Mitologia nórdica também é chamada de outros nomes e o significado é exatamente o mesmo. São eles: mitologia escandinava, mitologia germânica e mitologia viking. Todas essas denominações significam a mesma coisa: um conjunto de lendas antes do cristianismo, crenças e religiões que eram praticadas ou faziam parte da cultura escandinava, particularmente na Era dos Vikings. Também podemos incluir entres os lugares que praticavam a mitologia nórdica, a Islândia da época. Local esse em que se foi possível ter o maior número de registros sobre a mitologia nórdica.
É correto afirmar, ainda, que a mitologia nórdica tinha proximidade com a mitologia anglo-saxônica e que era a com maior destaque da mitologia comum germânica antiga. Sendo que essa última tem a sua fase evolutiva partindo da indo-europeia.
As Histórias E Crenças Da Mitologia Nórdica
As tribos que viveram no norte da Germânia, localização que hoje conhecemos como Alemanha, tinham seus costumes, suas crenças e suas histórias e é justamente esse “conjunto” é que forma a mitologia nórdica. Muita história para contar e uma parte perdida no tempo pela falta da escrita.
Vale ressaltar que ao falar da mitologia nórdica não estamos fazendo referência a uma religião, pois nada daquilo que foi encontrado fazia nenhum tipo de referência ao divino.
A forma como a mitologia nórdica foi transmitida de uma geração para a outra não foi através de nenhum escrito, mas sim, oralmente, principalmente no período chamado de Era Viking. Já o conhecimento mais atualizado é feito com base nos Eddas e mais textos da época medieval cuja a escritura é datada de um tempo após a cristianização.
A Mitologia Nórdica No Folclore Escandinavo
Dos lugares onde a mitologia nórdica existiu, essas crenças duraram mais tempo entre os escandinavos. Porém, ainda é possível encontrar um resquício desse passado em pequenas áreas rurais, algumas reinventadas ou simplesmente revividas, como no caso do Odinismo, por exemplo.
Da literatura, a mitologia nórdica nunca saiu, como fonte para o novo, assim como é uma grande inspiração para o cinema e para a música.
Dentro da mitologia nórdica o centro da comunidade é representado pela família, cuja associação pode ser feita a fecundidade, a fertilidade, assim como pode associar-se a guerras, a uma sociedade rural, que busca paz e meios para se auto sustentar. Por isso, percebe-se que com essa visão, a religião tem sua base em fatos, ritos, gestos e bem menos em dogmatismo ou na metafísica. É comum que ela se baseie considerando festas e deuses.
Uma religião viking só existia se tivesse um ritual e que fazia sempre culto e buscava referência nos ancestrais. O suicídio sempre foi ignorado, assim como a revolta ou desespero.
Como A Mitologia Nórdica “Resistiu” Ao Tempo
A mitologia nórdica foi sendo levada adiante oralmente e neste caminho, se perdeu muita coisa. Temos alguns dados deixados por escritores como Tácito, Rimbert, Adão de Bremen e Saxo Grammaticus, porém, que apresentavam “formas” dos deuses da mitologia nórdica que podem ser consideradas discutíveis.
São consideradas como fonte da mitologia nórdica as duas Eddas:
- A primeira chamada de Edda em prosa, cuja literatura data do século XIII. Considerada como um manual para poetas, mas que na verdade se tem a descrição de contos que eram tradicionais da mitologia nórdica. O auto da obra seria Snorri Sturluson, um diplomata e poeta da Islândia, que usa expressões poéticas seguindo um padrão como faziam os povos daquela época.
- A segunda chamada Edda em verso que só veio a ser escrita 50 anos depois da primeira Edda. Seu conteúdo é de 29 longos poemas, sendo que desses, 11 descrevem as divindades germânicas e os demais fazem referência a heróis legendários, podemos citar como exemplo, Sigurd.
Depois das fontes citadas anteriormente, consideradas as “oficiais”, temos lendas que sobreviveram através do folclore escandinavo. Podemos observar que muitos nomes dessa região tem sua origem na mitologia nórdica, eram o nome dos seus deuses.
Tem-se ainda, as chamadas inscrições rúnicas, citando como exemplo, o amuleto de Kvinneby, sempre que fazem menção a mitologia. Além do que foi deixando nas pedras, que mostram como era a mitologia nórdica, como cenas da saga de Odin ou da viagem de pesca de Thor, entre outros.
Cosmologia Na Mitologia Nórdica
Segundo a crença que se seguia dentro da mitologia nórdica, a formação da terra era um grande disco liso. Os deuses viviam dentro dele e somente atravessando o arco-íris seria possível chegar até eles. Enquanto os gigantes viviam em outro lugar bem parecido chamado de Casa dos Gigantes. A deusa Hela, por sua vez, ficava em um grande abade e era ela também que governava esse lugar que era frio e escuro, um subsolo. Lugares como esse eram a moradia da maioria daqueles que tinham morrido.
No sul, em algum lugar não determinado, ficava o reino do grande Musphelhein, que servia para que os gigantes o foto se repousassem. Mas, existiam outros reinos da mitologia nórdica, dos elfos escuros, por exemplo, chamado Svartalfheim, dos elfos luminosos e mais as minas dos anões.
Como Era O Mundo Segundo A Mitologia Nórdica
Não é possível ter ideia clara de como era o mundo da mitologia nórdica. Muitos nomes diferentes eram usados e um acabava se sobrepondo ao outro, em alguns casos, vários nomenclaturas foram utilizadas para um mesmo lugar. Por isso, diferentemente do que pode se observar em outra mitologias, não fica claro o que é definido como lugar, que pode ser, em alguns casos, separado por oceanos e mares, mas ao mesmo tempo, sem que exista separação de fato.
O que acabou sendo registrado, por conta desses nomes que se repetem, foram 9 mundos, que ficaram conhecidos como Nove Mundos da Mitologia Nórdica. Seriam eles: Godheim, Mannheim, Jotunheim, Vanaheim, Alfheim, Musphelhein, Svartalfheim, Helheim e Nifheim.
A mitologia nórdica, assim como qualquer outra mitologia, encanta pelas suas histórias, crenças, deusas, lugares encantados. Infelizmente, da mitologia nórdica pouco ficou registrado com a escrita, a maior parte do que passou de um tempo para o outro só chegou graças aos relatos falando.
—
Conjunto de crenças existentes dos povos germânicos antigos. Foi influenciada também pelas perspectivas dos mitos anglo-saxônicos, com a diferença de que o desenvolvimento da nórdica possui como ponto de partida a mitologia indo-europeia.
Pode ser chamado também de cultura viking. Interessante notar que, ao contrário da maioria das mitologias dos povos antigos, a nórdica não partia de pressupostos divinos. Eram histórias contadas entre as gerações.
Os historiadores somente conseguiram traçar fatos da mitologia nórdica depois que o Edda foi encontrado na Finlândia, considerada nação destaque dentro da respectiva tematização. O conjunto de textos permitiu compreender as referências dos personagens clássicos.
Atualmente a mitologia ressurge principalmente nas zonas rurais da Europa Escandinava. Pode ressurgir também como forma de inspiração para obras artísticas. O deus Odin é o mais importante entre as divindades presentas no panteão da mitologia nórdica. A família representa centro da comunidade respeitado em alto nível. Personagens hostis acostumados com guerras.