Como Foi A Morte De Dom Pedro Primeiro?

Dom Pedro Primeiro é um dos personagens de maior importância da Independência do Brasil e da sua história no geral, ele abriu mão do seu direito de ocupar o trono português para que pudesse assumir o trono brasileiro.

O seu nome completo ficou bastante famoso por ser exageradamente grande, sendo ele: Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

Biografia de Dom Pedro I

Dom Pedro nasceu na cidade de Lisboa, no dia 12 de outubro de 1798, sendo ele filho de Dom João VI e Carlota Joaquina, até a data do nascimento do filho ainda eram príncipe e princesa de Portugal, somente se tornando rei e rainha no ano de 1816.

Ele era o quarto filho do casal, sendo o segundo herdeiro do trono, já que possuía um irmão, Dom Antônio de Bragança. Quando seu irmão morreu, ele se tornou o primeiro herdeiro. Durante a sua infância, quando tinha 9 anos de idade, ocorreu à transferência da Corte portuguesa para o Brasil, então, ele passou a viver no país.

Tal transferência ocorreu devido à invasão do país por tropas francesas, tendo a Coroa que tomar decisões rápidas para que se não tornassem prisioneiros de Napoleão, portanto, toda a família mudou-se para o Rio de Janeiro.

Durante a sua morada no Rio de Janeiro com a família, viveram no Palácio de São Cristóvão (local que se tornaria o Museu Nacional). O menino possuiu uma ótima instrução educacional, já que era membro da realeza. Em sua infância e adolescência demonstrou ser uma criança com provável hiperatividade, já que relatos demonstram que ele não conseguia ficar sem ocupações, além disso, tinha ataques de convulsão ocasionalmente.

No dia 13 do mês de maio do ano de 1817, se casou com Leopoldina da Áustria, que era filha do Imperador Francisco I, imperador da Áustria. O casamento foi arranjado para firmar um acordo muito importante entre os dois países.

O acordo beneficiava Portugal, pois era uma oportunidade de aliança com uma das nações que conseguiram sair vitoriosas contra as investidas do francês Napoleão. A Áustria tinha grande influência na Santa Aliança, que foi uma união de monarquias absolutistas que se uniram contra Napoleão. Já para os austríacos o acordo era importante por Portugal possuir diversos territórios na América, tendo como destaque o Brasil, que havia sido elevado a Reino Unido. Com isso, ambas iriam criar laços e desenvolver a sua rede comercial.

Os dois somente se conheceram em novembro, quando Leopoldina se mudou para o Rio de Janeiro. Segundo os relatos encontrados, a moça se encantou por Pedro inicialmente, porém, o casamento em si não ocorreu de forma feliz. Dom Pedro traia a mulher constantemente, possuindo vários casos, sendo o com a Marquesa de Santos o mais famoso, além disso, há algumas evidências que apontam que ele agredia a esposa.

Apesar das infelicidades, do casamento nasceram sete filhos, sendo eles: Maria, Miguel, João Carlos, Januária, Paula, Francisca e Pedro. D. Maria Leopoldina Faleceu no ano de 1826. D. Pedro decidiu se casar novamente no ano de 1829, procurando uma nova esposa na realeza europeia, já que após a morte de sua esposa, ele se afastou de sua amante mais comum, a Marquesa de Santos.

No ano de 1829 ele se casou novamente com d. Amélia de Leuchtenberg, que era princesa de Baviera e do casamento dos dois nasceu uma filha, que foi chamada de Maria Amélia.

Qual Foi O Seu Envolvimento Com a Independência Do Brasil?

Apesar do amor entre pai e filho, d. Pedro I e d. João VI, o rei de Portugal, a relação entre eles passava por algumas conturbações, sendo o principal motivo o fato de d. João VI não deixar que seu filho se envolvesse nos assuntos políticos, determinação que ele estabeleceu devido a crença de seus conselheiros que era o melhor a se fazer.

Contudo, no ano de 1820 ocorreu a Revolução Liberal do Porto, em Portugal, que foi organizada pela burguesia portuguesa, que deseja recolocar Portugal como centro administrativo, já que a corte estava a cerca de 13 anos estabelecida no Brasil.

