O Brasil é um dos maiores países do planeta. E, também, um dos mais invejados: possuí um tamanho que pode ser considerado como um continente, além de uma infinidade de recursos naturais, como a água, metais preciosos, além de locais potenciais para a instalação de redes hidrelétricas, o que pode aumentar a produção de energia. Além disso tudo, o país é brindado por uma grande reserva petrolífera que pode transformar o país, em pouco tempo, em uma nação autossuficiente.
Além desses atributos que deixam outros países (inclusive alguns ditos “desenvolvidos”) no chinelo, a cultura brasileira é um outro baluarte que não se há comparação no mundo: nossa cultura é totalmente miscigenada, proveniente dos muitos anos de colonização e imigração de diversos povos que trouxeram suas culturas para cá e, ao nosso “jeitinho” foram adaptadas e se tornaram uma parte do Brasil.
Uma área que é bastante importante em todo o planeta é a antropologia, ou seja, o estudo do passado, dos nossos ancestrais. E os antropólogos tem uma dura missão de fazer pesquisas, desbravar locais com fósseis e outros objetos arqueológicos e, assim, poder traçar o comportamento social daquela época. Em muitas nações, os trabalhos antropólogos são muito valorizados, por conta do reconhecimento da importância de entender como nós, seres humanos, nos estabelecemos como sociedades e como conseguimos manter esse status com o passar dos milênios.
Aqui no Brasil, essa área é desenvolvida, mas ainda não é valorizada como merece. Mas, aqui nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre essa área em território brasileiro, bem como algumas curiosidades bastante interessantes sobre o assunto. Vamos lá?
A Antropologia – Definição
A Antropologia nada mais é do que a ciência que tem por objetivo o estudo do homem enquanto parte da humanidade, tentando traçar o seu perfil e como ele evoluiu perante os anos. É válido destacar que o estudo do homem é bastante profundo, buscando abranger todas as suas dimensões possíveis.
Classicamente, a Antropologia é divida em duas partes, com uma contemplando a antropologia cultural e outra que têm por objetivo contemplar a antropologia biológica (também conhecido por antropologia física). Mas, isso não impede que a antropologia ganhe significados diferentes em outros países. Na antropologia norte-americana, por exemplo, é dividida em arqueologia linguística, antropologia cultural e antropologia física. O interessante é que cada corrente antropológica carrega consigo vertentes de pensamento que possibilitaram o desenvolvimento de cada uma.
A antropologia é um elemento que demorou para ser considerado como uma ciência, sendo definido como tal há poucas décadas. O campo de pesquisa da antropologia é bastante vasto, justamente por conta de sua grande abrangência em várias partes das ciências: toda a terra, habitada, há pelo menos 2 milhões de anos. Ou seja, a antropologia começa seu trabalho a partir desse tempo, já que foi aí que a vida começou a tomar a forma como a conhecemos hoje por aqui.
Quando se pensa em sociedade humana, a antropologia se preocupa muito em detalhar, o quanto for possível, os humanos que a compõem e as particularidades de uma parcela delas, para ter um parâmetro e um ponto de partida para iniciar o seu estudo. Ou seja, depreende-se que o estudo contemple as áreas físicas, psíquicas e ideológicas dos seres humanos, sendo os elementos importantes para que se haja o estudo do ser humano em seu estado mais puro. O saber da antropologia se alimenta dos seguintes itens: cultura e religião professadas pelos seres humanos, seus medos, desafios, sua posição na sociedade na qual está inserido, seus valores morais e éticos, suas posições políticas, linguagens, crenças, organização das leis, entre muitos outros detalhes.
Muita gente questiona por se falar que a antropologia só tomou forma com os anos recentes que se seguiram. No entanto, é sabido que o estudo do ser humano como um ser inserido em uma comunidade já é feito desde à antiguidade. A tomada da Antropologia como um movimento de respeito se deu somente a partir do Iluminismo, quando se deu uma consciência maior de liberdade, depois que a religião (leia-se Igreja Católica) começou a perder a sua influência entre as pessoas.
A Antropologia Brasileira
A antropologia brasileira tem início com a chegada dos colonizadores ao território brasileiro, o que ocorreu durante o ano de 1500. Nessa época, aconteceu um dos primeiros contados do povo europeu com as novas terras, que eram procuradas para servirem como mercado para as mercadorias que estavam ficando abarrotadas na Europa, e, também, para a procura de recursos mineiras e metais preciosos.
Todos sabem que a chegada dos europeus à América não foi totalmente tranquila, como sempre é romantizada em alguns livros de história. Foi uma época de muita barbárie, sangue derramado e opressão contra os povos que aqui viviam, tudo em nome de “civilizar os bárbaros”, “impor o modo de vida e costumes europeus” e “trazer a luz a esse povo”. Tudo travestido para esconder as reais intenções europeias.
Levando em conta isso, a antropologia brasileira estuda a relação do homem nativo com os europeus, buscando traçar as características mais comuns que permeavam essa relação entre culturas distintas.
Depois disso, com a imposição europeia no país, a antropologia já muda o seu campo de análise: ela busca findar em como a cultura europeia começou a mudar o cenário do Brasil, e como isso repercutiu entre os nativos e entre os europeus, que também passaram a ter contato com a cultura nativa.
Logo depois, com a fixação portuguesa por aqui, a antropologia busca reunir informações que consigam traçar a personalidade de um “brasileiro” daquela época, ou seja, as pessoas que tinham por descendência tanto a parte europeia quanto a nativa. Ou seja, uma forma de poder estabelecer quando a cultura brasileira que conhecemos hoje começou a se estabelecer, de fato.
Passando pelo triste capítulo da escravidão, a antropologia também busca relacionar esses fatos, traçando um cenário que passa pela abolição das mesmas, chega à independência e, finalmente, chega aos tempos contemporâneos, que fala sobre a inserção do sistema democrático, o capítulo da ditadura militar e, também, a restauração democrática vivida nos tempos de hoje.