A literatura nos abre os olhos para a vida e para o mundo, e muitos são os livros que acompanham nossa juventude, trazendo valores diferenciados, como o maravilhoso e surpreendente Em Nome da Rosa, do escritor italiano Umberto Eco.
Este romance foi lançado em 1980, e tornou-se em pouco tempo reconhecido em todo o mundo.
Foi traduzido para o português por Maria Celeste Pinto, tendo sido publicado somente em 1983, contando com 493 páginas.
O enredo do livro é muito interessante, girando em torno de misteriosas mortes ocorridas em um mosteiro, na época medieval.
O livro toma rumos totalmente diferentes do que o leitor supõe imaginar, e isso faz com que a leitura do mesmo se torne quase um vício, sendo difícil parar de lê-lo.
Ele mostra como era a vida dos religiosos e dos moradores que viviam ao redor do mosteiro, tudo na mais profunda pobreza. Alguns deles se alimentavam dos restos que sobravam da abadia e eram jogados.
Como as mortes eram recorrentes e ninguém sabia supor porque ocorriam, foi chamado um franciscano, William de Baskerville, vindo de outro mosteiro, e seu ajudante, Adso de Melk, para investigarem e elucidarem o enigma.
A princípio, encontraram grande resistência por parte dos religiosos do mosteiro, porém, depois, todos de uma forma ou outra colaboraram com o caso.
O livro é narrado segundo a visão do fiel escudeiro do frade franciscano, o que traz ao romance uma proximidade maior com o leitor.
Toda a história traz uma igreja medieval imaginária, mas com todos os erros inerentes à época, principalmente quanto à detenção do conhecimento e verdade dos fatos.
E é justamente nesse ponto que se concentra o enredo, já que todo o mal que acometeu o mosteiro originou-se na biblioteca do castelo.
Pouco a pouco Baskerville e Adso descobrem que o conhecimento é o que os religiosos mais prezam, então resolvem buscar na biblioteca a chave para o mistério das diversas mortes, e nela encontram respostas.
As mortes são decorrentes de envenenamento, essa é grande descoberta, podem pensar os leitores, mas de onde?
O pulo do gato na obra decorre da ideia maravilhosa de ver num hábito corriqueiro de folhear de páginas, a razão das mortes no mosteiro.
Nos livros mais antigos havia veneno nas páginas, então cada vez que eles eram folheados, se punha a mão a boca para conseguir a aderência necessária para se passar as páginas. Assim, era um autoenvenenamento.
O livro fez tanto sucesso que até virou filme, sendo encenado por Sean Connery, no papel de William Baskerville, e Cristian Slater, como seu assessor Adso de Melk.
Assim, a obra de Umberto Eco ficou ainda mais conhecida e imortalizada na mente e no coração do grande público.