Vênus de Milo é uma das estátuas conhecida mais antiga, que se encontra atualmente em exposição no Museu do Louvre que está em localizado na França, em Paris. Acredita se que ela é a representação da Deusa Afrodite que na mitologia grega era a deusa da beleza e do amor, sendo essa uma das Deusas mais cultuadas dos povos antigos da Grécia, sendo que eles a chamavam de Vênus.
Como é a Vênus de Milo?
A estátua é feita por dois enormes pedaços de mármore de Paros, que é uma espécie de mármore extremamente branca, e que possui uma semi transparência, esse mármore foi encontrado em uma das ilhas gregas e utilizado para a criação de esculturas.
Vênus de Milo possui cerca de dois metros e vinte de altura, sendo uma imagem imponente para aqueles que a veem. Como essa não é uma altura comum para os seres humanos no geral, acredita-se que a estátua estaria representando uma figura divina, e que tal altura seja para representar o seu poder.
Os dois pedaços de mármore que a compõe se dividem na cintura da estátua, sendo que essas partes se unem por espécies de grampos feitos com ferro. Acredita-se que haviam outras partes menores que também foram esculpidas em separado. Segundo estudos, no período neoclássico era comum que os artistas esculpissem as suas obras em partes separadas, para uni-las no final, o que leva a crer que a obra data se de tal época.
A estátua mostra tal mulher de pé, onde sua perna esquerda esta um pouco levantada e também levemente dobrada, e seu peso encontra-se teoricamente todo apoiado na outra perna, a direita. A figura ainda está com o corpo de certa forma torcido, o que faz com que as curvas da figura sejam acentuadas, como por exemplo sua cintura e também o seu quadril. Por esses detalhes faz se acreditar que o autor estava intencionalmente dar aquela obra um ar de sensualidade e feminilidade.
A mulher representada encontra se sem vestes na parte superior do seu corpo, tendo apenas um pano enrolado em sua cintura. A imagem pode demonstrar que tal pessoa representada estava entrando ou saindo do banho, ou ainda vivendo uma outra situação possível de se estar com tão poucas vestes. A imagem traz uma mulher com barriga, seios e ombros a mostra, sendo esses parecidos com o de uma mulher comum.
A figura claramente quer mostrar um contraste, que é evidenciado na diferença entre a parte superior e inferior do corpo. Na parte superior encontra-se algo mais delicado e feminino, com o corpo a mostra. Na parte inferior você consegue ver um manto pesado, com texturas diferenciadas. O trabalho de esculpir o mármore foi feito de maneira perfeita, esculpindo as pregas exatamente como estariam em um tecido maleável. Ao analisar a imagem pode parecer que a sua perna levemente levantada é uma tentativa de se manter o manto que estava escorregando.
O rosto da estátua mostra uma beleza que seria considerada a beleza clássica e tradicional da mulher da época. O seu rosto está sereno, sem transmitir emoções diferentes, com uma expressão mais difícil de ser decifrada e um olhar que parece distante, algo que é difícil de se decifrar. Parte da sua fama e seu grande número de admiradores é devido a sua expressão que pouco diz sobre ela, mas muito intriga a todos. A sua boca expressa um pequeno sorriso. Os cabelos da figura estão presos em um coque, e são feitos de maneira ondulada que foi esculpido com cuidado e maestria pelo autor, sendo eles ainda divididos no meio pela parte da frente.
O acabamento da Vênus de Milo é feito de maneira desigual, sendo que sua frente é mais bem acabada, e sua parte traseira é mais simples. Essa também era outra prática comum para estátuas que iriam se instalar em nichos.
Alguns Elementos Que Se Perderam
Vênus de Milo tem algumas partes faltantes em sua figura que podemos ver nos dias de hoje. Ela não possui o pé esquerdo, e alguns outros detalhes, mas o que mais chama a atenção na figura, e, além disso, um dos detalhes que a tornou tão famosa é a falta de seus dois braços.
A imagem da deusa usava joia feitas de metal, como brincos, uma tiara e também uma braçadeira. Pois é possível notar locais onde esses detalhes eram fixados. Também acredita se que era possível que ela possuía outros adereços, mas que sua superfície foi coberta de forma que não deixou a marca desses.
