Alexandre Cabanel nasceu no dia 28 de setembro de 1823, em Montpellier na França e foi um pintor de grande destaque. Seguindo o estilo acadêmico pintava relatos históricos, religiosos e clássicos. Foi estudar na École des Beaux-Arts em Paris ainda bem jovem com apenas 17 anos. Sua primeira exposição foi em Paris no ano de 1844, e com 22 anos de idade já havia ganhado o Prix de Rome. No ano de 1863, já estava dando aulas na École des Beaux-Arts.
Faleceu aos 75 anos de idade no dia 23 de janeiro de 1889, em Paris deixando um grande acervo com obras magníficas até hoje lembradas. Entre essas belíssimas pinturas podemos citar: “A morte de Moisés” de 1851 (encontra-se no museu Dahesh em Nova Iorque); “Ninfa e Sátiro” de 1860 (encontra-se numa coleção particular); “O Nascimento de Vênus” de 1863 (está no museu d’Orsay em Paris) entre outras. Que tal conhecer um pouco mais sobre esse pintor?
Alexandre Cabanel: Reconhecido Pelos Retratos Impactantes
Um dos principais representantes do Classicismo Acadêmico, Cabanel, se dedicou a pintar temas históricos, religiosos e mitológicos. Destacam-se em sua obra os retratos com muita atitude e um visual bastante impactante, contudo, também compõem seu portfólio aquarelas, paisagens e composições decorativas. Com apenas 22 anos de idade o francês recebeu uma bolsa de estudos atribuída a artistas que se destacavam numa competição.
O grande talento fez com que Cabanel realizasse a sua primeira exposição no Salão de Paris em 1844 e fosse convidado para pintar obras decorativas de grande relevância em palácios imperiais. O ápice da sua carreira aconteceu no final do século 19 quando suas obras foram expostas inúmeras vezes no Salão Anual.
Conhecendo as Principais Obras de Alexandre Cabanel
A seguir apresentaremos com mais detalhes as principais obras desse pintor que marcou sua época.
– Anjo Caído de 1847
Uma obra impactante em que Alexandre Cabanel retrata o anjo caído.
– Aglaé e Boniface de 1857
Pintura que retrata Bonifácio de Tarso, escravo, e sua senhora Aglaé. Os dois viviam como amantes ilegalmente quando Aglaé solicitou que ele coletasse relíquias sagradas para o Cristianismo, ambos eram pagãos. Durante a viagem Bonifácio se deparou com a perseguição e execução de cristãos, ele então se declarou como cristão para que seu corpo retornasse para sua senhora como uma das relíquias que tanto almejava.
Impactada pela ação do escravo, Aglaé, converteu-se ao cristianismo, distribuiu suas riquezas aos pobres e viveu 18 anos num convento. De acordo com a lenda ela teria sido agraciada com o dom de exorcizar espíritos maus. No dia 19 de dezembro a Igreja Ortodoxa celebra o mártir Bonifácio e a justa Aglaé.
– Sansão e Dalila de 1878
Uma história bíblica em que Sansão é um herói dos israelitas que acaba ganhando a mão de uma mulher filisteia chamada Semadar numa competição de força. Na noite de núpcias ela acaba sendo morta num conflito e Sansão se torna inimigo dos filisteus. No entanto, torna-se difícil combate-lo após ele receber poderes divinos de Deus. Então Dalila, irmã de Semadar, decide seduzi-lo para descobrir a fonte de seus poderes e se vingar. A questão fica mais complexa quando Dalila se apaixona por Sansão.
– Ninfa e Sátiro de 1861
Uma obra que retrata um tema clássico e perturbador, trata-se do estupro cometido por Sátiro contra uma ninfa.
– O Nascimento de Vênus de 1863
Uma das pinturas mais famosas do século 19 e que foi comprada pelo imperador Napoleão III. Algo curioso é que após a exposição dessa tela muitos artistas se inscreveram para participar do Salão Anual gerando um número significativo de recusas. Para remediar a situação foi criado o ‘Salão dos Recusados’ que contou com o mesmo corpo de juízes do salão oficial.
– Mito de Fedra de 1880
A obra retrata a história mitológica de Fedra, ela se casa com Teseu e o casal tem dois filhos. Junto à família mora Hipolito, filho do primeiro casamento de Teseu, por quem Fedra se apaixona. Arrependida pelos seus pensamentos impuros ela se enforca, o marido descobre a motivação do seu ato de desespero e passa a acreditar que o filho teve um romance com a madrasta. Como forma de punição, Teseu, planeja a morte de Hipolito.
– Ophelia de 1883
Personagem da obra “Hamlet” de William Shakespeare é noiva do príncipe dinamarquês e acaba enlouquecendo ao longo da trama.
– Ruth de 1886
Retrato da moabita que se tornou importante para a história hebraica por ser mãe de Obede, avô do Rei Davi. Numa época em que não era permitido o casamento entre judeus e moabitas, Ruth, casou-se duas vezes com homens hebreus. Ela se destacou no texto bíblico por sua grande lealdade para com Noemi, sua sogra do primeiro casamento.
– Cleópatra de 1887
Pintura que retrata Cleópatra, a última governante do Reino Ptolemaico que era parente do próprio Ptolomeu Sóter.
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