Consiste em nome peculiar na história da metade do século XX no Brasil, em principal no que tange ao mundo da comunicação e mídia. Responsável de forma direta por trazer a TV às terras nacionais. Em termos práticos foi quem distribui os primeiros modelos às grandes lojas e à elite nacional que não se preocupava em pagar alto valor por conta de novidades tecnológicas.
Sob a ótica do poder representa figura principal entre os homens que comandavam o país entre os anos quarenta e cinquenta do seu tempo. O empresário tem importância pioneira também por conta da chefia no Grupo dos Diários Associados que tinha desde programas de rádios até revistas especializadas.
Começo da Vida Intelectual de Assis Chateaubriand
Desde a adolescência Chateaubriand demonstrou que tinha inteligência acima da média, visto que com quinze anos ingressou ao Ginásio Pernambucano, no curso de direito. A partir desse momento passou a assumir posições importantes na vida. Vira professor e ao mesmo tempo usa a experiência para atuar como jornalista em três grandes jornais de Pernambuco, antes de se mudar à capital do Brasil (Rio de Janeiro na época) no ano de 1915, quando passou a atuar como profissional do Correio da Manhã.
Visão Editorial de Assis Chateaubriand
Depois que acontece o processo que se intitula de “Aliança Liberal” se pode dizer que o empresário do ramo da comunicação apoiou de forma direta os movimentos de década de trinta do século XX que trouxeram o poder ao Vargas, outro advogado. As relações entre Chateaubriand e o presidente se intensificaram ao ponto de Getúlio se interver de modo pessoal ao decidir a favor de Assis em caso sobre a guarda da filha depois que o mesmo se separou da esposa aos olhos da lei. Durante o Estado Novo os dois advogados seguiram aliados nas diretrizes do poder nacional.
Com o sucesso que conquistou em décadas anteriores na opinião pública a carreira para o mundo político aconteceu nos primeiros anos da década de cinquenta, quando assumiu o senado paraibano e maranhense. Vale ressaltar que enquanto estava no trabalho na Paraíba acabou por se retirar do cargo no sentido de assumir posição de embaixador brasileiro em Londres. Um ano antes de assumir o cargo de senador no Maranhão assumiu posição na Academia de Letras, na cadeira que pertenceu ao GV.
Amor e Ódio: Assis Chateaubriand
Amado por ser pioneiro e empreendedor que avançou para longa carreira de sucesso, odiado em consequência da postura ética que seguia apenas as próprias vontades, método agressivo para gerar os negócios e criar relações políticas em troca de chantagens. Era mestre em desestabilizar imagens dos principais inimigos. Conseguiu se aliar com as personalidades da elite nacional contemporâneas da sua época e soube como poucos aliar a estratégia para ampliar os negócios e prestígio.
Assis Chateaubriand: Campanha Nacional da Aviação
O empresário ficava com os olhos abertos às novidades que surgiam no país e ao redor do mundo. No começo da década de quarenta apoiou a ideia de implantar projetos que visavam evoluir o poder de aviação no Brasil. Participava de forma crítica contra a elite nacional por defender investidas de capital internacional no sentido de evoluir o avião em terras nacionais com maior ritmo de tempo e qualidade. Não se pode ignorar o fato de que se mantinha na posição, embora também fizesse parte do mundo erudito desde a infância. Cabe o destaque também por promover autores desconhecidos que se tronaram ícones na literatura brasileira, como Portinari e Cavalcanti, por exemplo.
O MASP representa cartão postal da cidade de São Paulo que está de pé desde metade do século XX. O empresário da comunicação também participou de forma ativa para levantar o projeto. Figura responsável por conceder e a convencer membros da elite também a realizar o ato de caridade em nome da cidade.
Do Jornal à TV: Assis Chateaubriand
Nos anos trinta e quarenta do século XX conquistou destaque nos jornais impressos e os movimentos para expandir a tecnologia do país, como o movimento à aviação no Brasil. Na década de cinquenta ganhou destaque por conta da presença política e projetos da TV. A preocupação dele se concentrou de forma principal em desenvolver a televisão e rádio, deixando os impressos de lado ao concentrar investidas financeiras em tecnologias novas.
Queda do Poder de Assis Chateaubriand
Até começar a década de sessenta do século XX o império do empresário estava em alta. Porém, com os militares no poder por conta do golpe militar de 1964, Assis observou a riqueza se acumular e entrar em crise. Com as dívidas na empresa a saúde também sofreu prejuízo, caso da trombose em nível grave que o impossibilitou de se comunicar com máquinas de escrever usuais. O último feito em vida com destaque aconteceu na segunda metade de 1967, quando procurou à UEPB para fornecer material a formar o Museu de Campina Grande. Morreu em 1968.
Destaques Extras na Vida de Chateaubriand
Chateaubriand possui o destaque histórico que sempre procurou obter em vida. Existem fatos que são conhecidos ao grande público, como quando lançou a TV Tupi ou o MASP. Porém, há histórias que não são conhecidas por parte do público interessado, ou mesmo com pouca memória. Entre os pioneiros da comunicação cabe o destaque por ser o primeiro empreendedor a usar fotografias de serviços da agência WWP, quando passou a ganhar da concorrência na qualidade e velocidade na disponibilidade fotográfica.
Também possui destaque por conta do uso da máquina rotativa com fontes coloridas para imprimir os trabalhos em ritmo produtivo que satisfazia a demanda por jornais e revistas do público que durante a sua época viveu o último período de ouro dos veículos impressos.
Por conta da falta de ética em tratar dos assuntos de negócio, ficou conhecido como o sósia do cidadão Keane no Brasil, figura que não enxerga barreiras para desenvolver os caminhos de acordo com os próprios interesses. Francisco Matarazzo pode ser considerado como a principal vítima dos enfoques críticos do advogado e jornalista que estava preocupado com os interesses particulares além dos sociais de forma explícita.
