Palavras de Newton
Em outras palavras, Newton já dizia: “A cada ação uma reação”. Onde estamos, como chegamos e o que somos, é mera consequência de nossas decisões e ações ao longo da vida.
Normalmente não paramos para examinar nossas atitudes e tomada de decisão e tendemos imputar a responsabilidade pelo nosso momento, às “coisas” do passado, ao critério de educação de nossos pais ou às questões do meio onde fomos educados, ou, deseducados. Acreditamos firmemente que as coisas deram erradas por culpa de outro ou outros e normalmente não queremos assumir nossa parte na ingerência ou incompetência que nos carregou para a situação que vivemos.
As pessoas que nos rodeiam, claro, têm muita influência em nosso ser, em nosso formar, em nosso crescer, porém, com o tempo, inteligentes que somos, podemos ir mudando a concepção daquilo que somos e onde queremos chegar. Conta-se uma historinha de um religioso e seu aprendiz que foram fazer um trabalho espiritual em um vilarejo muito pobre, paupérrimo.
Vaquinha Magrinha
Após todo aconselhamento sobre o intangível, partiram dali e na saída do vilarejo havia uma vaquinha magrinha pastando ao lado de um precipício. O mestre ordenou que o aprendiz empurrasse o animal pela ladeira. O aprendiz, atônito, lembrou ao mestre que era a única fonte de alimento para aquele povo. O mestre insistiu com o garoto, que cumpriu a missão, mesmo contrariado. Um ano após aquela data os dois voltaram para novo aconselhamento espiritual e o vilarejo tinha progredido, estava com nova aparência. O mestre perguntou a um transeunte o que havia acontecido e a resposta foi a seguinte:
“Senhor, tínhamos uma única vaquinha que nos alimentava e nos livrava da fome. Um terrível acidente a matou e para não morrermos de fome, cada um deste vilarejo saiu em busca de trabalho fora daqui e hoje nossa vida melhorou, pois as pessoas que de dia trabalham fora, aplicam os frutos de seu trabalho aqui na vila.” O mestre olhou para o aprendiz, que já estava mais maduro. O garoto entendeu a lição e só naquele momento viu que no ano passado o mestre não tinha ficado maluco nem se transformado em perverso.
Reflexão
Trazendo para o hoje, será que eu aqui e agora escrevendo este texto, estou refletindo o suficiente para mudar meus conceitos, quebrar meus paradigmas, romper as peias que me prendem a uma situação cômoda, mas não confortável? Será que diante de minha auto-suficiência, arrogância e comodismo, estou trabalhando para que me eu seja menos pior hoje do que ontem? Quantas vezes parei esta semana para refletir sobre minha existência como unidade pensante, imagem e semelhança do criador? Quando penso naquela vaquinha magricela, fico aqui olhando para mim e pensando com um certo receio: “puxa, como eu gosto de um golinho de leite!”