O planeta Terra é, até hoje, o único planeta em todo universo que possui vida – como a conhecemos, pois ainda não foi provada a existência de outras formas de vida em outros locais – e, como se sabe, possuí uma grande variedade de seres vivos, desde pequenos microrganismos até mesmo seres racionais, como nós, seres humanos.
Falando em nós, já somos em mais de 7 bilhões de habitantes desse pequeno planeta azul em meio ao grande Sistema Solar, casa de planetas milhares de vezes maiores que nós. E isso é incrível, visto que tanto os planetas quanto o próprio Sol são apenas “partículas” de poeira se comparados aos outros grandes astros presentes nas proximidades da nossa galáxia.
Voltando a falar em nós, essas mais de 7 bilhões de pessoas não são iguais entre si. Pelo contrário, cada uma pertença a uma religião, um costume e crenças diferentes umas das outras, o que se torna possível o estabelecimento de diferentes etnias pelo mundo, e esse é o assunto do nosso artigo de hoje. Aqui, será explanado o que é a etnicidade e algumas informações bastante pertinentes sobre esse tema. Confira-o a seguir.
A Definição De Etnicidade
A palavra “etnicidade” vem, como você já deve imaginar, da palavra “etnia”, e pode ser definido como um grupo de pessoas que possuem características culturais parecidas umas com as outras, como a mesma religião, os mesmos gostos culinários, as mesmas convicções, etc. É importante ressaltar que, para ser considerada uma etnia, é importante que tais costumes se diferenciem de um grupo a outro, pois, senão, ambos os grupos são uma mesma etnia, não existindo, portanto, a etnicidade.
A consciência de “etnicidade” leva a pessoa que faz parte dela de saber se posicionar nos papeis sociais tanto dentro da sua etnia como fora dela, além de saber também sobre as relações étnicas presentes, como, por exemplo, uma etnia se auto afirmar perante as outras, para mostrar que, assim como os outros, eles possuem voz e também querem ser ouvidos pela sociedade.
Muitas pessoas associam, erroneamente, o conceito de etnia como se fosse de raças, sendo que o significado puro da mesma nada mais nada menos é do que um conceito social, criado apenas para definir pontos culturais em comum com cada pessoa. Por exemplo, muitas pessoas acreditam que a raça negra é uma etnia, mas, no ponto de vista social, isso é um erro, pois não são todas as pessoas negras que possuem culturas e costumes iguais, o que pode criar uma etnicidade dentro de uma comunidade de pessoas negras. Apesar disso, questões físicas, como a própria cor de pele, as vezes são fatores cruciais para se definir uma etnicidade, sendo que essas relações, muitas vezes, são destinadas às questões que envolvem poderio e riquezas.
O conceito de etnicidade, apesar de ser bastante antigo, só foi sendo levado com seriedade depois da idade média, quando os europeus já haviam colonizado grande parte do “resto” do mundo, nas Grandes Navegações.
É sabido que, nessa época, os Europeus acreditavam que os povos que vinham a encontrar nas novas terras eram desprovidos de inteligência e de costumes que eles acreditavam ser “morais” e que “agradavam a Deus”. Mas sabemos que as principais motivações para a dominação europeia nessas terras era, justamente, a exploração de metais e pedras preciosas, que pudessem abastecer a Europa que vinha atravessando uma séria crise econômica.
Por “exploração”, podemos entender que a relação entre os europeus e os nativos não foi nenhum pouco carinhosa; os povos astecas, por exemplo, acreditavam que os europeus eram verdadeiros deuses que haviam desembarcado em suas terras com o propósito de abençoar a terra, tanto é que, quando o imperador asteca ouviu os primeiros relatos de barcos estranhos atracando no litoral, mandou imediatamente que seus servos os recebessem com pompas e honrarias, distribuindo presentes feitos com muito ouro e prata. Quando os europeus viram a quantidade de metais preciosos como presentes para eles, os mesmos ficaram maravilhados, já que eram exatamente isso que estavam procurando.
Algum tempo depois os europeus se rebelaram contra os nativos, e, percebendo as reais intenções dos colonizadores, os nativos ensaiaram uma resposta, mas já era tarde demais: além das armas dos europeus serem tecnicamente mais avançadas, vários nativos sucumbiram por conta das doenças que eles trouxeram da Europa. Muitas comunidades nativas foram dizimadas da face da Terra nesse período, restando apenas sítios arqueológicos, monumentos e construções daquela época.
Por causa dessa exploração econômica e social dos europeus, muitos nativos começaram a ensaiar movimentos para poderem reivindicar suas origens e terem seus direitos respeitados, sendo que, a maioria desses movimentos tiveram início em 1890, principalmente, na colônia inglesa ao norte da América: índios revoltados com as colonizações europeias, realizaram motins, tumultos e atentados para que pudessem ter a sua voz ouvida. Esses nativos justificavam o terror e a violência empregados nesse tipo de protesto como uma clara insatisfação à desmoralização que a sua cultura havia sofrido com a colonização estrangeira, bem como um sinal para que a sua independência pudesse retornar aos povos que foram atingidos pela ganância e truculência dos colonizadores europeus.
Esses movimentos de protestos, que ocorreram com frequência na parte norte da América, também se refletiu no Brasil, visto que os índios que aqui habitavam não aceitaram a dominação imposta pelos portugueses. Os Tupinambás, por exemplo, organizavam protestos usando tanto a religiosidade deles como a violência, para demonstrar a sua clara insatisfação com a exploração dos portugueses. É válido pensar que esses movimentos foram violentamente repreendidos, sendo que, a utilização da força e de armas por parte dos colonizadores portugueses causou mortes e medo aos nativos.
No entanto, foi de extrema importância tais movimentos, já que deu força a outros povos para que defendessem seu legado cultural, perante a ameaça europeia, já que os colonizadores acreditavam que os povos que estivessem ao seu comando deveriam respeitar e cultuar somente os costumes europeus, no qual chamavam de avançados. A religião também era alvo de reclamação por parte dos índios, que não aceitavam a doutrinação cristã que, segundo eles, visava a substituição da religião nativa pela imposta pelos europeus.