A Sociedade
É estarrecedor o forte apelo sexual que a sociedade hodierna emprega em quase todos os veículos de comunicação, principalmente na mídia audiovisual, onde quase sempre o erotismo está presente de forma implícita ou explícita. Propagandas de cigarro, de veículos, de viagem, e outras tantas, sempre apresentam, ainda de rapidamente, mulheres com belos e torneados corpos, ou então homens musculosos, e quase sempre os modelos dessas propagandas estão vestidos ou posicionados de maneira provocante, buscando despertar o desejo do público-alvo.
Não é surpresa, portanto, que as crianças desde cedo já demonstrem forte tendência à promiscuidade… Como poderia ser diferente com tantos bombardeios de imagens enaltecendo a sensualidade? As músicas tocadas nas “paradas de sucesso” não são mais as músicas com mensagens românticas, com apelos ao amor, à saudade, aos sentimentos de paixão e romantismo. Pelo contrário, o que faz sucesso hoje são as músicas repletas de palavrões, de palavras chulas, de pornografia e sexo. Expressões sem sentido ou então xingamentos é explodem nas rádios e gravadoras.
As bancas de jornal já não escondem mais as revistas masculinas para os adultos, pelo contrário, suas capas expondo modelos nuas estão expostas ao público. Propagandas de sapatos não se limitam mais a mostrar apenas os pés da modelo, pelo contrário, sempre mostram mais do que deveriam. Como esperar valores morais das crianças, se a sociedade, de um modo geral não os cultiva? O que esperar de jovens que são expostos a todo tipo de sedução sexual sem o mínimo de preparo para as consequências que virão se atenderem aos seus desejos, despertados por tanta poluição erótica?
Por Carlos Alberto Bächtold – Foz do Iguaçu, PR
