John Constable

No dia 11 de junho de 1776 nascia, em Suffolk, na Inglaterra, John Constable. Como qualquer jovem inglês foi matriculado em uma escola, na Dedham Grammar School, que ficava na sua cidade. Ao concluir os estudos foi trabalhar com o pai em metade do dia, mas na verdade, não era aquilo que John gostaria de estar fazendo. O sonho de John era viver em Londres e estudar arte.

Demorou um pouco até que o seu sonho se tornasse realidade, mas esse dia chegou. No ano de 1799, John finalmente convenceu ao pai de mandá-lo para Londres e matriculá-lo na Royal Academy, onde ele poderia realizar o sonho de estudar arte.

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A Vida Após a Morte do Pai

John Constable estava em Londres quando o pai faleceu, no ano de 1816. Com a morte do pai ele ganhou autonomia financeira e decidiu casar-se. Porém, a família de Maria Bicknell não concordava com o casamento, mas acabou cedendo e o casal foi muito feliz até que John sofreu uma grande perda.

Depois de somente 12 anos de casamento, em plena felicidade, Maria morreu, era o ano de 1928, e a perda da esposa fez com que John caísse numa depressão profunda. Na sua obra percebe-se nitidamente que a perda da esposa fez mudanças no seu modo de pintar. As telas ganharam tonalidades mais escuras e sempre tinham uma atmosfera de lamento.

O Estilo de John Constable

O jovem de uma pequena cidade da Inglaterra sabia o que queria desde criança e demonstrou isso por conta do seu talento. John Constable é um dos artistas pioneiros quando se fala de estudo e percepção dos efeitos da luz e como as condições do ar podem influenciar a arte.

O tema principal das obras de John sempre foi a natureza, objeto esse, que ele fazia questão de tentar entender para desenvolver o melhor na hora de “transportar” o que via para a tela.

John Constable particularmente se encantava pelas mudanças de cores no céu, o como a luz alterava e o quanto refletia na natureza. Para ele, a luminosidade “governava” toda a natureza.

Sua atenção com as nuvens era tão grande e ele tirava tanto tempo para estudá-las, que foi considerado um “obcecado pelo estudo das nuvens e da abóbada celeste”.

Uma outra novidade, entre seus estudos e experimentações, foi o trabalho com folhas no sereno e completamente molhada. Ele queria retratar os efeitos na tela, nas suas pinturas.

Biografia de John Constable

Segundo a história da arte, todo esse amor do pintor John pela natureza e principalmente pelo céu, deu-se graças ao lugar em que nasceu. O pequeno vilarejo de Suffolk sempre ofereceu aos olhos do menino um espetáculo no céu, graças a sua localização. O que é perceptível nas obras de John, no tratamento especial que ele dá as cores, mas não buscando somente algo romântico, mas aquilo mais perto do real e das mudanças que nele ocorrem.

Esse diferencial devido a tantos estudos, tanta observação, fez com que John Constable fosse considerado o primeiro pintor a retratar a paisagem o mais próximo do real, porém, comparado com Turner e Friedrich, de forma mais austera.

Voltando a infância de John Constable, o mundo teve grandes chances de não ter conhecido esse talento ou de ele não ter tido tempo de produzir tudo o que fez. A razão é que a família não queria que ele fosse para Londres estudar arte e ele demorou um pouco a convencer o pai o contrário.

Também no início da carreira, John Constable teve o que hoje chamaríamos de um “balde de água fria”. O jovem pintor teve suas obras rejeitadas pela Academia da Inglaterra, que disse que lhes faltava os padrões acadêmicos. Uma rejeição que não abalou John que buscou referências nas obras de Poussin, Lorrain e Rubens, para agregar mais conhecimentos a sua formação, o que foi de extrema importância para o desenvolvimento do pintor.

Influências nas Obras de John Constable

Para sorte de John todas as referências que ele precisava ver de perto, analisar e tentar aprender com elas, estavam bem próximas. Muitas das obras que serviram para melhorar as suas eram da coleção particular do aristocrata Beaumont, que não teve problemas em mostrá-las ao aspirante a pintor.

Falando em obras que serviram de inspiração para John Constable podemos acrescentar as de Reynolds e de Gainsborough. Ele tirou a teoria de ambos e colocou na prática, nas suas telas.

Entre as influências, dos impressionistas, John preferia pintar ao ar livre. Ele queria que a sua tela fosse uma réplica fiel das alterações que a natureza sofria, como a chuva fina, a névoa, a umidade, o sol tênue.

O primeiro quadro de John Constable que foi aceito com críticas positivas foi o “O Carro de Feno”. Não só foi aplaudido como valeu ao pintor uma medalha de ouro da Academia. E o seu sucesso foi tanto, depois de muitos estudos e novas ideias, que seus quadros foram copiados até msmo por Delacroix. O pintor admirava a força e a presença de um forte sentimento que existia nas obras de Jonh, principalmente, ao que se referia a luminosidade.

Um Escritor Existia Dentro do Pintor

John Constable sempre quis pintar, insistiu com a família para isso e fez o seu melhor. Estudou e observou para chegar exatamente onde queria e mesmo que as primeiras críticas não tenham sido positivas, ele insistiu, melhorou e chegou a perfeição. Foi pioneiro no que diz respeito a luminosidade nas pinturas e passou a influenciar outros pintores. Porém, nesse artista ainda existia um outro lado, um novo talento, que não ganhou tanta visibilidade como aquele da pintura. John gostava e sabia fazer lindas poesias e antes de morrer deixou que as pessoas conhecessem esse seu segundo talento.

Como pintor não foi tudo muito rápido para John Constable, a sua obra foi ganhando o devido reconhecimento aos poucos, primeiro na França e somente depois no seu país natal, Inglaterra.

O artista morreu em Londres, em 1837, e deixou na sua obra uma vasta inspiração para os pintores que viriam depois, principalmente aqueles que se dedicavam as paisagens e aos do período do Romantismo.

John Constable Obras

Falando um pouco de John Constable, ele foi um pinto inglês da época do Romantismo. Além disso John foi considerado um dos mais importantes representantes da pintura romântica nas primeiras décadas do século XIX.

Dentre as suas principais obras estão: