Introdução à Arte

Arte  e Estética: Um Eterno Debate

Em todas as definições e conceitos de arte, não é possível não associar o seu conhecimento técnico de sua essência, à estética. As duas caminham lado a lado e de uma forma ou de outra, acabam em eterno debate. Afinal, as duas se completam e de nenhuma forma pode existir estética sem arte ou arte sem estética.

O conceito de estética não é tão fácil de ser entendido na prática, mas bem simples em nomenclatura. Em teoria, é o estudo filosófico da arte e do belo. O nome “estética” deriva do grego aísteses (percepção). A palavra “estética”, por si só, quer dizer a apreensão do sensível, da intuição da beleza.

Diante de tal explicação sobre o termo, é possível entender porque o conceito de beleza é tão relativo. Existe um ditado popular propagado no mundo todo que diz assim: “O que é belo para mim pode não ser belo para você”. Poucos sabem, porém, este é o conceito teórico que norteia o estudo da beleza. Como são baseados em conceitos relativos, beleza e estética podem ter diversos significados para cada pessoa, sendo preciso usar o conceito pessoal para definir o que é feio e o que é bonito.

O Que Estuda a Estética?

De forma simplória, podemos definir assim: a beleza é a análise da arte pronta, do objeto fruto da criação do artista, enquanto a estética, é a análise do conceito daquela obra e que teoricamente a envolve por trás, para que chegue a determinado resultado. Porém, ambas sempre andam lado a lado.

O estudo estético de uma obra de arte é feito baseado em suas características. Os estudiosos desta área que criaram o conceito, que é grego, acreditavam que um artista não cria apenas por criar, ele é fruto de seu tempo e momento histórico.

Cada momento cultural vivido pelo homem irá transparecer em suas obras e, por isso, algumas características de produção se repetem, formando assim a estética. Como muitas são comuns a um determinado período de tempo ou pensamento coletivo, existem vários movimentos estéticos no mundo, como o barroco, o arcadismo, o romantismo, entre outros.

A Arte e a Estética: Juntas, Porém Separadas

A estética está presente em todos os objetos, pois cada obra criada possui suas formas de expressão. A escolha da cor azul em vez do preto já é uma característica estética manifesta em uma obra. Porém, nem tudo que é esteticamente belo pode ser considerado uma obra de arte.

O conceito de arte é muito mais relativo que o de estética. Apesar de um objeto ter características estéticas que irão remeter a um determinado momento artístico, nem todos podem ser considerados arte. Para tal, ele deve ter outras expressões presentes e um conceito filosófico, bem mais profundo em essência de criação.

A Beleza na Arte

Se alguém lhe disser que “a beleza está nos olhos de quem a contempla”, não acredite que é apenas uma desculpa para não responder se a outra pessoa ou determinada obra é feia ou bonita. Na verdade, este é o real conceito de filosofia e a temática da beleza, seja na arte, ciência ou entre os homens em geral. A citação acima é do filosofo Kant, um dos estudiosos do tema.

A taxação de uma obra de arte como bela ou não, é um debate que remete há milênios e antigas gerações. Alguns críticos de arte tendem a declarar que determinada obra não é bonita, e que outra é mais bela, por belo prazer de esboçar sua opinião, pois os mesmos estudiosos sabem que este conceito é totalmente relativo.

O que é Belo no Mundo?

Segundo os filósofos gregos, jamais poderíamos dizer que algo é belo ou deixa de ser belo, pois a beleza é baseada em um conjunto de fatores que a personalidade os tornam agradáveis, mesmo que para o outro não sejam.

Segundo o estudioso Kant, para que alguém diga que uma obra de arte é bonita ou não,  deverá abandonar todos os seus preceitos pessoais e julgar o mais neutramente possível. Sabemos, infelizmente, que isso é quase impossível, pois somos dotados de memória e, portanto, temos referências pessoais que irão aparecer na mente como comparativo para qualquer julgamento.

