O professor e pintor futurista Gino Severini nasceu em 1883, na cidade italiana de Cortona, mas passou uma parte da sua vida em Roma, trabalhando também, como escultor. Porém, a sua mudança para capital italiana tinha como principal objetivo os estudos na Villa Medici.
O italiano, que faleceu em 27 de fevereiro de 1966, passou atuar como artista no ano de 1901, depois de um encontro com Umberto Boccioni e Giacomo Balla, que foi quem “desvendou” o Neo-Impressionistas para Severini.
Depois de conhecer o Impressionismo, Gino Severini quis conhecer mais sobre a técnica e se mudou para Paris, era o ano de 1906. Lá ele prosseguiu os estudos, conheceu Signac e ficou fascinado pelas obras de Seurat.
A viagem para Paris fez com que Severini tivesse contato com outros artistas, como Braque, Modigliani, Gris e Picasso e esse encontro fez com que ele fosse convidado para adeerir o grupo Movimento Futurista.
No dia 11 de fevereiro, Severini tornou-se um dos co-fundadores do Manifesto do Futurismo, assinando com os demais do grupo.
As Obras de Gino Severini: Paris
As obras de Gino Severini logo começaram a ser reconhecidas em várias partes da Europa. O artista italiano foi convidado para participar de exposições com o tema futurismo, em Berlim, em paris e em Londres. Além disso, ele acabou sendo o grande responsável por levar a técnica da França para Itália. Ajudando outros artistas interessados no Impressionismo em desenvolver suas habilidades.
Gino Severini fez vários mosaicos e murais durante os anos de 1924 e 1935. Trabalhos que lhe foram encomendados, tanto na Itália quanto na França. Mas, o seu trabalho foi mais além, no mesmo período, publicou vários livros sobre arte e textos teóricos. Recebeu por esses trabalhos o título do Grande Prêmio da Bienal. Fato que ocorreu, em 1950, em Veneza.
Apesar de fazer parte de um grupo de Impressionistas, o italiano tinha um diferencial em relação aos seus amigos, sua preferência era por retratar corpos humanos em movimento. Retratos de bailarinos e momentos dentro de um cabaret, eram algumas das suas cenas preferidas. Destaque para a sua obra que dá sinais do princípio do futurismo, de 1912, “Blue Dancer”. No seu autorretrato, que ele levou dois anos para fazer, entre 1912 e 1913, percebe-se a técnica do Cubismo, que foi visto como um novo passo para o futurismo.
Severini e o Cubismo
Os traços do futurismo ganharam formas do Cubismo na obra de Gino Severini a partir de 1915. Desse em ano em diante, ele passou a se preocupar mais em pintar formas geométricas em harmonia.
No trabalho de Balla podemos observar o estilo Cubista-Futurista característico do artista italiano, que sempre preocupou-se com o movimento e a luz e fez várias análises para cada uma das suas obras, neste sentido.
O cubismo ganhou características marcantes de construção luminosa e estática, as cores fortes e um conceito dinâmico e interativo. Os artistas foram fazendo adaptações do espaço e da forma na nova interpretação do cubismo, assim como a multiplicidade de várias formas.
Algumas obras de Severini podem ser vistas em Milão e em Roterdão.
Sobre o Impressionismo
Se trata de um movimento artístico que surgiu no século XIX, através das mãos dos pintores franceses. Foi no momento em que a França vivia a chama Belle Epoque.
Impressionismo vem da obra de Claude Monet, de 1872, “Impressão”. Porém, o movimento foi iniciado por jovens artistas que resolveu romper com as “regras” da pintura naquela época. Eles não queriam manter os laços com as técnicas do Realismo.
Abandonando completamente as técnicas do Realismo, eles passaram a buscar novos elementos e um dos focos dos impressionistas foi em busca da produção pictórica, buscando fazer o retrato fiel da realiade. As pinceladas são soltas e a luz e o movimento são elementos essenciais, principais técnicas do Impressionismo. Por isso, os pintores preferiam fazer as telas ao ar livre, para perceber as cores e suas mudanças no meio da natureza.
As Principais Características do Impressionismo
- É uma pintura que capta o momento, por isso, um dos recursos mais utilizados é o da fotografia.
- A luz sobre os objetos é o esse o efeito que a pintura deve retratar, mas naquele determinado momento, e isso implica em diferenças, pois a luz do dia é diferente em cada horário e na incidência do solo.
- As sombras têm papel fundamental e são coloridas e luminosas, o efeito que devem nos causar. Uma obra impressionista não usa a cor preta.
- Os contornos dos desenhos não são nítidos, pois ele não é o elemento principal, a cor, as “manchas” fazem parte da estrutura.
- Os pigmentos não são responsáveis pela mistura de cores e tonalidades, ao contrário, elas precisam ser dissociadas na obra, puras e feitas em pequenas pinceladas. É quem observa a obra que deve “determinar” a mistura.
- As cores complementares servem para desencadear os contrastes de sombra e luz. Por exemplo, o amarelo muito próximo do violeta chega perto do claro-escuro e daí que surgiu a técnica de pontilhismo.
- Se valoriza a decomposição das cores.
- No impressionismo a preferência é ela natureza morta.
Principais pintores Impressionistas: Edouard Manet, Claude Monet, Auguste Renoir, Edgar Degas, Camille Pissarro, Alfred Sisley. De todos, Claude Monet é o mais importante de todos.
Detalhes Que Caracterizam a Obra Impressionista
- Um rompimento com o passado e suas técnicas anteriores;
- Dá partida nos efeitos ópticos e suas ilusões;
- Se coloca contra a cultura tradicional;
- Faz parte de um grupo individualizado;
- Discordam e falam do mesmo tempo de vários temas, como sociedade e arte;
- As telas variam no formato;
A evolução da fotografia e os efeitos que foram descobertos por conta dela, ajudaram na formação e na composição de imagens, influenciaram nas pinturas dos Impressionistas. Esses pintores não faziam misturas nas telas para buscar cores novas. As cores são aplicadas em pinceladas e eram puras, uma depois da outra, depois da outra. Nesse processo, o observador consegue formar uma imagem.
O Impressionismo é uma das técnicas que deu origem a outras e influenciou vários artistas do mundo todo, até mesmo em outras artes.
