Difusionismo e Direito

A teoria do Difusionismo é uma das mais interessantes no que diz respeito ao desenvolvimento cultural e tecnológico de diferentes povos. De acordo com esse conceito cada grande inovação teve origem num determinado momento e cultura tendo assim se difundido e dado origem a outras inovações.

Essa difusão pode ser explicada por meio de apropriação de ideias, migração de soluções, aculturação, cópia entre outros, mas sempre tendo um ponto de partida que dá origem a derivações. Ao longo da história o Difusionismo tem sido uma corrente que se opõe conceitualmente ao Evolucionismo pelo fato de compreender que uma inovação relevante pode estar atrelada a um tempo menos agraciado cientificamente.

Irradiação de Ideias

Os teóricos do Difusionismo defendem que as invenções são irradiadas através de diferentes povos e culturas. Por exemplo, a roda teria sido inventada num determinado momento remoto da história e sua concepção irradiada por diferentes culturas. Esse ponto de vista pode ser aplicado a diferentes áreas do conhecimento como arte, religião e até mesmo o Direito.

Investigação

O conceito de Difusionismo pode ser usado tanto para promover uma investigação sobre inovações históricas como para o esclarecimento a respeito de uma invenção moderna. O mais importante é estabelecer o ponto em que tal solução passou a existir sendo que outras que sejam similares são consideradas como irradiações.

A Origem do Difusionismo

As teorias do Difusionismo se tornaram bastantes populares no início do século XIX tendo como principais bases às teorias alemã e britânica. Os principais nomes da vertente alemã dessa teoria eram Wilhelm Schmidt e Fritz Graebner. Para esses estudiosos os traços culturais se propagavam em círculos que eram chamados de Kulturkreise.

A escola britânica do Difusionismo teve como maiores expoentes G. Elliot Smith e William J. Perry que acreditavam na existência de um único centro cultural que para eles era o Antigo Egito. Tanto alemães quanto britânicos afirmavam que os povos que não tinham comportamentos e traços do que se entendia por civilização haviam de alguma forma se perdido do centro de propagação do Difusionismo.

Há um Ponto de Partida Único?

Para o Difusionismo é extremamente difícil aceitar e explicar casos em que uma invenção se dá ao mesmo tempo em pontos diferentes do globo. Para essa teoria existe sempre apenas um ponto de partida para qualquer inovação e a partir dele se dá a irradiação seja por cópia, negociação ou apropriação.

Porém, os críticos dessa corrente teórica apontam que nem sempre há precisão na afirmação de que uma invenção data ou pertence a uma cultura específica. Em defesa daqueles que seguem essa corrente de pensamento podemos citar dados arqueológicos que demonstram a existência de influência entre diferentes culturas. Claro que existem casos que não passíveis de explicação em que uma cultura muito próxima a outra foi incapaz de influenciá-la.

O Caso das Pirâmides

Um dos exemplos mais concretos de que o Difusionismo ainda enfrenta problemas para se tornar uma teoria completamente aceita é o das pirâmides. Essas construções se mostraram interessantes para o estilo de vida do Antigo Egito assim como na América Central. Povos diferentes com extrema distância geográfica desenvolveram projetos bastante simulares.

Alguns teóricos ainda tentam de alguma maneira fazer uma associação entre esses diferentes povos, mas a verdade é que não existe uma relação provável de que uma cultura seja o reflexo da outra. Talvez não exista uma teoria que seja absoluta em conceder explicações a respeito do desenvolvimento da humanidade.

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Categoria(s) do artigo:
Antropologia

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