O surgimento da Antropologia é datado no início do século XIX, em uma época, que o pensamento do Iluminismo era o que se destacava. O “homem poderia tudo e a máquina transformaria a matéria”.
Nessa mesma época, graças a Darwin, se fala na evolução das espécies e as Ciências Humanas estavam procurando nas Ciências Biológicas um momento com tantas grandes mudanças.
Com a evolução das espécies levantada por Darwin, os europeus observavam e se viam naqueles que agora eram os seus colonos. Eles os donos estariam no topo e o “resto” na base.
O tempo foi passando e as ideias foram mudando também. Tudo aquilo que se tinha de pesquisa era feito baseado no que já existia, foi então, que surgiu a figura do antropólogo. Eles defendiam que era necessário sair em campo, buscando novas fontes para que os trabalhos fossem mais completos.
Como Foi A Evolução Do Pensamento Cultural
Nascia a Antropologia e logo se percebeu que o objeto de pesquisa era rico e atingia praticamente tudo, as pesquisas englobavam toda a sociedade.
O antropólogo, Morgan Taylernão, um dos primeiros, sempre pensou nas suas pesquisas como um todo, porém, para realizar um trabalho completo e sem erros, percebeu que o estudo deveria ser feito aos poucos.
Como Era Feito O Trabalho Dos Antropólogos No Surgimento
O trabalho da Antropologia durante o surgimento pode ser vista com algumas críticas, como por exemplo, que não existia uma visão direcionada para dentro, não se colocava comparações externas. Isto é, o trabalho era feito sem fazer nenhum tipo de comparação, quando na verdade, as sociedades não eram iguais e justamente, por esse motivo, não toleravam as diferenças.
Karl Marx: Influencia A Antropologia
O revolucionário e intelectual alemão Karl Marx influenciou com suas ideias muitas matérias, entre elas, a Antropologia. Não podemos falar do surgimento da Antropologia sem falar de Marx.
O pensamento do revolucionário francês previa a transição do comunismo positivista para uma ideia evolucionista e para tal, usava comparações entre sociedades primitivas.
Como Era Vista A Antropologia
No surgimento da Antropologia, a matéria era vista como social, dinâmica, que considerava o senso comum, universal e regional, que era determinada e determinante ao mesmo tempo. Se falava no funcionalismo que era exatamente o oposto do evolucionismo e que o primeiro, voltaria junto com o início da Primeira Guerra Mundial.
Surgiram questionamentos da forma como pode ser pensada a matéria, que deveria ser pensada fazendo a relação parental e isso ainda não acontecia. Que seria mais fácil entender se conseguisse saber quem era o “sujeito”.
Antropologia: Primórdios
Não tem como falar sobre Antropologia os tempos primórdios, sem citar os questionamentos e as relações da sociedade e como era o comportamento humano, tema corriqueiro entre os filósofos pré-socráticos e também Hesíodo e Homero.
Porém, a discussão sobre a forma como a sociedade vivia se tornou mais evidente na Antiguidade Clássica, o que era chamada de “medida humana”.
O que se tinha eram relatos e registros que foram deixados ao longo do tempo pelos gregos, além de relatos que falavam e descreviam as mais variadas culturas, como as dos romanos ou a dos chineses.
Entre esses textos, seu conteúdo, o que ele representava, surgir a Antropologia, que lá no século
V a.C. poderia ser “percebida” no que era escrito nas obras de Heródoto.
O autor de uma época tão distante, deixou registrado, em suas obras, as culturas nos seus menores detalhes, assim como destacou a relação do povo com a cultura que estava inserido.
Podemos ainda, destacar as obras de Aristóteles, que foram de extrema importância para entender as culturas da Índia e das cidades gregas.
Antropologia: Romanos
Os romanos também deixaram uma grande contribuição para o estudo da Antropologia, representado pelo poeta Lucrécio, que dedicou-se ao estudo da origem das artes e da religião, além de ocupar-se do discurso. Mas, não foi só Lucrécio que fez análises de grupos e culturas, Tácito, que também é outro romano, fez uma extensa pesquisa sobre as tribos germânicas, a partir do que contavam os soldados que viajam de um lugar para o outro.
Nos seus estudos, Tácito também fez uma comparação, entre os romanos da sua época e o vigor dos germanos.
Também tiveram as considerações de Agostinho, considerado um dos pilares da Teologia da Igreja Católica, que dedicou-se a descrição das civilizações “pagãs”, greco-romanas, que eram tidas como inferiores moralmente se comparadas as que eram cristãs. Não se tratava de um trabalho bem elaborado, mas ele fazia uma discussão sobre o que chamava do possível “tabu do incesto”, que poderia vir a se tornar uma norma social e seria uma “estratégia” para se ter uma sociedade concisa.
Vale destacar que Agostinho ao explicar como a vida sociocultural evoluía na época, utilizava explicações sobrenaturais.
As Discussões Existiam, Mas Não Era Chamada De Antropologia
A disciplina Antropologia ainda não existia, mas, a antropologia já fazia parte do estudo de outras matérias, como por exemplo, na Filosofia. Ela participou das discussões da Filosofia durante séculos e séculos.
Além disso, escritos que foram feitos durante o período da Idade Media também foram determinantes para a construção do pensamento racional, que era feito aplicando-se a toda a pesquisa feita em torno da experiência humana. Podemos citar como exemplo, os estudos realizados pelo francês Jean Bodin. Seu objetivo era entender melhor como se comportavam os povos que eram conquistados. Além disso, ele destacava quais os problemas que os franceses tinham para administrar essas pessoas, esses grupos, cuja a cultura, o comportamento era tão diferente daquele dos seus colonizadores.
O surgimento da Antropologia oficial chegou juntamente com o movimento Iluminista, estruturando-se em dois núcleos de análise que ficaram divididos da seguinte forma: Antropologia Física ou Biológica, que era voltada para a Ciência Natural e a segunda, na Antropologia Cultural, que era determinada como Ciência Social.
Nos dias atuais e ao longo do tempo desde do seu surgimento, a Antropologia é fundamental para entender grupos, povos, culturais, as mudanças que a sociedade vai sofrendo ao longo do tempo, com análises e comparações.
No século XVIII, o Iluminismo trazia a razão como centro das compreensões e entendimentos dos fenômenos que o cercava. Surgem daí novas ciências, que colocavam o racionalismo como método e como orientação primordial para os estudos, afastando o conhecimento popular e a religião dos métodos de compreensão científica. Uma dessas ciências, que surge sob a égide do Racionalismo Iluminista, é a antropologia. Tal ciência tem por objetivo o estudo do homem (antro = homem e logia = conhecimento, estudo).
Mais especificamente, a antropologia estuda costumes, crenças, hábitos e aspectos físicos de povos que habitaram e habitam o planeta. Isto é, os antropólogos estudam a diversidade cultural dos povos. Como disciplina científica, a antropologia só foi organizada no século XIX, com os constantes estudos sobre povos, no contexto do Imperialismo europeu, principalmente sobre o continente africano e asiático. No entanto, o saber antropológico remonta a Antiguidade Clássica, na preocupação dos filósofos gregos em compreender o homem e a cultura.