A obra “Cem Anos de Solidão” do escritor colombiano Gabriel García Márquez teve sua primeira edição lançada em Buenos Aires no ano de 1967 e é considerada uma das obras mais importantes da literatura Latino-Americana. A tiragem inicial foi de 8000 mil exemplares, porém já foram vendidos em torno de 30 milhões de exemplares traduzidos em 35 idiomas.
Em 1982 a obra ganhou o prêmio Nobel da Literatura e durante o VI Congresso Internacional de Língua Espanhola, foi considerada a segunda obra mais importante da literatura hispânica, ficando atrás apenas de Dom Quixote.
Admiradores da obra dizem que muitos são os detalhes e devido a isso, existe uma necessidade grande de se ler acompanhado de um bloco de notas, afinal de contas a árvore genealógica do livro vai além do imaginável, toda uma história é traçada.
Embora a quantidade de personagens seja tamanha que a necessidade de um auxílio de bloco de notas seja essencial, a obra vai muito além disso. A história é entrelaçada e forma um conjunto absurdamente interessante.
A obra se passa em Macondo, uma cidade imaginária que é fundada pelo casal José Arcadio Buendía e Úrsula Iguaran.
José e Úrsula são primos que se apaixonam e se casam, porém o mito de que casais com parentescos poderiam gerar filhos com rabos de porcos levanta questões engraçadas e trágicas durante a história, sendo em último caso o causador da mudança de cidade.
Macondo é a cidade na qual José e Úrsula são fundadores, sem muitas explicações para o nome, ao sair da cidade natal, José tem o sonho de encontrar uma cidade com paredes de vidro e de nome “Macondo”.
O casal tem três filhos, sendo eles José Arcadio, Aureliano Buendía e Renata Buendía, chegando após Rebeca.
Em Macondo, não habita apenas a família de José, mas sim outras famílias que o acompanharam em sua viagem. Porém, ele é o líder comunitário e responsável pela divisão de recursos e mediações de conflitos.
Não ficando apenas nisso, a cidade é achada por um grupo de ciganos que traz diversas novidades ao povo. Dentre eles encontra-se Malquíades, um sábio que morre e ressuscita por diversas vezes durante a obra.
Com tudo isso, vem sempre a pergunta de porque uma árvore genealógica. A vastidão de personagens e riqueza de conteúdo se dá devido às gerações que surgem da família Buendía. Os encontros e desencontros. Dentre tantos detalhes., diversos mistérios e elementos são surgidos oferecendo cada vez mais entrosamento com a obra.
Como o próprio nome diz, o tema principal do livro é a solidão. A obra mostra que todos os personagens estão ligados diretamente a solidão, convivendo assim por diversas gerações.
O livro, apesar de apresentar diversos personagens, é contado em terceira pessoa, trazendo um cenário único e ritmo contínuo, facilitando a ligação do leitor com a história.