Os Conhecimentos de Astronomia dos Maias

Poucos astrônomos antigos capturam a imaginação da mesma maneira como os Maias, talvez por causa das teorias de conspiração em torno do suposto fim do mundo em 2012 para o calendário que na verdade anunciava o final e começo de novos ciclos dentro da tendência indígena. Para outros povos a era de Aquário está prevista para chegar ao ano de 2175, ou seja, a era de peixes iniciada por Jesus Cristos ainda está corrente.

Disseminação dos Maias

Os maias possuem cálculos astronômicos e matemáticos sofisticados mergulhados na religião e presságios. Sacerdotes discerniam a vontade dos deuses por trás das ocorrências de fenômenos naturais. Talvez mais do que até mesmo os egípcios ou indianos astrônomos, as observações dos astrônomos-sacerdotes maias foram dedicadas à astrologia e isso permeou os aspectos da vida cotidiana, criando boom da Nova Era em livros maias e parafernálias adicionais na qual o calendário e numerologia são aparafusados à filosofia oriental e sabedoria grega.

Observações e Calendários Próprios

Naturalmente existe a tendência de olhar para toda a astrologia como conversa fiada por parte do público cético, projetado para fazer retiras o suado dinheiro conquistado por pessoas. No entanto, aos povos antigos, representa parte integrante da vida, prevendo os ciclos intermináveis de natureza, vida, morte e renascimento, essenciais para o desenvolvimento de povos agrícolas e nômades.

Não é de estranhar que maias observaram as estrelas para traçar as estações, em comum com a maioria das grandes culturas do mundo. Desenvolveram calendário próprio, tentando gerar medições precisas de horários. Astronomia maia foi rica em esoterismo e cerimônia, mas isso não pode esconder o alto grau de precisão das observações e da sofisticação matemática necessária para conceber próprio sistema complexo de calendários e execuções simultâneas.

Primórdios da Civilização Maia

A civilização maia começou em cerca de 500AC, a civilização olmeca sucedeu o Império. Aos poucos as influências se espalharam para cobrir grande parte da América Central, incluindo o que é hoje o México, Guatemala, Belize e Honduras. Eles herdaram sistemas de escrita e calendário do olmeca, cultura considerada como a criadora dos costumes mesoamericanos.

O primeiro século DC viu os Maias refinarem ainda mais a cultura, introduzindo número zero, muito raro em culturas Eurásia no momento. Entre cerca de 250 e 900DC, os maias começaram a desenvolver calendário complexo em torno da observação precisa dos céus. Eles iniciaram construções de templos que definem a civilização, muitos dos quais sobrevivem até hoje. A maioria foi alinhada com o sol, especialmente de verão, de inverno e os equinócios, fato que permitiu acompanhar as estações e determinar quando plantar e colher.

A partir de 900DC até a destruição do império por espanhóis as técnicas astronômicas mapearam as posições dos planetas, elaboração de tabelas de previsões ao longo prazo dos movimentos e criação de tabelas para prever eclipses.

As previsões eram sofisticadas incluíam correções e emendas, mostrando que compreendiam o movimento dos planetas e precessões complexas. Grande parte das cartas foi escrita no Códice de Dresden, documento contrabandeado da América Central no momento quando os espanhóis estavam destruindo documentos maias, considerando-os como manifestação pagã.

Calendário Maia

A mais enigmática de todas as contribuições para a astronomia maia é o calendário, um complexo sistema de ciclos interligados que mantém o tempo com maior precisão do que a utilizada pela humanidade atual. O calendário complexo alimentou grande parte do romantismo da Nova Era em torno dos Maias. Eles usavam modelos diferentes, bloqueando e dando datas extremamente precisas. Parece complexo, mas os sacerdotes-astrônomos da civilização Maia entendiam de maneira perfeita.

Os dois calendários principais eram: Cerimonial (O Tzolkin), calendário de 260 dias de 13 números e nomes de vinte dias, e o calendário Vago (A Haab), de 365 dias. Este calendário tinha dezoito meses e vinte dias, com um mês de cinco dias adicionado ao final do ano.

A razão por qual usaram vinte dias representa base no sistema numérico vigesimal, com base de 20 no sistema; em oposição ao sistema decimal base dez. Há evidências de que os maias entendiam que o ano não durava 365 dias, mas eles fizeram pouco sobre isso, provavelmente porque a ideia não se encaixava no sistema de base vinte.

Os calendários correm simultaneamente e foram entrelaçados com a descrição da data pelo número Tzolkin no dia e nome, seguido do número de dias Haab e nomes. Este entrelaçamento forneceu unidade extra para medir o tempo no calendário redondo com ciclo de 52 anos, quando começam a repetir as datas (tanto quanto, da mesma forma que o nosso calendário gregoriano se repete a cada 400 anos, embora existam outros ciclos repetidos dentro da mesma).

Maia CODEX

Os maias também utilizaram calendário de longo prazo para assegurar que podiam distinguir entre os diferentes ciclos. Este “Calendário Long”, iniciado a partir de 13 de agosto de 3114 AC, em termos gregorianos, foi simples contagem de zero dia. Eles dividiram este em segmentos. Ao invés de contagem em linha reta: 20, 60, 7200, 144 000 e 1 872 000 dias. O período de 5125 anos é chamado de grande ciclo. Maias acreditavam que o fim dos grandes ciclos anunciava o final da era e de catástrofe. Este é o lugar onde os vários contos de profecia maia surgir.

Astronomia Maia

Os maias não possuíam instrumentos complexos para mapear as posições de objetos celestes, as observações eram a olho nu. Eles podem ter usado instrumentos rudimentares, como paus cruzados em posição gráfica, mas não tinham esferas armilares ou sextantes existentes em outras civilizações.

Eram excelentes construtores e muitos dos templos e edifícios estão alinhados para ajudar na posição dos observadores. Por exemplo, edifícios apontavam aos equinócios enquanto outras construções tinham portas e janelas alinhadas no norte ou ao sul crescente de Vênus, um dos corpos celestes mais importantes para a cultura maia.

A astronomia maia foi impulsionada por mitologia única e rica na crença da estrutura e ordem do universo. Eles percebiam como eram feitos ciclos que se sobrepõem de maneira interdependente entre si. Discernir os ciclos foi a chave para previsão e à compreensão do capricho dos deuses e espíritos. Tempo, fator mais importante para os maias, o aspecto penetrante da cultura.

Artigo escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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