Veja Perguntas e Respostas e Saiba Mais Sobe o Assédio Moral no Trabalho!
O Que É Assédio Moral No Trabalho?
É considerado assédio moral no trabalho qualquer situação humilhante ou constrangedora que homens e mulheres sofram enquanto estão exercendo as funções para as quais foram contratados. Essa exposição do funcionário, independente do sexo, para ser considerada assédio moral no trabalho deve acontecer durante a jornada do expediente e enquanto o mesmo está desempenhando as suas funções.
Normalmente, essas situações humilhantes e ou constrangedoras pelas quais passam os empregados acontecem de forma repetitiva e prolongada e são praticadas nas relações de hierárquicas autoritárias. Isto é, um chefe que se dirige ao seu subordinado de maneira inadequada, prepotente, e em alguns casos, a pressão psicológica se faz tão grande, que o trabalhador prefere deixar a vaga.
Quais São As Principais Características de Assédio Moral no Trabalho?
A principal característica do assédio moral no trabalho é a degradação das condições do empregado no ambiente onde ele desempenha as suas funções. Quando um chefe se coloca em uma condição de “rei” absoluto e deixa de lado a educação e bom comportamento na relação com os seus subordinados, as condições de trabalho tornam-se dia após dia insuportáveis. É muito comum que o empregado que sofre esse tipo de constrangimento, seja afastado dos demais sem nenhuma explicação, por exemplo, ou passe a exercer funções que não estão entre as suas obrigações. O trabalhador sofre nas mãos do chefe todo tipo de situação que o ridicularize, o coloque em uma situação inferior e estúpida, diante dos colegas de empresa.
Em um caso de assédio moral também é muito comum que o chefe crie um ambiente de competitividade desonesta. Ele mesmo estimula que os demais empregados se voltem contra o trabalhador perseguido, deixando-a não somente em uma situação inferior aos demais, mas também, isolado.
O Que É e O Que Não é Assédio Moral no Trabalho?
Em poucas palavras, um episódio isolado não é assédio moral no trabalho. Se em um momento de descontrole o chefe discute com o funcionário, o humilha com palavras fortes na frente dos outros empregados, isso não é assédio moral. Para ser assédio moral a situação precisa:
- se repetir sistematicamente
- ser feita de um modo que fique claro que a intenção é fazer com que o empregado desista do trabalho
- ser feita diretamente a uma única pessoa do grupo (se um chefe tem a mania de gritar com todos os funcionários, ele até está errado, mas não pode ser considerado um assédio moral no trabalho)
- ser uma humilhação constante, várias vezes durante o mesmo dia, todos os dias de trabalho, durante semanas e meses
- a perseguição no trabalho transforma o ambiente insuportável para o empregado
O Que Fazer Para Combater o Assédio Moral no Trabalho?
As pessoas em geral têm muito medo de perder o emprego e acabam se deixando levar por esse tipo de situação, pelo menos, até quando aguentam. Porque assédio moral no trabalho é tão insuportável, que chega um momento, que nem a necessidade consegue falar mais alto. E não é a toa, se trata de uma violência psicológica e como tal, causa danos na saúde física e mental. Passar vergonha na frente dos colegas é o menor problema que o assédio moral no trabalho pode fazer a uma pessoa.
O respeito é um dos pontos fundamentais em uma relação de trabalho, não interessa quem é o chefe e quem é o subordinado. Até mesmo para chamar a atenção de um empregado que tenha cometido um grave erro, o superior tem que ter bons modos. Gritos, palavrões e frases que humilhem uma pessoa são proibidas e não podem ser aceitas de maneira nenhuma.
O único modo de se combater o assédio moral no trabalho é evitá-lo logo no início. Na primeira vez que o empregador ou superior se sentir no direito de faltar respeito, o empregado deve se impor e exigir que isso não se repita, obviamente de maneira educada e respeitando a hierarquia.
Aliás, é a hierarquia que provoca esse, digamos, “equívoco” nas relações entre patrões e empregados. De um lado o empregado pensa que deve aceitar tudo porque precisa trabalhar e quem está gritando tem o direito de fazer porque tem o poder, do outro, o chefe, que se sente acima do bem e do mal porque concentra o poder nas mãos.
Essa visão distorcida de uma relação de trabalho acaba gerando a humilhação repetitiva, com duração infinita, e deteriorando a vida do empregado, dentro e fora da empresa. Ele pode não perceber, mas começará a levar esse problema para as relações sociais e afetivas fora do contexto empresa. Por isso, uma vez identificado o problema, o empregado tem o direito de recorrer a um advogado trabalhista e buscar auxílio na lei para reverter a situação.
Só no Brasil Acontecem Casos de Violência Moral no Trabalho?
Não. A violência moral no trabalho é um fenômeno mundial, muito mais presente nas empresas do mundo todo do que podemos imaginar. E engana-se quem pensa que somente países como o Brasil ou subdesenvolvidos passem por esse problema. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), países desenvolvidos registram o mesmo tipo de situação. A pesquisa revelou que o assédio moral no trabalho nesses países já levou muitas pessoas a desenvolverem problemas de saúde mental. Os principais que sofrem com o problema são: Reino Unido, Estados Unidos, Polônia, Finlândia e Alemanha.
O assunto assédio moral é tão sério e os episódios têm aumentado significativamente em todo o mundo, que muitas organizações internacionais fazem estudos sobre o “fenômeno” e buscam uma solução para evitar danos maiores. A Organização Mundial da Saúde, OMS, por exemplo, prevê que as duas próximas décadas serão “o mal estar na globalização”, isto é, aumentarão o número de pessoas deprimidas significativamente, o número de pessoas com angústias e outra doenças psicológicas também vai crescer muito. E segundo, a pesquisa realizada pela OMS, todos esses males terão ligação direta com as novas políticas de conduta das organizações de trabalho diretamente ligadas as políticas neoliberais.
