Muitos foram os mitos gregos para a origem das constelações, elas estavam intimamente ligadas aos seus deuses. Freqüentemente os deuses lançavam às estrelas heróis, criaturas e representações de feitos, para imortalizá-los. Algumas das constelações que conhecemos hoje têm seu nome ligado às suas origens mitológicas gregas:
Leo, o Leão
A constelação Leo é conhecida como o leão. Sua cabeça e juba formam uma espécie de interrogação chamada a “Foice”. Uma das mais brilhantes estrelas da primavera, Regulus (latim para “pequeno rei”) é a base dessa forma de interrogação. O restante do corpo de leão, pernas e cauda extende-se para o leste.
Durante as estações secas no Egito os leões vinham do deserto para bem próximo do vale do Nilo quando o rio enchia, o que acontecia quando o Sol estava em Leão. Alguns interpretavam isso como a origem do nome da constelação. Os antigos sumérios, babilônios, persas, sírios, gregos e romanos, todos reconheciam a constelação como leão. Leão está visível de Fevereiro a Junho.
Os antigos gregos acreditavam que o deus Zeus colocou a figura do leão nos céus representando o leão que vivia próximo a cidade de Neméia, que era aterrorizada pela fera. Muitas vezes tentaram matá-lo sem sucesso. Hércules, o mais famoso herói grego recebeu do rei Euristeu a ordem de matar este leão.
Ao encontrar o monstro em seu lar, percebeu que todas suas armas eram inúteis contra o leão e então conseguiu matá-lo por estrangulamento. Com sua pele fez uma capa que lhe servia de armadura.
Hidra
Hidra é a mais longa constelação no céu e também a maior em questão de área. As estrelas na cabeça da serpente aparentam estar à mesma distância uma da outra mas na verdade estão bem distantes. A estrela mais ao norte das seis que formam a cabeça, Epsilon Hydrae, é uma estrela quíntupla, um sistema de cinco estrelas. A estrela mais brilhante desta constelação é Alphard (árabe para “a solitária”).
O antigo povo grego acreditava que esta longa faixa de estrelas era a imagem de uma serpente enorme conhecida como hidra. O povo de Lerna era aterrorizado por esta fera: uma enorme serpente com várias cabeças, sendo uma delas imortal. As cabeças da hidra cresceriam de volta mesmo depois de cortadas. Dizia-se ainda que seu hálito era venenoso e matava quem se aproximasse.
A destruição da Hidra foi um dos doze trabalhos de Hércules, o que ele conseguiu com a ajuda de seu sobrinho Iolau. Toda vez que Hércules cortava uma das cabeças, Iolau cauterizava o ferimento com uma tocha, impedindo o crescimento das cabeças. A cabeça imortal, Hércules enterrou sob uma enorme pedra.
Durante a batalha contra o monstro, Hércules foi atacado ainda por um caranguejo gigante do pântano, enviado por Hera. O herói matou-o pisando sobre ele e este tornou-se a constelação Câncer.