Quando olhamos para o céu, à noite, vemos uma porção de pontos luminosos que tem diferentes posições (isso, logicamente, se o tempo estiver “limpo” e sem nuvens para atrapalhar), cada uma contendo um brilho e uma intensidade de emissão diferentes uma das outras. Isso, no entanto, pode ser interpretado como uma oportunidade de nós olharmos para o céu e percebemos como podemos ser pequenos diante da vasta imensidão do Universo. Podemos refletir, ainda, que, por ora, o planeta Terra é o único astro celeste que suporta vida como conhecemos e, por não ter a certeza do suporte da vida terrestre em outros locais é necessário a preservação do meio ambiente, para garantir somente a sobrevivência dos animais e qualquer ser vivo, mas também da nossa própria.
Por conta dessa questão, muito se critica as Agências Espaciais dos países, como a NASA, a Agência Europeia e a JAXA, por investirem bilhões de dólares em pesquisas espaciais, para tentar a descoberta de vida lá fora, em vez de investir esse valor em pesquisas para encontrar métodos de como proteger o meio ambiente e a natureza em geral da ação desenfreada do homem, que pode causar, entre outras coisas, a nossa própria extinção.
No entanto, essas agências rebatem, afirmando que, somente com as pesquisas e os resultados oriundos do investimento é que é possível desenvolver tecnologias que podem ser usadas para o bem, principalmente, na medicina, além, é claro, de desenvolver meios de como frear possíveis impactos ambientais provenientes da exploração humana na terra.
Argumentam, ainda, que, com as pesquisas ambientais, é possível determinar a origem do Sistema Solar e, também, da própria Terra, já que há inúmeras teorias. E é sobre isso que iremos tratar no nosso artigo de hoje. Aqui, você vai saber um pouco mais sobre o que é deduzido sobre como a Terra foi formada, incluindo algumas curiosidades pertinentes. Confira:
De Onde A Terra Se Originou?
Como já dito, a Terra tem origens bastante controversas, mas, a teoria mais aceita é que ela tenha surgido juntamente com o Sistema Solar, quando gases se condensaram e começaram a dar origem aos astros que hoje compõem o sistema, que tem atualmente 8 planetas e uma série de asteroides e planetoides. Tais astros menores são os “resquícios” da formação do Sistema Solar, que não conseguiram se desenvolver o bastante para se tornarem planetas ou estrelas. Uma curiosidade é que Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, era uma estrela em formação, que não conseguiu completar as etapas para se transformar em um astro brilhante.
A Terra é um dos planetas rochosos, que foi formado, segundo os cientistas, há 4,6 bilhões de anos. Depois da explosão que originou o Sol, muita matéria ficou em suspensão ao redor dele, e se condensou, formando, além da própria terra, os outros astros que compõem esse vasto sistema planetário que habitamos, em um dos braços da Via Láctea.
Inicialmente, a Terra era uma bola de fogo bastante quente, cujas temperaturas ultrapassavam a faixa dos mil graus centígrados. E, assim, permaneceu por um bom tempo, até que vários cometas contendo água começaram a cair sobre a rocha incandescente, o que contribuiu para que, aos poucos, ela fosse esfriando. Vale lembrar que esse bombardeio aconteceu durante milhares de anos, e só por conta disso foi possível a redução, ainda que demorada, da superfície do planeta. Os cientistas dizem, ainda, que só foi possível ter mares e oceanos no planeta devido a esses cometas, que, mesmo depois do resfriamento da Terra, continuaram a cair e, por conta disso, começaram a acumular elementos suficientes para a formação da água por aqui.
É válido lembrar que, até o processo de resfriamento, passando pelo acúmulo de água e formação da Pangeia, que é o supercontinente inicial que o planeta Terra dispunha, passaram-se bilhares de anos. Para você ter uma ideia disso, apesar de a Terra ter 4,6 bilhões de anos, a vida só começou depois de um bilhão de anos da formação do planeta, o que evidencia a grande passagem de tempo.
Com a formação dos mares e da Pangeia, foram-se unindo os ingredientes para que, enfim, pudesse surgir a vida, mas se engana quem acha que os primeiros seres vivos que aqui passaram eram bastante complexos. Estudos indicam que os primeiros seres que passaram pela Terra eram microrganismos bastante rudimentares, que sequer tinha um sistema digestório evoluído. Viviam em suspensão nas águas, e, delas, foram se originando organismos mais complexos, mas, mesmo assim, com uma inferioridade, se comparado aos organismos existentes atualmente na Terra.
E, com o tempo, a crosta terrestre foi sendo moldada por conta da intensa atividade vulcânica que ocorria naquela época, no qual, vulgarmente falando, o supercontinente Pangeia e os oceanos estavam “boiando” sobre o magma, e, inclusive, isso foi o responsável pela grande continente se romper em várias partes, depois de seguidos terremotos que fizeram a grande porção de superfície se quebrar em várias partes. Foi encarregado à atividade vulcânica o movimentar das placas quebradas, que passaram a se chamar placas tectônicas e, assim, chegar ao formato dos continentes que estamos acostumados a ver hoje. Para que os continentes chegassem ao que são hoje, demorou-se mais de 50 milhões de anos, já que, segundo estudos, uma placa se movimenta cerca de 2 centímetros por ano.
A Lua
É sabido que, no Sistema Solar, muitos planetas possuem satélites naturais que ficam orbitando o seu planeta em diferentes etapas. A Terra não fica de fora disso, tendo o seu próprio satélite natural: a Lua. E muito se discute sobre como e quando esse astro foi formado. Entre diversas teorias, a mais aceita entre os cientistas é que, com a formação da Terra, outro planeta, chamado Theia, havia se formado também, só que com um detalhe: na mesma órbita da Terra. E, por isso, o choque foi inevitável. Quando os dois planetas colidiram entre si, o planeta Theia, por ser menor, foi totalmente fragmentado. Já a Terra, teve desprendida uma parte, parte essa que ficou em sua órbita e se condensou pelas forças da gravidade, que veio a criar a Lua que vimos no céu atualmente.
