Nossa vida sempre foi rodeada por livros, desde a infância, mas os que mais caminharam conosco foram os livros didáticos.
Os livros didáticos são aqueles que possuem caráter pedagógico, são feitos especialmente com a intenção de ensinar, através de regras, exemplos, gráficos, textos, tudo de acordo com a matéria e série que se destina.
Os primeiros livros foram publicados por iniciativa de alguns educadores como Eudoro Berlink, Hilário Ribeiro entre outros; no país, o dia do livro didático é comemorado em 27 de fevereiro.
A maioria dos livros didáticos é distribuída pelos Governos Federal ou Estadual, e são mandados para todas as regiões do país, mas nem sempre apresentam a qualidade que deveria. Recentemente, algumas publicações inseridas nos livros didáticos foram questionadas pelos educadores por apresentarem apologia ao crime, além de conterem alguns erros de língua portuguesa, o que, é claro, dificulta o aprendizado em sala de aula e causa constrangimento ao professor, vez que ele tenta ensinar de maneira correta e contestado pelo livro, que faz orientações enganosas sobre determinados assuntos.
Um dos livros didáticos mais famosos, utilizado por várias gerações até em meados dos anos 80 foi a Cartilha Caminho Suave, quem tem por volta de 30 anos, e alguns devem lembrar-se dela.
Essa cartilha era feita para a alfabetização das crianças frequentadoras da 1ª e 2ª Séries e mostrava um ensino de maneira sistematizada, onde as crianças aprendiam as letras do alfabeto e depois a escrever palavras que se iniciavam por aquelas letras.
A partir dos anos 80, essa cartilha foi abolida e trocada por diversos outros livros didáticos com métodos de ensino mais eficazes e abertos à participação dos alunos.
O Governo Federal há muito tempo lançou um programa conhecido como PNLD ou Programa Nacional do Livro Didático, em 1929, chegou a ser interrompido no governo Collor, e hoje atende a aproximadamente 35 milhões de crianças e jovens e é estendido a todos os estados, excetuando-se o de São Paulo que tem seu programa próprio.
Nos últimos anos foram fornecidos pelo PNLD em torno de 103 milhões de livros, atendendo assim a 140.000 escolas de todo o país e com isso, o programa se tornou o mais abrangente, superando inclusive a distribuição de vacinas.
No programa de distribuição, a própria escola pode escolher os livros didáticos que quer usar, de acordo com o programa que tem de cumprir, assim, os livros se tornam mais próximos da realidade vivida por aquela comunidade ou região.
O Brasil só perde para a China em nível de distribuição de livros didáticos, pois o programa do país abrange mais alunos, porém, há uma diferença fundamental, em nosso país, os próprios professores, em conjunto com duas diretorias fazem a escolha dos exemplares, na China o governo manda o livro que mais lhe interessa.