Porém, há uma ironia entre os gregos: este mesmo povo tinha um conceito de belo bem formado. Para eles, o belo seria algo esteticamente proporcional. Na antiguidade, a beleza era relacionada diretamente à simetria, a uma composição harmônica aos olhos, com toques de perfeccionismo com o real.

Exemplos reais deste conceito grego são suas estátuas antigas de gesso, como a famosa escultura de Davi, que apresenta as genitálias de seus homens no grau de desenvolvimento de uma criança. Segundo estudiosos da área, seria porque os escultores acreditavam que não seria proporcional criar uma obra de arte com um pênis em formato real, ele não iria se adequar a escultura como um todo. Logo, podemos ver o quanto eles prezavam a harmonia.

O Belo na Atualidade

As obras mudaram, a arte também se modificou, adequou-se ao modernismo e suas tecnologias, mas o  conceito de beleza ainda não mudou. Ele continua sendo algo relativo a cada indivíduo e sendo quase impossível julgar algo como belo ou não.

Na arte, a beleza é mais definida pelas características estéticas que pela obra em si. Para determinar se uma obra é realmente bela, é preciso analisar: a forma como foi criada, seu conceito de elaboração, o material usado, a técnica aplicada e como ela será exposta. Porém, mesmo assim, ainda há controvérsias entre os profissionais da área na avaliação, de um critico para outro, se um quadro “é mesmo bonito”.

A Harmonia na Arte

A harmonia é um conceito que anda lado a lado com a arte. Seja na pintura, escultura, música, entre outras manifestações, é quase impossível falar de obras artísticas, sem falar do uso da harmonia na mesma.

O conceito de harmonia é ligado à forma como o homem vê as coisas. É a disposição de objetos, cores e texturas, de forma que nos soe agradável e entrem em sintonia com nossos sentidos, seja ele visão, audição ou mesmo paladar. Algo que nos desagrada visualmente pode ser por não estar harmônico.

Harmonia, quando nas artes plásticas, é o equilibro das coisas em cena. Em um quadro, seria ver o uso das cores em tom sobre tom e objetos, que em conjunto formam uma visão agradável aos olhos humanos. A distribuição de elementos na tela, também está ligada a este conceito. O mesmo vale para a escultura e outras formas de artes visuais.

Na música, o conceito é semelhante: é o conjunto de sons em tons e sobre tons que agradam ao ouvido humano, formando a música. A harmonia da música é o que faz com que os sons musicais nos agradem, sejam eles mais agudos ou graves.

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A Harmonia e o Belo – Por que achamos uma obra de arte feia?

Os conceitos de harmonia e beleza sempre estão ligados na avaliação de uma obra de arte. É importante sabê-los para entender o porquê de algumas pessoas acharem um quadro maravilhoso, e outro achar a pintura horrível. Às vezes este gosto coincide, mas nem sempre é assim.

Na verdade, o julgamento de harmonia é geral, é a disposição dos objetos, cores, texturas e afins, a forma que estão em determinado espaço e que nos agradam. Isso pode ser levado tanto para arquitetura, design, propaganda, web, entre outras coisas.

O conceito é geral, mas a forma de enxergar ainda é individual. Nem sempre o que é harmônico para uma pessoa é para outra. Algumas mentes tendem a se agradar mais com móveis pretos e fazem combinações em um design de interior para o mesmo, o que pode não acontecer com outra pessoa, que acredita que uma sala seja melhor em combinações com branco e bege.

Segundo o exemplo acima, o julgamento de harmonia é relativo para cada olhar. Logo, o de beleza também. Se você não acha um quadro harmônico e seu cérebro lhe diz que há algo de errado, de acordo com seus conceitos pessoais e individuais, não há como achar o quadro bonito. A mesma regra vale para a música.

O ditado popular “gosto não se discute”, vale na avaliação da beleza de uma obra de arte e de uma música. Algumas pessoas simplesmente odeiam a harmonia do rock e do pop, enquanto outras amam. É a harmonia.

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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