“Podemos nos defender de um ataque, mas somos indefesos a um elogio”. “O sonho representa a realização de um desejo”. “Em última análise, precisamos amar para não adoecer.”. “Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.” Você provavelmente já leu uma dessas frases, ou já ouviu alguém citar alguma delas, mas sabe quem é o autor dessas preciosidades? Do conhecido como pai da psicanálise. Leia a seguir uma breve história de quem foi esse importante ícone da medicina.
Filho de Jacob Freud e Amalie Nathanson, Sigmund Freud nasceu em 1856, em Freiberg, Morávia, nomeada hoje em dia como República Checa. Aos quatro anos sua família se mudou para Viena, Áustria, pois por serem judeus eram mais bem aceitos por suas crenças nessa localidade, além de acreditarem em um melhor futuro econômico.
Com 17 anos o rapaz passou na Universidade de Viena, e ingressou na faculdade de Medicina. Sempre foi um aluno exemplar durante a faculdade realizando diversos trabalhos na área de neurologia e se formando em 1881 resolveu por se especializar nesse âmbito.
Em 1886 se casou com Martha Bemays e abriu seu primeiro consultório. Durante um período que passou em Paris realizou estudos com o neurologista Jean-Martin Charcot, e o que chamou sua atenção nesse momento foram os casos de histeria. O uso da hipnose como tratamento para essa doença despertou seu interesse por aprofundar seus conhecimentos em distúrbios mentais.
Em 1895 publicou “estudos sobre a histeria”, obra fundamental para a compreensão da psicanálise que relata caso de cinco pacientes. O autor nesse livro argumenta que os histéricos sentem que sufocam memórias que levam à doença e acabam por sofrer por isso. Sendo assim, ele acredita que é preciso trazer a tona esses traumas com auxilio da hipnose no começo, entretanto por demonstrar que esse instrumento não funciona com alguns pacientes, Freud começa a utilizar uma associação livre, tornando sua forma de trabalhar mais complexa.
Freud foi o primeiro a encarar os distúrbios mentais com outras estratégias além da hipnose, sua proposta era do método das livres associações, adentrando regiões obscuras do inconsciente, sendo o precursor no descobrimento desse instrumento que era capaz de atingir o inconsciente e explorá-lo em sua essência.
Em 1906 outros estudiosos se uniram a Freud, que até então não era tão bem visto por seus novos ideais. Jung, Jones, Adler e Stekel se reuniram pela primeira vez à Freud no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise, nos dois anos seguintes esse grupo criou a Associação Internacional Psicanalítica.
Freud sofreu muitas acusações e foi até mesmo desrespeitado por outros cientistas que ficavam indignados com as suas novas propostas. A psicanálise só começou a ser aceita em instituições acadêmicas a partir de 1909, quando Freud foi chamado para palestrar nos Estados Unidos.
Descobriu um tumor no palato em 1923, quando teve que passar por uma séria cirurgia para retirada do mesmo. Após esse procedimento começou a ter problemas com a fala, além de sentir dores frequentes e desconforto. Nessa época de seus últimos dias, o nazismo começava a se difundir pela Europa e em 1938, Viena foi tomada pela rebelião nazista. Freud, judeu, teve todos os seus bens retirados e colocaram fogo em seu escritório. O médico doente foi obrigado a fugir para Londres onde foi abrigado e passou seus últimos momentos de vida. Freud faleceu em Londres, Inglaterra, no dia 23 de setembro de 1939.