Os Dinossauros constituem um extenso grupo de animais pertencentes ao clado (originados todos de um único ancestral em comum) Dinosauria. O nome dinossauro se originou a partir de um termo grego e em tradução livre significa “lagarto terrível”.
Acredita-se que esses seres apareceram na Terra há pelo menos mais de 233 milhões de anos, e que viveram como os seres dominantes do planeta por um período de 167 milhões de anos, vivendo durante o período Triássico até o final do período Cretáceo, que teve seu fim a cerca de 66 milhões de anos atrás.
Eles foram extintos de forma massiva devido a um evento catastrófico, restando apenas algumas espécies emplumadas, as aves.
A Extinção Dos Dinossauros
A hipótese mais aceita para a extinção desses animais é a de que um meteorito se chocou com a Terra e originou uma grande explosão, carbonizando bilhões de animais de forma instantânea. Na Península de Iucatã, no México, foi encontrado um meteorito na cratera de Chicxulub, sendo considerado que ele foi o responsável pelos eventos que extinguiram tais animais.
O choque do meteorito com a terra não só carbonizou bilhões de seres vivos, como criou uma nuvem de poeira que bloqueava completamente a luz do sol, o que transformou todo o planeta terra em um local muito frio, criando um evento que pode ser considerado um inverno nuclear, fenômeno ambiental que modifica os aspectos do planeta tal qual seria se ele passasse por uma grande guerra nuclear, além disso, as florestas foram amplamente incendiadas.
A partir desses eventos, somente aves que não dependiam das árvores para sobreviver, obtendo delas, por exemplo, alimentos e esconderijo, conseguiram se salvar.
Descrições Gerais Sobre Os Dinossauros
No período Jurássico já existiam dinossauros emplumados, segundo alguns registros fósseis, sendo que além deles, alguns pequenos animais terrestres conseguiram sobreviver à extinção.
A partir das evidências fósseis ao longo dos anos, foi possível identificar mais de quinhentos diferentes gêneros de dinossauros, além de mais de mil espécies diferentes, isso sem contar os aviários. Parte desses animais era carnívora (se alimentavam de outros animais) e outra parte era formada por herbívoros (que se alimentavam de plantas), havendo também divisões entre bípedes (que se locomoviam com os dois membros posteriores) ou quadrúpedes (que usavam os quatro membros, superiores e posteriores, para se locomover). Haviam espécies que possuíam chifres ou cristas, alguns deles, conseguiram desenvolver com a sua evolução modificações esqueléticas, que faziam com que eles possuíssem armaduras ósseas.
Existiam dinossauros dos mais diferentes tamanhos e pesos. Algumas espécies de terópodes (subespécie de dinossauros bípedes e geralmente carnívoros ou onívoros, que não eram aviários), podiam medir menos de quarenta centímetros, sendo o caso, por exemplo, do epidexptérix. Já algumas espécies de saurópodes (quadrúpedes que possuíam corpos grandes e pescoços longos), podiam chegar a até vinte metros de altura e trinta e cinco metros de comprimento, sendo o caso do argentinossauro.
Os dinossauros são geralmente descritos como arcossauros, que consiste em um grupo de répteis de grande importância, vertebrados e que existem em diversos continentes, com membros posteriores eretos sob o corpo. Diversos grupos são conhecidos como dinossauros, apesar de não serem classificados cientificamente como tal, como por exemplo: mosassauro (grandes répteis aquáticos predadores do oceano); ictiossauros (répteis marinhos extintos antes dos dinossauros); pterossauros (répteis voadores); plesiossauros (répteis marinhos) e os pelicossauros (ancestrais distantes dos mamíferos).
Para ser classificado como dinossauro o animal precisar ter necessariamente a postura ereta dos membros posteriores. Durante os períodos Jurássico e Cretáceo eram os dinossauros os vertebrados dominantes terrestres, havendo sim pequenos nichos de outras classes, como mamíferos, porém, esses não se desenvolviam muito, raramente ultrapassando o tamanho de gatos domésticos.
Um ponto muito interessante sobre os dinossauros é como eles eram um grupo variado de animais, acredita-se que os quinhentos gêneros de dinossauros não aviários que foram identificados até hoje representa cerca de 25% do total de gêneros que existiram, acreditando ainda que muitas gêneros não foram preservados em registros fósseis, ou seja, nunca serão conhecidos restos dos mesmos. Algumas estimações feitas em 2016 dizem que existiam entre 1543 a 2468 espécies de dinossauros na era Mesozoica.
