Livio Agresti, também conhecido como Ricciutello Ritius nasceu no ano de 1508, em Forli, foi um pintor adepto ao estilo maneirismo e faleceu no ano de 1580, em Roma. No ano de 1535, era aluno de Francesco Menzocchi e trabalhava na Categdral de Forli e no ano de 1542 passou a morar em Ravena. Mesmo com idas e vindas de cidades ele sempre estava em Roma. Decorou com cenas bíblicas a “Capela de Santo Spirito na Sassi” e mais tarde incluiu cenas do novo testamento e sempre fazia pinturas em igrejas até mesmo na Úmbria.
No ano de 1561, voltou para Roma por causa dos afrescos na “Sala Regia do Vaticano” e depois disso foi para a Alemanha em uma comitiva de “Cardeal de Augsburgo”. Antes de falecer voltou em Roma e pintou o “Oratório de Gongalone” e a igreja “Santo Spirito in Sassi”, mas quando começou essa pintura ficou doente e não pode terminar. Continue lendo para saber mais sobre esse importante pintor.
Biografia de Livio Agresti
Livio Agresti foi um dos discípulos de Francesco Menzocchi e deu início a sua carreira de pintor, como artista independente, realizando trabalhos ao ar livre no Duomo de Forli no ano de 1535. Estudou na Academia Romana de San Luca em 1534 e depois na Accademia del Disegno em Florença. Em 1542 decidiu se mudar para Ravenna e dois anos depois, em 1544, foi para Roma onde trabalhou na pintura da Sala Paolina del Castillo Sant’Angelo com a supervisão de Perino del Vaga. Também trabalhou em Santa Maria in Cosmedin.
No período entre os anos de 1555 e 1557 foi responsável pela decoração da Capela Gonzaga em Santo Spirito de Sassi com cenas de conteúdo bíblico. Em 1574 voltou a trabalhar na mesma igreja retratando cenas do Novo Testamento na Capela da Trindade. O período entre os anos 1557 e 1560 foi bastante profícuo em trabalhos realizados em províncias em particular na Umbria.
Sala Real do Vaticano
O ano de 1561 ficou marcado por um trabalho muito importante na carreira de Livio Agresti, ele retornou a Roma para fazer afrescos na Sala Real do Vaticano. Entre os anos de 1564 e 1565 fez uma viagem para a Alemanha junto a comitiva do cardeal de Ausgsburg. No fim de 1565 ele passou a estar sob as ordens de Giorgio Vasari nas obras do Palazzo Vecchio localizado em Florença.
Oratorio del Gongalone
Os últimos anos da vida de Agresti foram dedicados a pintura do Oratorio del Gongalone em 1571 e a igreja de Santo Spirito na Sassia novamente em 1574. Devido a uma grave doença o pintor não pode terminar esse último projeto. Apesar de ter vivido mais alguns anos ele não pode retornar ao trabalho.
O Estilo de Livio Agresti
Vasari gostava de definir Agresti como um amigo e um colaborador, no entanto, os estilos de ambos pouco tinham a ver um com o outro. Agresti teve uma educação em estilo provincial, mas encontrou uma forma de incluir as novas tendências maneiristas em sua obra. O estilo maneirista tinha grande destaque em especial na Itália.
Perino influenciou Agresti de maneira que o trabalho do segundo contava com uma boa dose do classicismo romano marcante de Rafael. Contudo, como ele era um pintor com grande flexibilidade artística se adaptou as necessidades dos seus clientes. É possível perceber que ele tinha um grande arcabouço de conhecimentos artísticos inclusive de design, mas deixava isso em segundo plano para usar fórmulas convencionais que agradassem os contratantes.
Como trabalhava com rapidez e eficiência, Livio Agresti, era bastante procurado para realizar os mais variados tipos de trabalho. No entanto sua resignação e adequação aos pedidos do mercado fez com que esse pintor fosse deixado num segundo plano na cena da arte de seu tempo ficando a sombra de outros artistas.
O Que é Maneirismo?
Se você ficou curioso para saber mais sobre o Maneirismo, estilo que teve grande influência no trabalho de Livio Agresti, vai poder tirar as suas dúvidas agora. Esse movimento e estilo artístico se desenvolveu na Europa entre os anos de 1515 e 1600. Foi um momento de revisão dos conceitos e valores clássicos e naturalistas que estavam entranhados na alta renascença.
Embora a influência do Maneirismo tenha sido mais forte na Itália nos campos da pintura, escultura e arquitetura também se disseminou em outros países europeus e em outros campos criativos. É possível observar reflexos desse estilo nas artes de colônias das Américas e do Oriente. A definição desse movimento é bastante complexa podendo ter uma série de conceituações.
Os pontos mais relevantes de mencionar a respeito desse estilo são a sofisticação da arte assim como a aplicação de uma visão mais individual. A originalidade dos trabalhos passava a contar para a sua qualidade final. Há conflito e contradição no trabalho maneirista, existe algo interessante e único nesse tipo de arte que merece ser valorizado e citado.
Inclusive o nome do estilo, Maneirismo, vem de uma palavra italiana ‘maniera’ que significa maneira indicando que existe foco na maneira como o artista vê e retrata o mundo. Por muito tempo esse estilo foi colocado no lugar de ponto final do período renascentista como sendo a sua decadência, porém, tornou-se um estilo reconhecidamente autônomo.
Caos
Uma das principais quebras que o Maneirismo faz com o estilo renascentista está no fato de que se deixa de lado a busca pela perfeição das formas. Há a presença do caos especialmente nas pinturas em que as pessoas passam a ter feições preocupadas e tensas. Existia entre os pintores maneiristas o desejo de que seu trabalho não fosse apenas uma busca por uma beleza sem sentido e sem conteúdo.
A beleza tem seu papel para criar uma pintura harmoniosa para o olhar, mas também precisa transmitir uma informação, passar um conteúdo para o expectador. Quem observa a pintura precisa receber uma mensagem e precisa acima de qualquer coisa compreendê-la absorvendo algo a partir da experiência artística. Livio Agresti usou bastante esses conceitos na concepção de seus principais trabalhos artísticos sendo um destaque dentre os maneiristas, vale a pena conhecer mais sobre sua obra.
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