Localizado em Atenas, Grécia, o Museu Bizantino e Cristão é um museu que foi criado com o objetivo de preservar a arte bizantina e a arte cristã. Sua criação se deu em 1884 pela Companhia de Arqueologia Cristã que deseja criar um museu que tivesse como vocação preservar a arte paleocristã.
O primeiro diretor desse museu foi Georgio Lampaki que foi quem conseguiu reunir as primeiras peças que fariam parte do acervo num local improvisado. Depois de algum tempo esse acervo foi levado para a Universidade Técnica, depois para o Palácio Metropolitano e por último para o Museu Nacional.
Criação Oficial
A criação do Museu Bizantino como um museu estatal aconteceu oficialmente somente em 1914. Foi nesse momento que ocorreu a transferência da coleção para uma área da Academia de Atenas e então foi ampliada com novos itens que passaram a contar com peças não somente de arte cristã, mas também com peças que fizeram parte da história e da criação da arte nacional.
Companhia de Arqueologia Cristã e Outras Aquisições da Coleção
No ano de 1923 ocorreu a fusão com a coleção da Companhia de Arqueologia Cristã com aquela coleção que estava no museu o que acarretou no início de uma organização mais sistemática e com cunho científico. No ano de 1926 ocorreu ainda o aumento da coleção com peças que foram encontradas na Ásia Menor.
No ano de 1930 foi adquirida a sede chamada de Villa Ilissia que é uma mansão que foi construída pelo arquiteto Stamatis Kleancis no ano de 1848 com o objetivo de ser a casa da Duquesa de Placência Sophie de Marbois. Durante a década de 1960 foi realizada uma nova organização e se criou um laboratório de conservação. Mais recentemente foi criado o prédio principal que conta com um anexo de 12 mil metros quadrados para servir de local para a coleção que somente cresce.
Coleção
A coleção do Museu Bizantino contava com 20 mil peças dentre as quais estavam relevos, mosaicos, tecidos, miniaturas, cerâmicas e manuscritos que tem datação do final da Antiguidade chegando até o século XIX e que tem a sua exposição enriquecida com um sistema audiovisual bem como com informações impressas que ajudam o visitante a fazer a apreciação de cada obra.
Hoje em dia o complexo desse museu conta com prédios de exposição para as coleções que fazem parte do acervo permanente bem como com alas que se destinam a exposições temporárias além de biblioteca, salas de eventos, restaurantes e até um parque arqueológico em que estão expostas peças remanescentes do Liceu de Aristóteles bem como das tumbas paleocristãs da cidade de Atenas.
O Que é Visto no Museu Bizantino
Representação Paleocristã de Jesus Cristo (Corinto, sec. IV) – “Bom Pastor”
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No Museu Bizantino é possível apreciar a representação de Jesus Cristo ainda menino, podemos observar que tem certa inspiração em imagens pagãs que eram bastante vistas nos primeiros séculos do Cristianismo. Essa inspiração representava uma maneira de adaptar a religião, relativamente nova, para a civilização greco-romana.
Também era uma maneira de disfarçar o culto cristão durante um período em que era proibido. A imagem de Cristo como conhecemos hoje em dia apenas começou a ser mais comumente usada a partir do século VI.
Ampolas de Argila
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Basicamente eram souvenirs de viagens, nessas ampolas ficava o óleo abençoado que os peregrinos compravam nos centros de peregrinação para que pudessem levar para as suas casas. Uma curiosidade é que através da descoberta dessas ampolas se tornou possível para os arqueólogos determinar a maneira como as pessoas se moviam no mundo medieval.
Painel em Alto Relevo do Século V
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Nesse painel é possível observar o Cristograma que está envolvido em louros.
Túnica e Calçados
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A túnica assim como os calçados tem origem egípcia e contam com um estado de conservação muito bom. A datação da túnica infantil de lã é do século VI já os calçados contam com detalhes em dourado e foram feitos entre os séculos IV e VIII.
Pratarias
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Conhecido como “Tesouro de Militene” o conjunto é composto de colheres, candelabros, panela e pratos feitos de prata. As peças foram encontradas numa região conhecida como Ilha de Lesbos no ano de 1951. Junto com as peças ainda foram encontradas moedas e joias que acredita-se terem sido enterradas pelos donos durante o século VII para esconder os itens em meio a um ataque de um inimigo.
