Heidegger, Martin

O filósofo alemão Heidegger Martin  nasceu no dia 26 de setembro de 1889 e viveu até 26 de maio de 1976. É considerado um dos filósofos mais importantes do século XX, junto com Adorno, Russel, Foucault e Wittgenstein. Essa colocação é justificada por dois motivos, o primeiro deles é porque dá verdadeira importância a tradição da Filosofia e o segundo, pela forma como destaca a cultura.

Heidegger Martin influenciou outros grandes filósofos, entre eles, Jean-Paul Sartre.

Biografia De Heidegger Martin

Heidegger Martin nasceu em uma pequena cidade do interior da Alemanha. A sua paixão pela Filosofia não se deu logo de cara, a sua primeira decisão em relação ao futuro era de ser um padre. Ele chegou a fazer aulas de Teologia em uma universidade da Alemanha. Cursando pouco tempo depois a faculdade de Filosofia na mesma universidade.

Foi aluno do fundadador da fenomenologia, Edmund Husserl.

A sua tese de avaliação da universidade foi publicada em 1916. Se chamava “ A Doutrina das Categorias e do Significado em Duns Escoto. Muitos anos depois descobriu-se que se era uma Gramática Especulativa e era baseada nas teorias do próprio Heidegger Martin . Porque, nunca foi muito considerado esse trabalho na sua trajetória, pois a mesma era voltada para interesses de Teologia e Metafísicos.

Enquanto esses fatos aconteciam, Heidegger Martin  foi convidado a lecionar na faculdade de Friburgo, na Alemanha. O convite foi aceito e o filósofo ficou por alguns anos na Universidade da Marburgo substituindo o professeor Husserl.

A aula inaugural de Heidegger Martin na faculdade foi sobre o que era metafísica e na mesma época lançou um ensaio cujo título era Sobre a Essência do Fundamento. Também lançou o livro Kant e o Problema da Metafísica.

O Trabalho Ser e Tempo

Considerado um dos seus principais trabalhos, Ser e Tempo, foi lançado em 1927. A obra ganharia uma segunda parte, mas o autor nunca a faz, por conta da abrangência da primeira. Esse trabalho foi dedicado por Heidegger Martin  a Husserl. Porém, o mesmo não aprovou o livro, o que fez com que os dois acabassem rompendo.

No dia 1 de maio de 1933, Heidegger Martin  fez inscrição no partido nazista, o ano em que Adolf Hitler chegava ao poder. Pouco tempo depois desse episódio, passou a ser o reitor da Universidade de Friburgo. Porém, não ficou muito tempo, deixou o cargo por vontade própria por conta da pressão que estava sofrendo de professores que tentavam acabar com o partido nazista.

Durante o seu período como professor, Heidegger envolveu-se com  uma aluna judia, Hannah Arendt, que veio a ser uma outra grande filosofa do século XX.

Heidegger Martin: Filosofia

Heidegger Martin intitulava o seu método como hermenêutico e fenomenologia. Um mesmo conceito com dois nomes diferentes, que significa colocar a atenção para mostrar aquilo que está escondido dentro daquilo que estão nos mostrando. Por isso, no trabalho hermenêutico tenta interpretar aquilo que está sendo mostrado, colocando “luz” sobre o tema. Para o filósofo, são pontos que não são vistos no início.

Esse método proposto por Heidegger Martin vai direto no fenômeno, vem antes da sua análise, e deixe claro tanto o “modo” como o que ele manifesta. Segundo ele, se tratava de um método que ele construiu que correspondia aquele de Kant.

A segunda opção, coperniciano, a projeção e a colocação são vista da perspectiva. Era uma análise inflexiva do ponto de vista, uma vez que o foco era direcionado. Seria o inverso da ontologia tradicional, o modo como Heidegger Martin  trabalhava usando este método.

A Produção De Heidegger Martin

O estudo do que foi escrito por Heidegger Martin foi dividido em duas partes até o fim da década de  XX. Depois disso, foi considerada uma divisão em três parte, que não entraria como terceira, mas como primeira, antecedendo as duas que já eram “catalogadas”.

Mesmo assim, ficou sendo mais aceito referir-se a obra de Heidegger Martin  falando do primeiro ou segundo Heidegger e isso tinha a ver de qual pesquisa estivesse falando.

Tem um estudo que fala em “três momentos da filosofia de Heidegger”, foi feito por Gianni Vattimo, no ano de 1996. O trabalho é considerado “não pacífico”, pois alguns discutem se cabia realmente essa divisão, pois defendem que o pensador alemão seguiu o pensamento de forma contínua.

Sobre O Pensamento De Heidegger Martin

Sobre as obras de Heidegger Martin não paira nenhuma dúvida sobre o seu ponto de partida, que é considerado o principal pensador da Alemanha cuja filosofia é existencial. Seu começo está no sentido do ser.

