Quando se fala em Egito, a primeira imagem que surge na nossa mente é aquela da pirâmide, ou melhor, das pirâmides, porém, esse lugar que mistura realidade, magia e histórias tem muito mais riquezas para serem descobertas.
Entre várias histórias do Egito, podemos destacar que o tempo para aquele povo não era contado pela sucessão dos dias e através do ano do reinado de um faraó. Por isso, os textos que relatam os fatos dessa civilização foram divididos pelos históricos da seguinte forma: Império Antigo, Império Médio e Império Novo (história do antigo Egito), dividido em 30 dinastias.
As Principais Dinastias do Egito
Antes de conhecer as principais riquezas do Egito, é interessante saber como foram as dinastias que acumularam todo esse “patrimônio” ao longo de vários anos, cada uma delas. Começamos falando do Império Antigo, que durou de 3.200 a.C. – 2.235 a.C., ele também recebeu o nome de Império Menfita. Foi neste período que o faraó Menes (primeira e segunda dinastia) uniu o Alto e o Baixo Egito.
Na terceira dinastia, sob o comando do faraó Zoser, foi construída uma das primeiras riquezas do Egito, a pirâmide escalonada de “Saqqãrah”. Ela foi catalogada pelos historiadores como o primeiro monumento feito em pedra pela humanidade.
Chegando à quarta dinastia, sob o império do rei Pepi II, que fez questão de mostrar o seu poder, através da construção de mais pirâmides, foram elas: “Snofru, Keops, Kefren e Micerino”. Porém, neste período, a situação não foi muito boa, e o povo sofreu com problemas culturais e de religião. Foi então, que o Egito viveu uma grande desordem social, uma grande anarquia, que durou até chegar à sétima dinastia e só terminou mesmo com a entrada do faraó da décima primeira dinastia.
Outro momento importante é a transformação de Tebas como a capital do Egito, que acontece durante a décima primeira dinastia. Depois desse período, outros povos tentaram invadir o Egito, que passou por uma nova crise.
Passado o mau momento, o Egito “cresceu” entre as dinastias XVIII e XX, chegando até o Rio Eufrates (onde atualmente é Iraque). E foi neste período, de grandes conquistas, que o faraó conseguiu reunir uma grande riqueza. Porém, não demorou muito para que uma crise econômica gerada pela corrupção e queda do império, fizesse com que o Egito enfrentasse mais dias negros. Desse período de crise ficaram grande monumentos, que representam 67 anos de reinado de Ramsés II.
O Egito entre 1085 a.C. E 323 a.C. viveu a fase chamada pelos historiadores de “Época Tardia”. Neste período, o poder ficou na mão de etíopes e líbios e tornou-se uma província persa. Neste mesmo período, é fundada a cidade Alexandria, sob ordem do então rei, Alexandre Magno.
O Egito sofre mais um ataque em 640, nesta época Cairo passa a ser a capital. Já em 1822, passou a pertencer à Inglaterra, que só reconheceu a independência do país, em 1922. Torna-se uma monarquia constitucional, mas em 1952 sofre um golpe de estado e somente em 1970, passa a ser a República Árabe do Egito.
As Principais Riquezas do Egito na Arte
Agora que você já conhece um pouco da história do Egito, saiba porque essa cultura influenciou tanto a humanidade e os tesouros que ficaram escondidos por lá. Por se tratar de um país com uma posição geográfica não muito boa, sendo isolado por desertos e mar, o Egito desenvolveu a própria arte, genuína, sem influência de outros povos.
Falando de arte, aquela do Egito é na sua grande maioria de temos sacros, são: estátuas, pinturas, templos, tumbas. E é fácil entender o motivo, já que os faraós passavam a ser a comunicação entre os homens e os deuses.
Outra grande riqueza do Egito é a arquitetura, representada pelas gigantescas pirâmides, as câmaras escuras e as tumbas. Dentro delas, as paredes, com exceção do período do Império Antigo, eram pintadas, escritas. Figuras que representavam desde imagens do cotidiano daquele povo até guerras e sacrifícios religiosos.
Esses desenhos e a escrita do Egito também são grandes tesouros que ficaram registrados nas pedras e podem ser admirados até os dias de hoje. Nesses registros, segundo os historiadores, é possível compreender que 3 línguas foram usadas pela civilização egípcia: a hieroglífica, a demótica e o grego.
As Principais Riquezas do Egito Representadas pelos Monumentos
No Egito é possível admirar pelo menos 80 pirâmides, a diferença entre elas fica por conta do material usado na construção e o tamanho. As consideradas mais importantes são as “Pirâmides de Giseh”, elas teriam sido construídas onde iniciava o reino dos mortos, segundo a mitologia.
A maior pirâmide do Egito é “Keops”, a sua altura é de 146,6 metros e as laterais medem 227,5 metros. Foram usados 2,3 milhões de blocos de pedra para construí-la, o mais incrível é saber que cada um deles pesa 2,5 toneladas. Um sarcófago vazio e sem a tampa foi deixado dentro dela, na parte chamada “câmara mortuária”, feita de granito rosado.
Por ordem de tamanho, podemos colocar em segundo, a pirâmide “Kefrén”, ela fica localizada a sudoeste da maior pirâmide e a altura das duas é quase a mesma. Nela, porém, é possível ver duas “câmaras mortuárias”, uma completamente vazia e na outra um sarcófago de granito sem identificação.
Outra grande riqueza monumental do Egito, e conhecida no mundo todo é a “Esfinge”, que está bem perto da pirâmide de “Kefrén”. Uma rocha foi usada para esculpir uma figura e dentro dela foi feito um revestimento de pedras, as medidas da “Esfinge” são: 20 metros de altura e 57 metros de comprimento. Ela representa as qualidades do faraó, que seriam a força física (corpo do leão) e a força espiritual (cabeça humana).
Outro grande tesouro do Egito que merece destaque é a pirâmide de “Micerino”, tem 62 metros de altura, e é considerada a menor, porém, a mais moderna do grupo de pirâmides.
Entre tantas riquezas do Egito descobertas pelos historiadores, foram encontradas mais de 40 mil vasilhas de louça de excelente qualidade, em escavações próximas ao conjunto das pirâmides.
Templos de Luxor e Karnak: Grandes Tesouros do Egito
Não podemos falar das riquezas do Egito sem citar esses dois templos: Luxor e Karnak. Aquele de Luxor fica bem perto das margens do Nilo e foi iniciado por Amenofis II e terminado por Ramsés II. Ele é formado por diversas colunas, pátios, estátuas, mesquitas e santuários. Também possui dois Obeliscos na entrada, o terceiro foi levado para a Praça da Concórdia, em Paris. Além disso, ainda é possível admirar 3 das 6 estátuas iniciais do faraó, que tinham na sua entrada.
Falando dos Templos de Karnak, podemos afirmar, segundo relatos históricos, que ele começou a ser feito e representa bem, a antiga capital Tebas. Porém, o que se pode ver agora é a reconstrução dos séculos XVIII e XIX.
No centro de Karnak está o “Grande Templo de Amon”, com uma porta de 113 metros de largura e 43,5 de altura, a maior do Egito. Ao lado, na parte sul, o “Templo da Deus Mut” (esposa de Amon) e do lado norte, o “Templo do Deus Montu”.