O Cinema Argentino: Ontem e Hoje

O cinema argentino está entre os três mais desenvolvidos dentro do tipo latino-americano, junto com os produzidos no México e Brasil. Ao longo do século XX a produção de filmes na Argentina foi apoiada pelo Estado e o trabalho fez aparecer longa lista de diretores e artistas.

De fato, se tornou a língua castelhana líder mundial. É o único país latino-americano a ganhar dois Óscar com os filmes: A História Oficial (1985) e O Segredo dos Seus Olhos (2009).

Em 18 de julho de 1896, no Teatro Odeon, aconteceu à primeira projeção no país, na cidade de Buenos Aires. Foi o famoso curta dos Irmãos Lumière, lançado no ano anterior em Paris, na França.

Primeiros Filmes Nacionais

AMALIA (1914) Em 1897, o operador francês Eugene Py dirigiu o documentário que consiste de uma visão documental da bandeira Argentina batendo na Plaza de Mayo. Possível considerar este como o primeiro trabalho no cinema nacional. Seguido de “Viagem para Buenos Aires”, em 1900, e “The Journal of The Squad Argentina” (1901).

Nos primeiros anos do século XX, vários autores argentinos continuaram a experimentar as possibilidades de registros documentais. Eugenio Cardini Alejandro filmou “Cenas de Ruas” (1902) e Mario Gallo executou “Dorrego” (1908), que foi a primeira metragem com enredo.

História e Literatura

Um dos primeiros sucessos do cinema nacional foi “Nobleza GAUCHA”, filme feito em 1915 por Humberto Cairo, Eduardo Martínez de La Pera e Ernesto Gunche, inspirado por Martín Fierro de José Hernández.

A primeira característica foi AMALIA (1914), do romance de José Marmol. Em 1917 teve lugar o apóstolo do primeiro longa-metragem de animação de cinema da história. Uma sátira sobre o então presidente Hipólito Yrigoyen. Nesse mesmo ano estreou Carlos Gardel no cinema.

Cinema Falado na Argentina

A incorporação do som teve uma grande influência sobre o público. Em 1931 eles filmaram “Dolls”, dirigido por José A. Ferreyra, primeiro filme com áudio falado via sistema Vitaphone na sincronização sonora.

Em 1998, o renomado jornalista investigativo Roberto Di Chiara descobriu o primeiro filme político chamado “Para uma grande Argentina, justa e civilizada” (1931), por Federico Valle, até então desconhecido pelo público em geral e especializado em cinema no país.

Meados de 1933 há a chegada do sistema Movietone, a primeira ferramenta para salvar a banda de som no mesmo suporte que a imagem. Nascidos no mesmo ano os primeiros estúdios de cinema do país: Argentina Sono Film, fundada por Anjo Mentasti e Lumiton, criada por Enrique Susini Telêmaco, César José Guerric e Luís Romero Carranza. Depois veio o sistema de som ótico inventado por Lee De Forest, o Phonofilm. Com este equipamento foram gravados concertos de Carlos Gardel, sob a ótica dos videoclipes na atualidade.

A indústria cinematográfica na Argentina começou em prática com o advento do som ótico, música e teatros de revistas que fornecem vozes de atores conhecidos pelas pessoas. A banda se tornou tão importante que até mesmo as estrelas exigiram ter canções nos filmes. De fato o som é ponto marcante do cinema argentino. Filmes mudos tinham falhas ao acesso a grande público.

Os Primeiros Filmes Sonoros (Sem Discos) Estrearam:

Tango (1933): Dirigido por José Luís Moglia Barth e produzido por Argentina Sono Film. “Os Três Berretines” foi estrelado e produzido por Luis Sandrini Lumiton;

Mario Soffici em “A alma do Bandoneón” (1935);

Muchachada (1936);

Leopoldo Torres Ríos, em Around the Nest (1938), marcou o tempo de maturidade do cinema argentino nos anos 30; Neste momento já existiam estrelas consagradas como: Libertad Lamarque, Tita Merello, Pepe Arias, Luis Sandrini e Nini Marshall.

Prisoners of the Earth (1939), de Manuel Romero;

O sistema Movietone significava o ganho de milhares de dólares para a nova produção, o que poderia manter a expansão. Ele tinha criado um público graças ao som, neste momento, sinônimo de mercado do cinema que se tornou produto de consumo popular.

Como o progresso que foi feito na produção de filmes sonoros a integração de imagem e som se tornou mais orgânica. Os filmes não eram mais números musicais e cenas silenciosas musicalizadas, mas sim a união indissolúvel dos aspectos sonoros e visuais, o que resulta em produto com a própria identidade, deixando de lado os vícios do primórdio cinematográfico.

Cinema Clássico Argentino

Desde 1940 o cinema argentino entrou em longo período de crise que determinou competição de filme comercial, americano e o predomínio mexicano, que estava em sua “Idade de Ouro” e dominou o mercado nos países de língua espanhola.

Desde 1957, uma nova geração de diretores conseguiu combinar habilidade técnica com requinte estético, se tornando apta em participar de festivais internacionais. Leopoldo Torre Nilsson, Fernando Ayala, David Joseph Kohon, Simon Feldman e Fernando Solanas foram estrelas da renovação do cinema argentino no início dos anos 1960.

Cinema Argentino Pós Ditadura

Nos anos 80, diretores como Maria Luísa Bemberg, com Camilla (1984), Pino Solanas (O Exílio de Gardel), Luis Puenzo (A História Oficial – Oscar de melhor filme estrangeiro de 1985) e Adolfo Aristarian (Hora de vingança e Um lugar no Mundo) atraíram o olhar de novos públicos.

Na década de noventa surge tendência marcada pela independência de conquistas e mudança no visual. O pioneiro desse movimento é Martín Rejtman, em 1991, com a estreia de “Raspado”.

Outro filme interessante que marca um ponto de viragem no desempenho é Picado (1994), por Esteban Sapir. No entanto, não até 1998 estes novos cineastas conseguem ter um público amplo.

O Pântano (2000) foi produzido por Almodóvar, um sucesso comercial bem recebido pela crítica internacional e que esteve presente em vários festivais ao redor do mundo, ganhando prêmios em Sundance, Havana e indicação ao Urso de Ouro no Festival de Cinema de Berlim.

The Girl Santo (2004) e A Mulher Sem Cabeça (2008) também foram elogiados pelos críticos e cineastas de todo o mundo e ambos competiram no Festival de Cinema de Cannes. Hoje, gêneros cinematográficos estão sendo reavaliados no cinema argentino, não só pelos gestores locais, mas por público, críticos e programadores.

Argentina foi indicada seis vezes ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. No entanto, apenas ganhou o prêmio duas vezes (pela primeira vez em 1986 com a história oficial de Luis Puenzo, e no ano de 2010, com O Segredo dos Seus Olhos, de John José Campanella). Único país latino-americano a ganhar o prêmio.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

Cinema Argentino

Considero uns dos cinemas latino-americano mais desenvolvidos, o cinema Argentino teve a sua produção no século XX. Sua produção foi apoiada pelo Estado e feita por uma grande lista de diretores e artistas. Além disso foi a principal do mundo a se converter em idioma castelhano.

Separamos alguns filmes bem interessantes para vocês conhecerem.

  • Camila (1984).
  • A História Oficial (1985).
  • O Pântano (2001).
  • Leonera (2008).
  • O Segredo Dos Seus Olhos (2009).
  • Medianeras: Buenos Aires na Era Do Amor Virtual (2011).
  • Relatos selvagens (2014).
Cinema Argentino

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Curiosidades

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