A falta dos braços é o ponto mais marcante da imagem. Isso mexe com o imaginário das pessoas, que durante os anos tentaram desvendar como estavam posicionados os seus braços e também como perdeu e onde estão os membros perdidos. Ao longo do tempo surgiram diversas lendas a cerca desses fatos.
Existe um desenho da obra, que não possui autor identificado, encontrado no estábulo de Kentrotas. Esse desenho, que data de mil oitocentos e vinte, mostra a deusa de forma completa, sendo que os braços encontram-se um abaixado e o outro de forma levantada no ar. Kentrotas foi o camponês que a desenterrou no dia oito de abril de mil oitocentos e vinte.
Há um registro feito por Voutier, cadete francês que estava com Kentrotas no dia que descobriu a estátua. Esse registro mostra a estátua separada em duas partes, sem os braços. Acredita-se que os braços estavam separados da estátua, porém claramente eram parte da obra. Há também um relato sobre o uso de força ter feito com que os braços haviam se quebrado, e que as pessoas nunca voltaram para pegá-lo.
Uma das principais versões sobre os braços da deusa diz que o seu braço esquerdo estava segurando uma maçã, acima de sua cabeça. Mas os fatos são confusos, a mesma pessoa que fez esse relato, depois declarou que tal braço com maçã não pertenciam a estátua. Para quem acredita nesse teoria, a maçã faria sentido, já que na história da Deusa, muitas vezes ela era representada pelo fruto da maçã. Outra teoria diz que como maçã significa ”Milo”, seria uma referência ao local onde foi esculpida.
Parte do braço que foi encontrado, além de uma mão segurando uma maçã, foram levados ao museu do Louvre juntamente com a estátua. O Conservador do Louvre que recebeu a estátua diz que há algumas escoriações no ombro esquerdo da estátua, e que um padrão parecido de escoriação se encontra na mão, o que certamente indicaria que ela era parte da figura no total. Esses fragmentos também estão expostos no Louvre, separados da imagem da Deusa.
No ano de mil oitocentos e setenta, Louis Adolphe Thiers assumiu como presidente da França. Ele então pediu ao embaixador da França que estava na Grécia para pesquisar sobre a estátua. Lá o homem encontrou o filho e também o sobrinho do camponês Kentrotas, que originalmente encontrou a estátua. Eles disseram que segundo o relato do mesmo, ela encontrava-se com ambos os braços no dia de sua descoberta.
Como a Estátua Foi Descoberta?
A história por de trás da descoberta da Vênus de Milo é um pouco confusa por não haver muitos registros detalhados de tudo que ocorreu na época, dessa forma não sendo uma história completamente clara, pois há diversas versões da história que acabam por se diferenciar em muitos detalhes que seriam importantes para a conclusão da história. Sendo que com tantas versões acabou por se tornar uma espécie de lenda importante, e despertar a curiosidade e interesse de vários estudiosos para esse assunto.
A historiadora Marianne Hamiaux, que escreveu o livro “les sculptures grecques: des origines à la fin du ive siècle avant j.-c” descreve a história da descoberta da Vênus de Milo tendo ocorrido no dia oito de abril de mil oitocentos e vinte.
A história de quando a estátua foi desenterrada é conhecida e não há controversas sobre ela. Tudo ocorreu quando o camponês Yorgos Kentrotas estava procurando pedras para construir um muro em sua propriedade. Yorgos Kentrotas morava perto da cidade que estava localizada na antiga ilha de Milo, que na época também era chamada de Melos ou ainda Milos, a cidade pertencia ao Império Otomano, no mar Egeu. Durante a busca de Kentrotas estava junto com ele Olivier Voutier, que era um francês que estava na cidade por ser cadete naval.
Quando estava buscando por pedras, Yorgos se deparou com parte da estátua. O cadete francês era um apaixonado por arqueologia e por objetos com história, por isso ele incentivou o camponês que o acompanhava a continuar cavando para que eles pudessem saber do que se tratava a estátua.
Segundo o que foi registrado por Olivier Voutier, Kentrotas estava buscando pedras nas ruínas de uma capela do local, e de repente se deparou com a parte superior de uma estátua. Olivier então percebeu que aquilo podia ser uma peça importante, oferecendo então dinheiro para que o camponês continuasse escavando até desenterrar completamente tal estátua. Depois e um tempo encontrou a parte inferior, e por ultimo o que conectava a estátua.
