O Egito
O Egito é um país do nordeste do continente africano e tem o seu limite ao norte com o Mediterrâneo, ao leste com o Mar Vermelho, ao sul com a Núbia e a oeste com a Líbia. Um dos trunfos do Egito é o Rio Nilo cujas cheias tem início no começo de julho e terminam em novembro.
Durante esses meses o rio transborda e assim deposita o lodo e o limo que tornam a região muito propícia para o aproveitamento agrícola. A frase “O Egito é uma dádiva do Nilo” é uma referência a grande dependência que o Egito tinha e ainda tem desse grande rio. A seguir vamos falar um pouco mais sobre a economia do Antigo Egito que está em boa parte baseada no Rio Nilo.
Agricultura – A Base da Economia do Antigo Egito
O Antigo Egito é um dos maiores impérios da história do mundo e até hoje muitos se perguntam como foi possível que essa nação tenha sido tão poderosa sem a tecnologia e o conhecimento que possuímos hoje. Um dos destaques desse império era a sua economia com base na agricultura.
Os egípcios entendiam que as cheias do Rio Nilo era uma dádiva dada a eles pelos deuses. Durante o período de cheias do Nilo o solo se torna muito fértil oferecendo excelentes condições para o cultivo. Os egípcios cultivavam trigo, algodão, uvas, cevada entre outros.
Também cultivavam o papiro que era utilizado para fabricar um tipo de papel que recebia o nome de papiro também. O papiro também era utilizado para confeccionar cestos e embarcações de pequeno porte. Porém, a grande riqueza de terras e fertilidade não era de acesso ao povo, pois as terras cultivadas eram de propriedade do Faraó que era o rei dos egípcios.
Entretanto, mesmo o faraó sendo o Deus e senhor absoluto o controle das terras era feito pelos sacerdotes, escribas e chefes militares que tinham como principal função administrar os trabalhadores livres e os escravos que trabalhavam nas terras.
Curiosidade Sobre a Agricultura
A agricultura dos egípcios era realizada com o auxílio de um arado que podia ser puxado por bois ou por homens para ajudar na plantação das sementes. Para que as suas plantações fossem bem sucedidas os egípcios construíram complexos sistemas de irrigação bem como diques e canais. Aliás, esses sistemas de irrigação são um dos grandes destaques da civilização do Antigo Egito.
Agricultura e Pecuária no Antigo Egito
Dentre os insumos mais comuns de serem cultivados no Antigo Egito estão linho, vinha, algodão, oliveira e cereais. Os animais que eram utilizados em maior escala nesse período eram o boi e o asno. Existiam algumas poucas criações de gansos, cabras e carneiros.
O cavalo somente começou a ser utilizado no nono império, já o camelo que era tido como o animal símbolo da civilização egípcia começou a ser usado somente no período de Ptolomeu. Embora a base da economia egípcia fosse a agricultura existiam outros segmentos que se destacavam como algumas indústrias pequenas de têxteis, mineração e cerâmicas.
Poder Centralizador do Estado
A economia do Antigo Egito tem como uma das suas principais características o poder centralizador do estado que era exercido através da figura do faraó. Por exemplo, o faraó podia solicitar que artesãos passassem a trabalhar na construção de templos ou mesmo que passassem a fabricar armas para o exército. Essa centralização acabou fazendo do comércio exterior uma possibilidade apenas para o Estado, pois somente ele possuía material excedente para comercializar.
Comércio Exterior no Antigo Egito
Muitos historiadores acreditam que os egípcios foram os primeiros a fazer comércio através dos mares. Os produtos do Antigo Egito eram escoados através do Mediterrâneo. Para construir os barcos os egípcios trocavam objetos de arte e metais preciosos pela matéria-prima necessária com os fenícios.
Além da Fenícia o Antigo Egito mantinha relações comerciais também com a Índia e com a Arábia. Uma curiosidade é que o fornecedor das plantas que eram utilizadas como matéria-prima para o processo de mumificação era a Grécia.
Trocas
Por meio de uma feitoria realizada na margem esquerda do Delta eram realizadas trocas comerciais como por vinho, cerâmica e azeite. Internamente as transações comerciais também eram realizadas mediante a troca direta de objetos, pois não havia moedas. O que se observa é que os objetos de cobre e ouro em sua maioria tinham uma estabilidade de tamanho e peso como se mantivessem uma unidade de valor.
A Sociedade Egípcia
Assim como a sua economia a sociedade egípcia era hierárquica e sua mobilidade social era bem limitada. Encabeçando a pirâmide social estava o faraó que era tido como um deus vivo. Logo abaixo dele estavam os nobres, em seguida os altos funcionários, os sacerdotes, depois os guerreiros, os escribas, os artesãos, os trabalhadores livros, os trabalhadores do campo (a maior parte da população) e por fim os escravos como o patamar mais baixo dessa pirâmide.
Nessa sociedade rígida os camponeses enfrentavam muitas dificuldades devido a intensa fiscalização que os administradores faziam do seu trabalho. No Antigo Egito os escravos eram pessoas capturadas em guerras, que eram vendidas como tal e os filhos dos escravos. Os escravos eram utilizados inclusive como forma de pagamento de tributos das regiões que eram dominadas.
Em relação as condições de vida dos escravos existia uma discrepância em relação aos escravos domésticos, artistas e artesões que tinham um tratamento melhor em relação a aqueles que trabalhavam em pedreiras e minas.
A Mulher na Sociedade Egípcia
Dentre todas as civilizações antigas a egípcia era a que dispensava as melhores condições para a mulher. Nessa sociedade a mulher podia comprar propriedades, fazer testamentos, legar bens, ter uma personalidade jurídica enfim fazer inúmeras realizações.
O povo do Antigo Egito dava muito valor para a família e por isso tinha um grande respeito para com as mães. O casamento dos egípcios era monogâmico, ou seja, era permitido ter apenas uma esposa. Porém, o faraó podia ter mais de uma esposa, sendo comum inclusive que o faraó se casasse com alguém de sua família como uma irmã, por exemplo, isso se chama endogamia.
QUE BUEN ARTICULO, ESTA CULTURA ES FASCINANTE