Pierre-Auguste Renoir

O pintor nasceu na cidade de Limoges, localizada na França, no dia 25 de fevereiro de 1841. Ele viveu até o inicio do século XX, morrendo no dia 3 de dezembro de 1919. Com apenas 21 anos de idade, o jovem Pierre-Auguste Renoir mudou para Paris para estudar na Escola de Belas Artes (École dês Beaux-Arts, em Frances).

Renoir pertenceu ao movimento impressionista e durante este tempo pintou diversas paisagens, além de quadros que representavam a vida. Uma frase que ele costumava dizer era: “Por volta de 1883, eu tinha esgotado o Impressionismo e finalmente chegado à conclusão de que não sabia pintar nem desenhar.”.

Biografia de Pierre-Auguste Renoir

O artista que foi um dos pintores impressionistas de maior destaque no mundo tem origem humilde, seu pai era alfaiate e sua mãe era costureira. A família composta pelos pais, Pierre e mais cinco irmãos se mudou para Paris entre 1844 e 1846 (não há o registro exato). Pierre passou a frequentar uma escola católica.

Na adolescência, buscando uma forma de ganhar a vida, Renoir tornou-se aprendiz de um pintor que decorava porcelanas. Inicialmente, ele copiava desenhos para tornar a porcelana de pratos e xícaras mais atraente. Não demorou para que o pintor começasse a se dedicar a realizar outros tipos de desenhos decorativos. Nessa época Renoir passou a assistir aulas de desenho que eram ministradas pelo escultor Louis-Denis Caillouette numa escola local.

A família do pintor morava perto do Museu do Louvre e enquanto ele aprendia a pintar tinha como exercício copiar algumas das maravilhosas obras expostas no local. No ano de 1862 ele entrou Ecole des Beaux-Arts, ele também passou a ser aluno de Charles Gleyre tendo sido inclusive nesse estúdio que ele fez amizade com Frederic Bazille, Alfred Sisley e Claude Monet. O último apresentou a Renoir o talento fantástico e pouco ortodoxo de Paul Cézanne e Camille Pissarro.

Os Primeiros Anos da Carreira de Pierre-Auguste Renoir

O ano de 1864 foi muito marcante para Renoir por ter sido quando uma de suas pinturas foi pela primeira vez aceita na exposição anual do Salão de Paris. A pintura intitulada ‘La Esmeralda’ tinha como inspiração uma personagem da obra literária de Victor Hugo, ‘O Corcunda de Notre Dame de Paris’. Em 1865 novamente Renoir expôs uma de suas obras no Salão de Paris, dessa vez foi o retrato de William Sisley, pai de Alfred Sisley.

No início de sua trajetória de pintor, Renoir, enfrentou sérias dificuldades financeiras dependendo inclusive da boa vontade de seus amigos. Nos primeiros anos ele vagou de estúdio em estúdio de colegas como Monet, Sisley e Bazille por não ter um endereço fixo. Como a sua arte ainda não lhe dava dinheiro procurou trabalhar ganhando comissões por retratos.

Lise Tréhot

Foi em meados de 1867 que Renoir conheceu a costureira Lise Tréhot que muitas vezes posou como sua modelo. Algumas obras do pintor que tiveram a contribuição de Lise como modelo foram ‘Diana’ e ‘Lise’ de 1867. O pintor e a modelo teriam tido um envolvimento amoroso nesse período que resultou no nascimento de Jeanne, em 1870, que jamais foi reconhecida por Renoir como sua filha.

Exército

Em 1870 o pintor foi convocado para o exército francês para a guerra contra a Alemanha. Ele não teve nenhuma experiência como combatente pelo fato de logo ter adoecido com disenteria. Seu amigo Bazille não teve a mesma sorte e acabou sendo morto em novembro de 1870 em combate.

Primeira Exposição Impressionista

A guerra chegou ao fim em 1871 e Renoir assim como outros pintores que haviam sido convocados para servir ao exército puderam voltar as suas atividades artísticas. No ano de 1874, Renoir e amigos como Monet, Edgar Degas, Pissarro e Cézanne resolveram organizar uma exposição que ficou conhecida como a Primeiro Exposição Impressionista. O objetivo era apresentar as suas obras por conta própria e tentar ganhar algum destaque no mercado.

O estilo era chamado de impressionista pelo fato de que tinha um aspecto de impressão, ideia que os próprios artistas gostavam de difundir. Os impressionistas utilizavam uma paleta muito mais vibrante de cores assim como pinceladas únicas que permitiam adicionar movimento as suas obras.

Impulsionando a Carreira

A exposição impressionista não gerou a repercussão que Renoir e os demais pintores esperavam e logo ele precisou encontrar outros meios de dar um impulso a sua carreira. Uma de suas estratégias foi buscar clientes que lhe dessem apoio como o poderoso editor Georges Charpentier e Marguerite, sua esposa. O casal lhe apresentou escritores de renome da época como Émile Zola e Gustave Flauber. Durante esse período ele recebeu comissões para pintar retratos de amigos ricos do casal.

No ano de 1879 a obra ‘Madame Charpentier e seus filhos’ – que foi elaborada um ano antes – foi apresentada no Salão de Paris ganhando grande reconhecimento da crítica especializada. Com o dinheiro das comissões que recebia, Renoir, empreendeu viagens como para Argélia e Itália sendo que no último destino pintou um retrato do famoso compositor Richard Wagner.

Casamento

A estabilidade financeira e ter viajado por diversos destinos fez com que Renoir se acalmasse e finalmente tomasse a decisão de se casar, no ano de 1890, com sua namorada de anos Aline Charigot com quem já tinha um filho chamado Pierre que nasceu no ano de 1885.

A namorada que depois se tornou esposa havia sido modelo de Renoir em alguns quadros como a obra ‘Mãe que amamenta criança’ de 1886. O casal teve mais dois filhos chamados Jean e Claude nascidos respectivamente nos anos de 1894 e 1901. A família foi uma das inspirações de Renoir para suas obras naquele momento da vida.

Reumatismo

O pintor passou a sofrer com as dores do reumatismo desde o começo da década de 1890, contudo, isso não interferiu na forma de representar as cenas de suas pinturas. Conforme o tempo passava e a doença se tornava mais intensa mais esforço físico era exigido do pintor. As mãos de Renoir aos poucos foram sendo desfiguradas pelos dedos encolhidos e paralisados.

Os Últimos Anos de Vida de Renoir

No ano de 1907 ele construiu uma mansão para a sua família num terreno localizado em Cagnes-sur-Mer. Apaixonado pela pintura ele continuava insistindo em trabalhar mesmo estando gravemente afetado pelo reumatismo. Em 1912 ele teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o deixou numa cadeira de rodas. Não querendo ficar afastado da arte ele trabalhou esculpindo durante algum tempo e com assistentes a partir de seus próprios quadros.

No ano de 1919, Renoir, faleceu, contudo, viveu o bastante para ver uma de suas obras ser comprada pelo Museu do Louvre naquele mesmo ano, uma grande honra para qualquer artista. O pintor foi enterrado ao lado de sua esposa Aline, que havia falecido em 1915, em Essoyes, França. Com uma vasta produção de mais de 200 telas, Pierre-Auguste Renoir, foi um profícuo pintor que serviu de inspiração para outros grandes artistas como Pablo Picasso, Henri Matisse e Pierre Bonnard.

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Categoria(s) do artigo:
Arte

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