Federico Barocci nasceu no ano de 1526, em Urbino na Itália e foi um grande pintor maneirista e se chamava Federico Fiori. Era filho do escultor Ambrogio Barocci e com ele teve as primeiras aulas para se tornar um grande artista. Depois de algum tempo passou a aprender técnicas de pintura com Battista Franco que morava na sua cidade.
Começou sua carreira em Roma ao lado de Taddeo Zuccari que foi seu mentor e também seu tio Bartolomeo Genga e com eles aperfeiçoou sua pintura fazendo com que seu trabalho fosse reconhecido. Ficou em Roma por quatro anos de depois disso resolveu voltar a sua cidade natal e lá fez sua primeira obra pintando Santa Margarida que foi feita para a “Confraternidade do Sagrado Sacramento”. Algum tempo depois voltou a Roma apedido do Papa Pio IV para pintar a Virgem Maria no Palácio Belvedere, no Vaticano, trabalho que ficou maravilhoso. No ano de 1563, voltou para Urbino e nunca mais foi para Roma permanecendo em sua cidade natal onde pintou obras lindíssimas.
Vamos conhecer de maneira mais profunda a história de sua vida, e posteriormente, algumas de suas obras.
Biografia Completa
Nascido na cidade de Urbino, no ano de 1526, Federico Fiori também era chamado de II Baroccio, ou como ficou conhecido, e assinava seus quadros, Federico Barocci.
Seu pai, Ambrogio Barocci, era um escultor bem conhecido em sua cidade e ensinou as suas primeiras lições sobre arte. Como foi dito, ele se tornou aprendiz de Battista Franco na sua cidade natal, e quando viajou para Roma ele começou a ser tutelado por Taddeo Zuccari.
A sua primeira estadia em Roma de quatro anos não possui muitos fatos relevantes, foi quando ele retornou a sua cidade natal, onde ele fez a sua primeira pintura de Santa Margarida, como mencionamos acima. O quadro teve destaque grande, e então o Papa Pio IV o convidou para retornar a Roma na intenção de que ele fosse o artista que iria assistir a decoração do Palácio Belvedere. Lá ele fez a belíssima pintura de Virgem Maria e o infante, que contem vários santos rodeando a santíssima, além disso, ele criou um fresco da Anunciação.
Como estava fazendo sucesso com a arte sacra, ele começou a temer que os seus rivais o envenenassem, e em determinado ele ficou doente e passou a acreditar que havia sido realmente envenenado. Consta que ele possuía uma saúde frágil, portanto, não se sabe realmente se ele tinha sido envenenado ou somente estava doente.
Após essa nova permanência em Roma ele deixa a cidade no ano de 1563, voltando para a cidade natal, Urbino, e trabalhando principalmente na corte Ducal.
Seu estilo de pintura era bem inovador, as imagens eram vivas e brilhantes, é provavelmente um dos artistas mais antigos a fazer desenhos com pastel e giz. Fazia vários esboços com formas diferentes antes de executar os altares. Ele é considerado um dos maiores artistas de sua época, sendo grande influência para outros nomes, como Peter Paul Rubens, Giovanni Giacomo Pandolfi, Filippo Bellini, Giulio Cesare Begni, Benedetto Bandiera e Terenzio Tereznzi.
Obras de Federico Barroci
Atualmente existem cerca de 2 mil desenhos que foram feitos por Federico Barocci. Algumas de suas obras são:
- Madonna del Popolo: Pintada no ano de 1579 é um quadro bem complexo, com muitas poses e perspectivas dos personagens, que possuem detalhes bem naturais, luz e efeitos diferentes, sendo um trabalho que exigiu muita técnica.
- A Natividade: Pintado no ano de 1597 como um presente ao duque de Urbino. A obra foi pintada na última fase de sua carreira, é possível notar um constraste de luzes e sombras, com uma atmosfera familiar no quadro, possui temas barrocos e um toque do maneirismo. A paleta usada na obra é diferenciada e sofisticada, analisando os detalhes da obra é possível notar várias figuras. O quadro mostra o braço de São José estendido, convidando alguns pastores a entrar em seu aposento, onde está a Virgem Maria contemplando o menino Jesus.
- Descanso na Fuga para o Egito: Mostra a Virgem Maria descansando com o menino Jesus.
- São Jerônimo: É uma imagem do santo, sentado no chão e segurando uma cruz com Jesus.
- Retrato de Francisco II dela Rovere: É o retrato do duque de Urbino.