Desde os tempos do descobrimento, o Brasil segue as tendências artísticas internacionais – seja nas artes plásticas, música, literatura e tecnologia. Quanto mais o tempo passa, no entanto, menor é a diferença temporal entre as vanguardas americanas e europeias e as suas execuções com o gosto brasileiro.
Para a arte brasileira, o momento de grande distinção é, sem dúvida, a Semana da Arte Moderna de 1922. Foi com esses artistas que a cena artística brasileira deixou de ser apenas consumidora e imitadora, e passou a ser a executora e criadora de sua própria arte, ainda que se encaixando em padrões artísticos internacionais – mas sempre com uma pitada de algo tipicamente brasileiro.
A arte evoluiu desde a Semana de Arte Moderna, e a Arte Contemporânea brasileira se inicia nos anos 60, quando as influências da Pop Art americana apareciam por todo o mundo, inclusive no Brasil. Esta faceta brasileira do movimento fazia críticas fortes à ditadura e à sociedade da época, assim como trazia diversas referências ao Tropicalismo.
Na década de 70, a arte se afasta da política e da crítica social, e passa a emblematizar a reflexão, a razão, o conceito e a tecnologia. Com a Exposição Internacional da Arte por Meios Eletrônicos, iniciou-se no Brasil o processo de arte tecnológica, de execução de obras de arte com o auxílio do computador.
A mudança de paradigma político do fim dos anos 70 e primeira metade dos anos 80 mudou também a forma que a arte era feita no Brasil. Com o clamor pelas Diretas Já, a arte retoma o seu caráter político a opinativo, de crítica social e preocupação política, com exposições como: “Tradição e Ruptura” de 1984, “A Trama do Gosto”, em 1987, ambas organizadas pela Bienal de São Paulo, e “A Mão Afro-Brasileira” de 1988, organizada pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
“A arte Efêmera” e a “Arte Conceitual” também datam deste período, tendo os mesmos preceitos que suas contrapartes americanas e europeias, mas com a preocupação com o momento político e social brasileiro. A partir dos anos 90, o Brasil passa a integrar parte do cenário artístico mundial sem mais atrasos – uma grande prova disso são as Bienais, que apresentam todas as novas formas de arte.
No entanto, a arte ainda parece ser privilégio das grandes metrópoles, e ainda não tem uma abrangência significativa no interior do país, e em certos estados mais afastados. A arte ainda é vista como parte da elite, e dificilmente é alcançada por todos. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, têm as suas manifestações de Street Art, mas nas demais capitais do país, isto ainda levará algum tempo para chegar.