Devido à pressão colocada sobre ele, o rei retornou para Portugal, e deixou d. Pedro I como o regente do Brasil, outorgando um decreto no dia 23 do mês de abril do ano de 1821 que determinava que ele pudesse conferir cargos, condecorações e postos, e em situações emergências declarar guerras ou tréguas. Ele tinha o auxílio de quatro ministérios, além do Reino.

Porém, o seu período de regência durou pouco, pois em setembro de 1821 foi exigida que ele retornasse a Portugal, nessa altura a Coroa passava por um momento de tentativa de recolonizar o Brasil e também suportava a intransigência das Cortes.

Pedro de Alcântara decidiu retornar a Portugal, porém, sua esposa d. Leopoldina começou a o convencer a ficar, além disso, um grupo de brasileiros que defendia a independência criou um movimento para que ele ficasse. Chamados de Clube da Resistência fizeram um documento argumentando que ele deveria ficar, recolhendo a assinatura de 8 mil apoiadores.

Então, no dia 9 de janeiro, conhecido como Dia do Fico, ele disse a famosa frase: “Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico.”.

Após ficar, a relação com Portugal foi se desgastando, e nesse momento havia três grupos querendo decidir o futuro do Brasil. Os portugueses desejavam que ele retornasse, um grupo defendia a instalação de um modelo republicano no país, e o outro, um regime monárquico constitucional.

A declaração da Independência ocorreu no dia 7 de setembro de 1822, decidida por d. Leopoldina que estava como regente no país, e recebeu novas ordens vindas de Portugal. Ela então enviou uma carta a d. Pedro, que a recebeu na altura do Rio Ipiranga, onde ele declarou a também famosa frase: “Independência ou morte”.

Após a independência ele foi declarado como o Imperador do Brasil, quando governou com exagerado autoritarismo, centralizando o poder. Renunciou ao trono para seu filho no dia 7 de abril de 1831.

Como Foi a Morte De Dom Pedro Primeiro?

Morte De Dom Pedro Primeiro

Morte De Dom Pedro Primeiro

Quando retornou a Portugal, no ano de 1831, d. Pedro I se envolveu na Guerra Civil Portuguesa, disputa iniciada entre os liberais, que defendiam que Portugal fosse governado sobre uma monarquia constitucional, e os absolutistas, que defendiam a permanência de uma monarquia absolutista.

Dom Pedro I liderou as tropas para o lado dos liberais, defendendo o direito de sua filha, d. Maria II, de governar Portugal. Seu exército lutava contra o seu próprio irmão, d. Miguel.

Em certa situação, seu exército estava em menor número e foi cercado pelos inimigos, nesse momento, no início de 1833, ele recebeu notícias de que sua filha Paula estava morrendo, em paralelo a isso, os brasileiros desejavam que ele retornasse para o Brasil para governar como regente. Ele não desejou retornar ao Brasil, mantendo-se na guerra.

Segundo relatos, ele não era um líder que ficava alheio a guerra, mas participou de todos os conflitos, ajudando a todos a fazer todo o trabalho pesado, seu papel e suas estratégias foram fundamentais para que d. Miguel fosse derrotado e um tratado de paz fosse assinado no dia 26 de maio de 1834.

Os seus aliados saíram vitoriosos na guerra, porém, a sua saúde foi completamente desgastada. Apesar de ter sido um homem forte durante toda a sua vida, ele se adoentou, contraindo uma tuberculose que o deixou de cama no Palácio Real de Queluz a partir do dia 10 do mês de setembro do ano de 1834. Apesar dos cuidados recebidos, ele faleceu no dia 24 do mês de setembro 1834, às 14h30min, após sofrer muito devido à tuberculose.

Antes de morrer ele escreveu uma carta aos brasileiros implorando a abolição da escravidão, a classificando como um grande mal que contrariava os direitos e a dignidade humana.

Após a notícia de sua morte chegar ao Rio de Janeiro, José Bonifácio informou os filhos de Dom Pedro I sobre o ocorrido da seguinte forma: “Dom Pedro não morreu. Apenas homens ordinários morrem, heróis não”.

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Categoria(s) do artigo:
História

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