O Lagarto e o Paradigma

Como Preparar um Lagarto

Outro dia recebi uma mensagem eletrônica que falava sobre como preparar um lagarto. Curioso, resolvi ler até o fim e achei interessante o conto e me lembrei de pronto de uma anedota que ouvia no tempo de criança, onde, um funcionário admitido recentemente na rede ferroviária, deveria bate na roda do trem.

História

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Ao perguntar para o mestre o motivo pelo qual executava aquela operação, o calouro recebeu a seguinte resposta: “quando aqui cheguei, me ensinaram isso e como bom funcionário que sou, faço sem perguntar.” Ensinamento chocante para os tempos atuais, mas no tempo da “Maria Fumaça” era a regra. Você duvida?

Quantos indivíduos ainda no mercado de trabalho e/ou educando filhos/netos foram educados com parâmetros parecidos ao citado? É, o tempo foi passando, a magnífica linha de produção de Ford foi modernizada, alguns conceitos a Igreja Católica já até admite que dá para andar junto com a ciência e alguns de nós ainda insistem em não “passar o rascunho a limpo” na magnífica história que é nossa vida.

O Pai

O Lagarto e o Paradigma

O Lagarto e o Paradigma

Meu pai foi um “cara” fantástico em muitos aspectos. Procurei ao longo da vida absorver alguns de seus conceitos, porém, determinadas atitudes que julguei ao longo do tempo, inadequadas, as abortei. Não é por ser o meu pai, que não tinha defeitos atrelados às virtudes.

Quando somos formadores de opinião em um grupo, por muitos anos isso vale para o seio familiar, cada palavra dita pode ter peso na formação do caráter, na estimulação da criatividade e iniciativa. Só depois de muitos anos, nos “tocamos” que isso ou aquilo em nossos filhos, de bom ou de não bom, foi fomentado por palavras, atitudes e gestos ao longo de anos de convivência sob o mesmo teto.

Veja por algum conhecido/a que vive até a idade madura com seus pais. Seus valores, conceitos, modo de ver a vida, não tiveram a oportunidade de novos ares para facilitar a possibilidade de revisão, consolidação do que é bom, ajuste no que é preciso lapidar para novos tempos e eliminação de conceitos/atitudes que nunca deviam ter feito parte de nossas vidas.

Empolgado, Me Esqueci do Lagarto. Então Vamos Lá

Sobre

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A mensagem falava de como preparar este tipo de carne de vaca. A receita falava o de praxe, que não é novidade nenhuma: vinagre, sal, pimenta … e no modo de preparar, uma curiosidade: cortar as duas pontas. Não querendo bater na roda do trem, uma aprendiz de cozinheira perguntou à mãe a razão daquilo e a mãe respondeu que aprendeu com sua mãe daquele modo.

A menina foi perguntar para sua avó e sua avó respondeu que havia aprendido com a bisavó da menina. Na próxima visita à casa da bisavó, a garotinha perguntou a razão de cortar as duas pontas do lagarto. E a resposta? A idosa senhora respondeu para a bisnetinha que em sua casa não havia panelas de tamanho suficiente para caber um lagarto inteiro, por isso cortava as pontas! Hoje não vou concluir. A moral da história ficará por conta de cada leitor.

Autor: Dirceu Pereira Mendonça

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Categoria(s) do artigo:
História

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