Viajar e conhecer novas culturas é sempre um prato cheio para as pessoas, principalmente, por aquelas ávidas por aventuras. E, se tratando de brasileiros, muitos gostam de aproveitar e explorar esse que é um dos maiores países do mundo, devido à sua proporção que poderia encaixá-lo facilmente como um continente, e não somente como país. Por conta de sua grande extensão, em cada canto dele existe uma história, uma cultura, enfim, costumes que podem fazer com que cada viagem se transforme em uma experiência única.
No entanto, não é somente o Brasil que possui belezas por toda sua grande extensão. Países da Europa, da África e os Estados Unidos são exemplos nos quais vários turistas, principalmente os aventureiros, gostam de escolher para suas viagens por esses locais possuírem lugares bastante paradisíacos e que podem causar uma sensação de adrenalina muito grande.
Apesar de o turismo se focar nesses locais, é importante destacar que em vários locais do mundo, os costumes e culturas de povos antigos ainda se mantém vivos na sociedade, e que também possuem o seu grande valor histórico. É o caso da cultura asteca, que é o tema do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre essa cultura, bem como algumas informações bastante pertinentes sobre essa que é uma cultura de um dos principais povos do continente americano. Vamos lá?
Astecas: Cultura e Costumes
Os Astecas são um grupo étnico que se estabeleceram na parte central do território que hoje pertence ao país do México. Dominaram a mesoamérica durante os séculos XIV e XVI, sendo dominantes da língua náuatle. Eram um dos mais prósperos povos do continente Americano, que tiveram um fim abrupto com a chegada das Grandes Navegações, evento esse que serviu como “demonstração” de poder dos países europeus, que, depois de relatos das descobertas de terras à oeste, decidiram se aventurar no mar para o encontro dessas novas terras.
Um fato curioso é que, com a chegada dos espanhóis à porção norte da América, nenhuma resistência contra a chegada deles foi estabelecida, já que os governantes astecas da época acreditavam que os espanhóis eram nada menos do que deuses que haviam esperado durante anos. Isso, de certo modo, ajudou os espanhóis em seus planos, considerando que os astecas não sabiam dos perigos que cercavam a vinda dos espanhóis às terras. Conta-se que, para receber os espanhóis, os governantes da época providenciaram roupas que consideravam “de deuses” para que os espanhóis vestissem, e, também, ofereceu diversos presentes, onde continha muito ouro e pedras preciosas. Um dos porta-vozes das autoridades astecas teria relatado, inclusive, que, quando os espanhóis viram o ouro, começaram a rir de modo frenético. Ou seja, era justamente o que eles queriam.
De início, os astecas queriam estabelecer relações com os espanhóis, que, num primeiro momento, cederam. Pouco tempo depois, os colonizadores renderam os governantes, causando a ira dos astecas e uma posterior guerra, que resultou na rendição dos astecas e posterior fixação da colônia espanhola sobre as ruínas das antigas cidades astecas.
Religião
Em se tratando de religião, os astecas adotavam uma postura politeísta, ou seja, cultuavam mais de um deus. Para eles, elementos naturais ou animais poderiam ser reverenciados, como, por exemplo, o deus que tinha como representação o sol do meio –dia: o Colibri azul. É válido destacar também que, para cada templo ou cidade asteca, havia uma divindade específica.
É importante salientar que os templos astecas eram conhecidos por possuírem um grande cuidado arquitetônico, e, também, por ter grande importância sobre a contagem do tempo: A cada cinquenta e dois anos, os templos eram reformados, em sinal de agradecimento aos deuses por manterem a realidade que viviam, ou seja, o mundo estar “intacto”.
Cultura
Os astecas são conhecidos por terem fornecido à humanidade oportunidades de desenvolvimento em várias áreas do conhecimento. Prova disso é o seu calendário, cuja a forma de contar é aplicada até os dias de hoje. Para usar a comunicação, os astecas faziam uso de símbolos, sons e desenhos com o intuito de transmitir mensagens aos outros.
Na área da saúde, os astecas também foram bastante assertivos. Desenvolveram diversos métodos de cura para doenças dentais, rituais para a eliminação de dores físicas, descoberta de chás e pomadas que poderiam aliviar uma enfermidade, métodos para a cura de doenças no olho e no ouvido, entre muitos outros.
Os astecas também são bastante conhecidos pela arquitetura que apresentaram à humanidade, com templos construídos com bastante riqueza de detalhes. Para que tais templos chegassem a esse nível, os arquitetos oficiais do povo asteca eram os responsáveis por tais obras, sempre lembrando que as obras também tinham um viés econômico, já que muitos desses projetos (rampas e represas, por exemplo) tinham por finalidade auxiliar alguma atividade economia (no caso, a agricultura).
Os astecas também sabiam trabalhar muito bem com a arte, construindo diversas esculturas e esculpindo gravuras em pedras. Por meio deles, também foi desenvolvido um moderno sistema de cunhagem de metais, o que facilitava a criação de moedas oficiais dos astecas, além, também, da confecção de joias e outros artefatos com grande valor econômico.
Culinária
A culinária dos astecas tem como base o milho, cereal esse que é um dos mais utilizados de todo o mundo. Manejando a plantação e preparando o grão, os astecas conseguiam dar muitos pratos ao ingrediente, como panquecas, que vinham a ser recheadas com pequenos insetos, peixes ou outros grãos secos (até mesmo os girinos eram utilizados como recheio).
Um outro alimento que também era bastante utilizado pelos astecas e que, até hoje, é a paixão mundial, docemente falando, é o uso do cacau, de onde os astecas retiravam uma bebida batizada por eles como “xocoalt”. Pelo nome, você já pode perceber que estamos falando do famoso chocolate.
A dieta dos astecas era composta ainda por outros tipos de sementes, folhas e temperos, nos quais alguns animais também eram domesticados para servirem de alimento. Contudo, diferente dos outros mantimentos, os animais serviam para saciar a fome apenas de pessoas de classes consideradas “abastadas”, ou seja, a elite asteca.