Como Vênus de Milo foi para o Museu do Louvre
O então cônsul da França que estava em Milo descobriu sobre o achado e preparou tudo para que as escavações fossem finalizadas. Quando mais pessoas se envolveram na busca, foram descobertos os demais fragmentos que são conhecidos hoje, sendo eles a mão que esta segurando uma maçã, e mais três blocos que possuíam inscrições além de dois pilares de Herma (peças comuns da Grécia Antiga, onde há um pilar retangular, e em cima uma cabeça deus Hermes).
Apesar da descoberta ter sido feita pelo camponês, ela foi auferida a dois outros franceses que estavam na região, sendo eles o tenente Matterer e também Jules Dumont D’Urville, que também foram duas pessoas que viram a estátua enquanto se encontrava no período de sua escavação.
Jules Dumont D’Urville escreveu um relato de quando encontrou a estátua, onde falou mais detalhadamente sobre como ela foi vista, relatando que a encontrou dividida em pedaços que eram mantidos por grampos de ferro. Também foi relatado que o camponês Kentrotas havia escondido em seu estábulo a parte superior da estátua além dos dois pilares de Hermes, pois estava com medo de pegaram o trabalho dele. Ele também relatou que a estátua já se encontrava sem os braços, o que difere do relato que foi obtido de Kentrotas.
Na época o cônsul pressionou o governo francês para comprar a estátua que havia sido encontrada, porém as negociações ocorriam de forma demorada. Até então a estátua era pertencente ao camponês que a havia encontrado. Então, como a estátua era de posse dele, ele decidiu doar ela para um padre local, que pretendia presentear outra pessoa com ela, um turco. Ao tomar conhecimento de tal tratado, o governo francês enviou um secretário para a ilha para que a França tivesse posse do então novo encontro. Quando o secretário chegou a ilha de Milo a estátua estava seguindo para o embarque diretamente para a Turquia, mas o secretário conseguiu comprar ela novamente para que a França tivesse posse de tal achado.
A estátua então ao invés de embarcar para a Turquia foi embarcada para a França, onde foi escondida dos turcos que desejavam a posse da mesma. Logo depois a estátua foi para Paris, chegando a cidade no dia primeiro de dezembro de mil oitocentos e vinte. Em Paris, Vênus de Milo foi entregue aos cuidados dos curadores dos Museus Reais. No ano seguinte, em mil oitocentos e vinte e um, o rei Luís XVIII foi presenteado com a preciosa estátua, que ele decidiu doar para o Museu do Louvre, onde poderia ser apreciada por diversas pessoas.
A Identificação Do Período De Origem Da Obra
Apesar de todos que tiveram conhecimento da descoberta da estátua terem noção de que ela era importante, haviam diversos problemas para descobrir a verdadeira identidade de quem estava representada naquela imponente figura. Foram levantadas várias hipóteses para saber sua origem.
Na época a França estava passando por um período onde foi obrigada a devolver diversas relíquias que possuía em seu acervo, que haviam sido confiscadas por Napoleão durante suas expedições por toda a Europa.
Dessa forma o acervo de peças importantes do país diminuía, e por isso a aquisição da estátua de Vênus era um feito importante para o país. Mas para a peça ser realmente algo importante, era preciso reafirmar o valor artístico de tal peça. No geral, todos os especialistas tinham certeza que aquela figura era importante, porém não conseguiam determinar sua origem e também o que ela representava. Com isso, mesmo tendo certeza de que a peça era uma grande obra prima, se sucedeu um período de decepção por não conhecer de fato a sua identificação.
Possíveis Conclusões Sobre Sua Origem
A determinação da identificação ainda passava por dificuldades já que ela não estava totalmente completa, faltando os braços e também o pé. Isso também era um fator que dificultava ter mais conhecimento sobre ela. Foi Quatremère de Quincy, que era o secretário do Instituto de Belas Artes, que criou uma teoria para definir a identidade da estátua. Ele rejeitou a mão que foi encontrada junto, dizendo que ela não encaixava com o restante da obra e determinou que aquela estátua era a representação de uma deusa Venus Victrix (em tradução Vênus Vitoriosa). Ele também atribuiu a autoria de tal obra ao círculo de Praxíteles (um dos maiores escultores da Grécia antiga), acreditando que ela foi feita por volta do século IV antes de Cristo.
