Brasil. Na mídia aumenta o número de notícias que se relacionam com a morte de pacientes por causa de erro médico.
A cirurgia plástica também representa outro problema. O texto da lei oficial oferece maior número de dúvidas do que clareza. Pessoas que precisam do serviço por motivos de saúde não conseguem vagas ou são cobradas por médicos que usam as guias médicas oficiais do Sistema Único de Saúde para negociar, conforme apontou o Jornal do SBT no primeiro semestre de 2013.
Não se pode ignorar o fato de que o problema também está nos planos privados. A ANS aponta que aumenta o número de queixas referentes aos clientes que reprovam os serviços. Em 2013 a agência chegou a suspender planos de oitos operadoras conhecidas no mercado por conta de pontos irregulares.
No que tange à saúde apenas os ricos possuem qualidade ao pagar planos que se equivalem a pelo menos três vezes além do valor das ofertas da média de mercado que atende de forma principal a classe média trabalhadora. Especialistas apontam que médicos deixam de fazer consultas nas pessoas com planos para trabalhar no particular por conta do baixo valor que recebem da iniciativa privada.
A classe média também se encontra nas manifestações populares. Lutam para que a presidente Dilma deixe de lado a ideia de trazer médicos de outros países para assumir postos que estão desocupados por causa do baixo salário e distância dos grandes centros econômicos do país. Também existe a medida presidencial que visa permitir apenas aos médicos o ato de prescrever medicamentos, o que atrapalha outras funções que se relacionam com a área médica, caso dos psicólogos, por exemplo.
Os profissionais que trabalham com psicologia entram em outra polêmica que se encontra na voz do povo que está nas ruas. No projeto da “Cura Gay”, os políticos que defendem a classe evangélica dizem que os psicólogos têm o direito de estudar a mente dos homossexuais porque se trata de fenômeno com pouca base de estudos e alta demanda acadêmica. Ativistas e a grande imprensa repudiam a ideia por achar se tratar de forma que encara a escolha sexual como doença.
http://www.youtube.com/watch?v=VvvH4bd3JQE
Transportes e Crise no Brasil
Quem mora nos grandes centros urbanos do Brasil e depende dos transportes públicos sabe como está o quadro do sistema. O cenário piora nos horários de pico! Agentes de seguranças chegam a bater com o cassetete nas pessoas que insistem em entrar nos vagões dos trens lotados.
Os ônibus não possuem frotas novas e demoram a chegar porque as operadoras diminuem os custos com a força de trabalho e combustível. Quando Porto Alegre anunciou aumentar os preços da tarifa os jovens foram para as ruas, aconteceu confusão com a polícia e o governador disse voltar atrás na medida em que se corrige conforme a inflação.
Porém, as pessoas no país passaram a ficar com maior atenção depois que o poder público de São Paulo e Rio de Janeiro decretaram aumento na passagem, o que provocou a gota final na paciência dos brasileiros que não possuem serviços públicos de qualidade desde quando descoberto por portugueses.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier
