O ser humano é movido a grandes descobertas, mas não só as invenções tecnológicas ocupam a sabedoria do homem, que também se aplica aos estudos da humanidade e de si próprio como um todo, tema de conhecimento da Antropologia.
Esta ciência está dividida em duas vertentes a Antropologia Biológica e a Antropologia Cultural, cada uma defende teses e conhecimentos de maneira diferenciada, focando um aspecto de ser e viver do ser humano, de acordo com o tempo, a vida em sociedade e a cultura.
De acordo com especialistas, a parte cultural que é trabalhada na Antropologia está dividida em três partes que são a Linguística, Etnologia e Etnografia, tudo de forma aliada à arqueologia.
O aspecto cultural que é analisado pela Antropologia repousa no conceito de cultura que cada civilização comporta, inclusive a dimensão que cada uma tem do mundo, seus mitos, rituais, costumes, valores, crenças, linguagens e muitos outros.
Apesar de o estudo do homem e suas relações ter começado a ser feito desde tempos remotos, a Antropologia só ganhou valor de ciência a partir do Iluminismo (movimento de cunho cultural originado na Europa, no século XVIII, do qual faziam parte grandes personalidades como Isaac Newton e John Locke).
O estudo do culturalismo na Antropologia é feito a partir da diversidade cultural dos povos e culturas, de seu modo de ver a vida, de suas religiões e sua maneira particular de cultuar seu Deus ou seus deuses, da interação que uma religião ou um povo tem para com outro, seus saberes, suas descobertas, suas danças, suas músicas, enfim, tudo o que o ser humano vive e faz interessa à Antropologia.
Desde o início dos tempos os pensadores já percebiam que as relações humanas eram diferenciadas, por isso, começaram a ter interesse nelas e observar o comportamento humano.
Os filósofos da antiguidade como Hesíodo e Homero já verificavam que as formas de relacionamento entre os seres humanos e seus deuses surtiam um efeito diferenciado na sociedade, de acordo com o que pensavam e sentiam também influenciava suas composições artísticas.
A partir do século XVIII o mundo passou a ter o conhecimento mais abrangente das situações vividas por outros povos e pode estudá-las através dos escritos feitos pelos navegadores e exploradores.
A função deles era escrever cartas aos reis, como as escritas por Pero Vaz de Caminha, para contar como eram as terras que haviam sido descobertas ou conquistadas, nelas, eles relatavam o comportamento dos povos, sua cultura, aparência, modo de vida, além de dizer se as terras eram produtivas, seu valor econômico/financeiro.
Com isso, a parte cultural passou a ser difundida e melhor estudada pelos antropólogos, que através dos escritos deixados, puderam traçar um panorama geral do modo de viver dos povos.