Outro historiador da arte, chamado Éméric David possui outra versão, onde ele aceita a mão segurando a maçã como pertencente a figura, e ainda definiu que ela era a representação de Vênus do concurso de beleza do julgamento de Páris (famoso conto mitológico da Grécia Antiga). Éméric ainda atribuiu a criação da peça antes da escola de Praxíteles, e depois da época de Fídias (ambos períodos de arte da Grécia).
O curador das antiguidades do Louvre, que se chamava Frédéric de Clarac, concluiu que um dos blocos que havia sido encontrado nas escavações que descobriram a estátua pertencia a ela. O bloco tinha uma inscrição que dizia “Alex – andros, filho de Mênides, De Antioquia no Meandro, fez essa estátua”. Apesar de esclarecer quem poderia ser o autor da obra, não era conhecido nenhum Alexandre que fora escultor, além disso, devido a cidade que estava sendo citada no bloco, conclui-se que aquela obra fora feita no período Helenístico, que não é uma das escolas da arte de maior sucesso, sendo assim, a estátua não teria autoria de algum escultor grego mais prestigiado.
Apesar de essa ser uma descoberta que explicaria muita coisa, ela não era o que os possuidores da estátua esperavam. Com isso, o diretor do Louvre decidiu que aquele bloco com tal inscrição não pertencia a estátua, e dessa forma não foi reintegrado a ela e muito menos considerado o solucionador da história por detrás de tal obra. Esse bloco então desapareceu e nunca mais foi visto, sendo que tornou conhecido a sua história devido a um estudante de artes que fez um desenho de tal peça.
Exposição como Vênus
A obra que estava sobre cuidados do Museu do Louvre deveria ser restaurada por completo, fazendo com que todas as partes que foram encontradas junto a ela na escavação se unissem. Porém, os restauradores não conseguiam determinar qual era a posição dos braços, o restauro que foi feito na peça foi mais simples. Foi preciso fazer uma pequena restauração na ponta do nariz, também no dedão do pé direito, no lábio inferior e ainda em algumas dobras do manto. Também adicionaram um pé esquerdo com uma base.
A primeira exposição da obra ocorreu em maio de mil oitocentos em vinte e um, quando o museu anunciou a peça como Vênus de Milo, sendo uma obra que datava do período da escola de Praxíteles, conclusões que foram tiradas por Quatremère, e autenticadas pelo diretor do Museu.
Porém, como foi mostrado acima, havia divergências em relação a sua origem, um dos historiados que acreditava em outra origem, Clarac, levantou algumas polêmicas acerca do caminho tomado pelo museu, fazendo circular um folheto com o desenho que havia sido registrado do bloco que comprovava, para ele, que a origem era do período helenística. Sua teoria não foi aceita na França, porém foi acatado na Alemanha, o que fez com que vários peritos alemães o apoiassem e suspeitassem da origem da peça, além dos atos dos responsáveis pelo Museu, como o sumiço do bloco.
Identificação Nos Dias De Hoje
Na época, a obra pertencer a escola helenística parecia ser algo ruim para a fama do museu, e acredita-se que por isso decidiram encobrir tal informação. Baseando se tanto na inscrição como em algumas características do estilo da obra, acredita-se que ela pertencia a escola helenística. Acredita-se que a inscrição era sim parte da estátua, e mesmo com algumas dúvidas, essa é o principal ponto para encaixá-la a esse período.
Analisando Vênus de Milo, é possível notar que é uma obra eclética, característica típica da arte do período do Helenismo. Em tal época, os artistas buscaram mesclar estilos de arte antiga com o que se conhecia de novo. Apesar disso, não são todas as características da estatua que batem com a arte do Helenismo. Mesmo nos dias de hoje não é possível por definir completamente a história de sua origem. O Museu do Louvre tem como sua crença a de que ela data do final do século II a.C., sendo do período helenístico, mas podendo pertencer tanto a escola de Rodes como a de Pérgamo.
Vênus (?)