Crisóbulo – Édito Imperial
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Trata-se de uma cópia de um crisóbulo que era um édito imperial de Andrônico II Paleologo (1282-1328) que tem datação do ano de 1302. Basicamente ele faz a confirmação dos privilégios que eram dados ao metropolita de Monemvasia, Nicolau (1283-1325). Observa-se que na parte de cima do manuscrito tem uma imagem em que imperador está entregando o mesmo para Cristo de maneira que se observa que é algo bastante sério o que diz nele. No final do manuscrito tem a assinatura do imperador de próprio punho.
Moedas e Selos Bizantinos
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São basicamente moedas e selos bizantinos, tem muitas peças assim nesse museu pode ser um passeio bastante interessante para quem deseja se aprofundar nessa questão.
Indo Visitar o Museu Bizantino
Quem se interessou em ver de perto o Museu Bizantino e Cristão deverá ir a Vassilissis Sofias Avenue, em Atenas, Grécia. Como já destacamos a sua fundação oficial se deu no ano de 1914 e já tem mais de 20 mil peças em exposição dentre as quais se destacam afrescos, escrituras, cerâmicas, manuscritos, tecidos e cópias de alguns artefatos.
Esse é um dos museus mais relevantes de arte bizantina do planeta e no ano de 2004 completou 90 anos ganhando então uma nova ala e a reabertura para a visitação do público. Quem tem interesse em arte bizantina e paleocristã não pode deixar de fazer uma visita a esse belo e diferente museu. Seu endereço é Avenida 22 Vassilissis Sofias, na rua da Atenas Hilton. É possível usar o metro de Atenas na estação Evangelismos para chegar lá. Se for a Atenas não deixe de fazer uma visita a esse museu.
A civilização Bizantina, também conhecida como Império Bizantino, foi uma das mais avançadas no que diz respeito à cultura e educação. A capital desse Império era Constantinopla, e foi o lugar mais importante culturalmente num período de mil anos. Essa civilização dominou o mundo todo durante a Idade Média, em razão de suas grandes descobertas. A arte Bizantina ainda é alvo de estudo até hoje, pois usava técnicas especiais para apresentar seus modelos, principalmente na Arte Sacra.
Para assegurar o cuidado com diversas peças foi criado o Museu Bizantino, construído em Atenas, dedicado a artes cristãs e bizantinas. A criação do Museu data do ano de 1884, a partir da instituição da Companhia de Arqueologia Cristã, cujo primeiro diretor foi Georgio Lampaki, que reuniu o acervo inicial, num local provisório. Posteriormente, as peças do acervo foram transferidas para a Universidade, depois ao Palácio Metropolitano e finalmente Museu Nacional. Oficialmente, o Museu só foi criado em 1914, como sendo uma instituição pertencente ao Estado, e seu diretor era Adamantios Adamantioi, que modificou toda a estrutura das coleções, abrigando não somente a arte cristã bizantina, como também peças de artes nacionais e históricas.
Durante todos os anos que seguiram à sua fundação, muitos outros objetos foram incluídos em seu acervo, como peças vindas da Ásia Menor, e muitos outros. Além das obras e da exposição de peças, a partir de 1960, o espaço também foi reorganizado de forma que se tornasse ainda um laboratório de conservação, para dar conta do cuidado de mais de 20 mil peças, das quais faziam parte relevos, esculturas, mosaicos, miniaturas, tecidos, ícones, cerâmicas, murais e manuscritos datados desde a antiguidade até fim do século XIX. Para informatizar o acervo e dar mais acesso ao grande público, foi criado um sistema de informações audiovisuais, como também impressas que ajudam a contextualizar o artista e a obra.
O prédio que compreende o Museu Bizantino é composto de exposições, que contém coleções permanentes, além de temporárias, bem como bibliotecas, laboratórios, salas prontas para receber eventos, restaurantes e programas que auxiliam a educação, incluindo um parque arqueológico, com relíquias do Liceu de Aristóteles e ainda tumbas cristãs de Atenas. As obras do Museu que comumente mais chama a atenção são as figuras de santos cristãos em ícones, tidas como artes sagradas, que contemplam a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com o Menino Jesus no Colo, a Ascensão de Jesus, além de mosaicos que estão expostos em diversas igrejas como o Cristo Pantocrator, da Igreja de Santa Sofia, do século XIII. Ainda há representações dessa arte espalhadas por várias partes do mundo, como a Basílica de São Marcos, em Veneza, na Itália, construída entre os anos de 829 e 832 e ainda a Igreja de San Vitale de Ravena, erguida entre os anos 500.