Seu exemplo é o ser humano e daí parte para as suas indagações.

De acordo com o pensamento de Heidegger Martin o homem está pautado pelo seu passado e sua relação com o mundo é feita a partir de sentimentos como angústia e culpa. Sendo assim, o papel do homem é aquele de tentar se salvar da situação cotidiana para atingir o seu “eu” verdadeiro.

Essa Filosofia existencial que foi a base dos seus estudos começou a ser mostrada no ano de 1928, na obra que não chegou a ser terminada, cujo nome era “Ser e Tempo”. Foi com esse trabalho que o pensador alemão se tornou uma referência para os seus alunos.

Um Pouco Sobre A Vida De Heidegger Martin

A família de Heidegger Martin tinha poucos recursos e ele somente conseguiu estudar pois foi premiado com uma bolsa eclesiástica, tanto para o curso de Teologia, quanto para o de Filosofia.

Seu estudos foram muito influenciados por Edmund Husserl, isso porque exerceu a função de assistente durante o período pós Primeira Guerra Mundial, que durou até 1923.

Viveu praticamente toda a vida na cidade alemã, Friburgo, somente 5 anos, ficou em Marburgo, também na Alemanha, quando era professor. Chegou a receber um convite para morar e trabalhar em Berlim, mas não quis aceitar.

A sua influência e reconhecimento como um dos grandes filósofos da época aconteceu bem cedo, estendendo-se a teologia moderna de nomes como Bultman e Rahner.

Inscrito no partido nazista, em 1933, se colocou a disposição para colaborar com Hitler, entrando no lugar de um reitor que tinha sido proibido de ficar no cargo, decisão tomada pelos nazistas. Essa atitude abalou o prestígio de Heidegger Martin.

Ele perdeu o posto de professor em 1946, quando chegaram os franceses de ocupação, mas a docência lhe foi devolvida anos mais tarde, em 1951.

Filósofo alemão nascido em 26 de maio de 1976, Martin Heidegger foi um dos grandes nomes da sua época. Sua linha de pensamento, muito voltada para o entendimento do ser e da realidade (Ontologia), serviu de molde para muitos filósofos do passado. A cidade em que Martin nasceu se localiza em um pequeno distrito de Baden, na Alemanha.

Muito interessado em temas metafísicos, teve o desejo de se tornar padre no início de sua carreira, e durante uma época até conseguiu estudar em um seminário cristão. Estudou na Universidade de Friburgo, tendo publicado uma tese entitulada “A Doutrina das Categorias e do Significado em Duns Escoto”. Com o passar dos anos, precisamente de 1933 a 1934, chegou a ser reitor da Universidade de Freiburg.

A filosofia de Heidegger é fundamentada em princípios que estudam o sentido do ser humano, sua relação com o mundo em casos de angústia, complexo de culpa e preocupação, como também a busca do “eu” verdadeiro. Suas obras foram muito divulgadas, tendo foco na corrente existencialista.

Mesmo tendo residido durante muito tempo em Friburgo, sua popularidade foi tamanha que era tido como um dos filósofos mais influentes e conhecidos da sua época. Porém, um fato que não foi muito bem visto e que acabou abalando sua notoriedade foi sua participação durante o período do regime nazista em 1933.

Dentre as diversas obras e publicações que fez em sua carreira, temos:

Novas Indagações sobre Lógica (1912)
O Problema da Realidade na Filosofia Moderna (1912)
A Doutrina do Juízo no Psicologismo(1914)
A Doutrina das Categorias e da Significação em Duns Scoto (1916)
O Conceito de Tempo na Ciência da História (1916)
Introdução à Metafísica (1953)
Da Experiência de Pensar (1954)
O Que é Isto, a Filosofia? (1956)
Da Pergunta sobre o Ser (1956)
Ser e Tempo (1927)
Que é Metafísica? (1929)
Da Essência do Fundamento (1929)
Kant e o Problema da Metafísica (1929)
Hölderlin e a Essência da Poesia (1936)
A Doutrina de Platão sobre a Verdade (1942)
Da Essência da Verdade (1943)
Língua e Pátria (1960)
Nietzsche (1961)

Citando algumas de suas frases mais importantes de algumas das obras acima, em especial a intitulada “Ser e tempo”, de 1927, veremos:

“A possibilidade de se compreender o ser deste ente vai depender da segurança com que se exerce um modo conveniente de acesso.”

“Não se deve, porém, tomar a cotidianidade mediana da presença como um simples aspecto. Pois a estrutura da existencialidade está incluída a priori na cotidianidade e até mesmo em seu modo impróprio. De certa forma, nele está igualmente em jogo, o ser da presença, com o qual ela se comporta e relaciona no modo da cotidianidade mediana, mesmo que seja apenas fugindo e se esquecendo dele.”

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by Marcelo Marcolino

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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