O que se teve mais discussões foi sobre o período em que a obra foi feita, a data de sua criação. Porém, também não é possível afirmar que a imagem é a representação de Vênus, apesar de que essa seja a identificação mais aceitada e muito pouco questionada. Ao longo do tempo, foi sugerida que aquela figura poderia ser também uma deidade, chamada Anfitrite, ou ainda Diana que era uma danaíde.
Porém, a teoria de que representa Vênus tem ainda mais um ponto a se considerar, o local que a estátua foi encontrada era possivelmente um ginásio antigo dedicado aos deuses Hércules e Hermes, que eram os patronos dos atletas. No local também foram encontrados os pilares de Herma, o que faz com que a probabilidade dessa identificação seja correta. Nesses locais eram comuns imagens representando Vênus.
Movimentações Ao Longo Dos Anos
Desde que foi para o Museu do Louvre, Vênus de Milo não saiu muitas vezes do local que é posta em exposição. Porém, algumas vezes ela teve que sair para ser exposta em outros locais ou ainda por motivos de segurança.
Sua primeira saída do Museu foi no ano de mil oitocentos e sessenta e dois, quando ela foi levada para Londres para ficar em exposição. Depois, ela teve que ser escondida durante a guerra Franco-Prussiana, que durou cerca de um ano a partir de mil oitocentos e setenta, pois era temido possíveis saques, com isso, ela foi escondida em uma delegacia de policia, onde fizeram uma sala secreta para ela. Também durante as duas Guerras Mundiais ela foi novamente escondida por segurança. Já no ano de mil novecentos e sessenta e quatro ela foi enviada para os Jogos Olímpicos que estavam ocorrendo no Japão.
Reparações Feitas
Em sua segunda saída do Museu devido a Guerra, percebeu que a parte que juntava a estátua havia sido danificada, o que causou uma alteração na forma da postura da mulher. Apesar disso demorou cerca de doze anos para que ela fosse restaurada com a sua forma original, nessa data também foram removidos parte dos primeiros restauros que haviam sido feitos nela quando ela foi descoberta. No transporte da Vênus até o Japão também houve alguns problemas no encaixe, sendo ela novamente restaurada.
Após essas pequenas correções de problemas, ela só voltou a passar por algum tipo de intervenção no ano de dois mil e nove. Foi um trabalho minucioso, onde se removeu a poeira que havia acumulado em sua superfície, assim como a remoção de mais alguns reparos que haviam sido feitos anteriormente. Foi então constatado que ela já havia passado por um restauro na Antiguidade e outro no Século XX, onde foi colocado um bilhete escondido datando tal feito.
Grandiosidade Da Obra
No artigo podemos constatar praticamente toda a história que envolve a Vênus de Milo, mas falta falar o porquê dela ter se tornado uma das obras de arte mais famosas da história. Vamos entender um pouco mais sobre a fama dessa peça ao longo dos anos.
Acredita-se que na Antiguidade a peça fosse algo popular, não sendo considerada uma grande obra de arte. Algumas mutilações que aparecem em sua superfície apontam o que pode ser o sofrimento de golpes violentos, muitos acreditam que devido a força que o cristianismo tomou, talvez ela tenha sofrido alguns golpes por ser a representação de uma deusa pagã.
Apesar de não acreditar que ela foi notória na Antiguidade, a França fez uma forte propaganda a cerca da obra, o que levou ela a ser considerada a mais estimada obra feminina da Antiguidade. Com isso, Vênus de Milo começou a ser copiada por outros artistas em diversas releituras, além de começar a ser muito estudada por jovens escultores.
A figura ali representada se tornou um ícone popular de capacidade internacional, e a beleza ali representada se tornou um objeto de desejo, sendo considerada uma representação perfeita de beleza e majestade, sendo considerada também um modelo de beleza natural. A obra ainda é considerada uma das pioneiras no gosto de se apreciar obras desgastadas pelo tempo. Diversos artistas de grande nome, como Duchamp e Dalí criaram releituras da peça, acredita-se que ela é a peça com mais releituras da história.
A peça se tornou um modelo, de forma física, de poses para fotografias, e sua imagem foi associada a produtos para a comercialização dos mesmos. A figura já apareceu em todos os veículos de comunicação das mais diversas formas, como livros, filmes, documentários e diversos outros locais. Ela também é um souvenir popular.