Os dinossauros que existem nos dias de hoje mostram que a classe alcançou distribuição global no período Jurássico, já que aves modernas habitam a maioria dos locais possíveis, podendo ser habitats marinhos ou terrestres. Há também evidências que alguns dinossauros que não eram aviários tinham a capacidade de voar ou planar, mostrando que eles conseguiram se distribuir de forma intensa.
Quem Foi Que Descobriu Os Dinossauros?
O primeiro registro fóssil de dinossauro descoberto foi uma parte do fêmur de um megalossauro, no ano de 1676, na Inglaterra, sendo o responsável por tal descoberta o reverendo inglês Robert Plot.
O item foi registrado como parte de um elefante, havendo teorias de que ele poderia também pertencer a uma espécie humana gigante. Anos depois, em 1815, foi descoberta uma mandíbula com dentes na mesmo região em que o fêmur havia sido encontrado. Somente em 1824 que os dois fósseis foram relacionados a um mesmo animal, trabalho feito pelo paleontólogo britânico Willian Buckland.
A clade Dinosauria somente foi surgir no ano de 1842, depois se popularizando o termo “dinossauro”, sendo ela aplicada a três espécies encontradas até então: megalossauro, iguanodon e hylaeossauro. Conheça as três espécies consideradas pioneiras:
- Megalossauro: Era um dinossauro terópode, bípede e carnívoro, que viveu durante o período Jurássico. Tinha entre oito e nove metros de comprimento, e seu peso girava em torno de duas toneladas. Essa espécie possuía pescoço curto, porém, muito forte, que conseguia sustentar a sua cabeça, que era muito grande, com uma mandíbula gigantesca e força para retalhar suas presas com seus dentes em formato de serras, além disso, possuía longas garras nas patas dianteiras.
- Iguanodon: Gênero de dinossauro bípede e herbívoro, que viveu no início do período Cretáceo Inferior. Tinha cerca de nove metros de comprimento, pesando em média quatro toneladas e meia, eram animais rápidos, podendo correr até 31 km por hora. Acredita-se que a espécie viveu na França, Reino Unido, Bélgica, Estados Unidos, Portugal, República Tcheca e Macedônia do Norte. Foi nomeado dessa forma no ano de 1825, por Gideon Mantel, geólogo inglês, baseado em amostras fósseis encontradas.
- Hylaeossauro: Foi nomeado em 1832, por Gideon Mantell, após encontrar registros fósseis no sul da Inglaterra. Viveu durante o período Cretáceo Inferior, medindo entre 3 e 6 metros de comprimento. Seu corpo tinha uma carapaça que era coberta de espinhos, atuando na defesa sua defesa contra predadores carnívoros. Sua alimentação era herbívora, principalmente de pteridófitas.
Durante a primeira metade do século XX acreditava-se que esses eram animais lentos e sem inteligência, porém, pesquisas realizadas posteriormente, por volta do ano de 1970, mostraram que diversas espécies eram rápidas, possuíam um metabolismo acelerado, e passavam por adaptações para interação social.
Dinossauros no Brasil
No Brasil já foram descobertas certas de 30 espécies de dinossauros não aviários. Os primeiros registros fósseis encontrados foram na cidade de Sousa, na Paraíba, no ano de 1897, porém, só começaram a serem estudados no ano de 1920, quando foi identificado que as pegadas encontradas pertenciam a duas diferentes espécies de dinossauros. O primeiro fóssil de réptil foi encontrado no Rio Grande do Sul, em Santa Maria, pertencente a um Rincossauro.
As principais espécies de dinossauros encontradas no Brasil até hoje foram:
- Espinossauro: Viveu na região do Ceará há mais de 100 milhões de anos, pesando em média 500 quilos e com cerca de três metros de comprimento.
- Abelissauro: Viveu na região dos estados de São Paulo e Minas de Geral, possuindo aproximadamente seis metros de comprimento e cinco metros de altura, eram carnívoros.
- Carnossauro: Carnívoros que chegavam a medir sete metros de comprimento viveram na região dos estados da Bahia, Paraíba e Mato Grosso.
- Celurossauro: Eram carnívoros e bípedes, possuindo cerca de três metros de comprimento, com cauda longa e pescoço flexível, era uma espécie bem veloz, que habitou o estado de São Paulo.
- Estauricossauro: Pesava cerca de 50 quilos e tinha em média dois metros de comprimento, eram carnívoros e habitaram a região do Rio Grande do Sul.
- Austroposeidon magnificus: É a maior espécie de dinossauro encontrada no território brasileiro, possuindo 25 metros de comprimento e 10 de altura, eram herbívoros e habitaram a região do estado de São Paulo.