Cyberpunk é um subgênero da ficção científica, e que se estende pela literatura, filmes, jogos, e diversos mais. É considerado um dos maiores movimentos “punkistas” e que atinge maior recorde de obras derivadas e fãs.
De fato, convivemos com o cyberpunk. Grandes produções e sucessos de bilheteria trazem o tema, mesmo que disfarçadamente. Os clássicos Blade Runner e Tron são bons exemplos.
Um trágico futuro
Cyberpunk ambienta-se em um futuro distante, aonde a tecnologia e informações chegaram a níveis absurdos. Normalmente é mostrado o impacto que toda essa evolução desenfreada da tecnologia causa na raça humana e na natureza.
O mundo cyberpunk é um lugar triste e depressivo, aonde o governo é totalitário e opressor. Organizações secretas lutam por informações enquanto hackers praticam crimes virtuais e roubam dados sigilosos. Como todos os outros movimentos punkistas, o cyberpunk traz a típica visão de um mundo distópico e rebelde.
Tecnologias e indagações
O cyberpunk é o oposto de steampunk, justamente por apresentar tecnologias que atualmente são impossíveis. É comum existir, em um obra cyberpunk, o ciberespaço (uma dimensão virtual, na qual uma pessoa pode interagir com outras em um ambiente visual, assim, como nosso mundo), viagens no tempo e espaço, viagens galácticas (nesse ponto, temos que tomar cuidado para definir a linha que separa cyberpunk do space opera), armas de prótons e outras formas desconhecidas de energia etc.
Outro aspecto importantíssimo do gênero é que usualmente ele aborda de forma dramática e violenta, problemas que já podemos ver atualmente, como poluição extrema e global, crimes tornando-se cada vez mais horrendos, consumismo e troca de valores éticos, além de apresentar danos devidos às experiências atuais (como manipulações genéticas e biológicas).
Cyberpunk na nossa vida
Assim como outros movimentos e culturas, o cyberpunk estende-se tão vastamente quanto seu mundo obscuro. Livros, filmes, jogos, música e até mesmo na moda, é possível ver referências ao gênero.
Como já dito, vários filmes clássicos e que viraram sucesso de bilheteria apostaram na temática com sucesso. Grandes livros como o popular Necromancer também apresentam a visão distópica cyberpunk.
Nos jogos existem ainda mais exemplos: Metal Gear Solid, Policenauts, Neochron e diversos outros são jogados diariamente.
Já na música, podemos citar uma banda muito popular, principalmente entre jovens. Thom Yorke, vocalista da banda Radiohead, inspirou-se em tal temática para criar as faixas que compõem seu maior sucesso, o CD Ok Computer. As músicas do álbum, em sua maioria, retratam cenários desoladores e futuristas, aonde resta pouca esperança de alguma salvação.
Enfim. Na moda, podemos destacar outra subcultura que tem raízes no gênero. Os cybergoths, como são chamados, são uma “tribo” cultural que mixam as ideias dos góticos e cyberpunk. Ouvem mais música eletrônica do que rock, são aficionados por um futuro caótico e vestem-se com roupas pitorescas, usando muitas cores, látex, e acessórios de informática como chips e fios elétricos. Claro, sem nos esquecermos do acessório mais importante: as máscaras de gás, devidamente estilizadas e decoradas.
O cyberpunk é um belo movimento e que ainda vai pendurar por muito tempo em diversas áreas da arte.