Política da Angola

Situado na costa ocidental do continente africano, a Angola ou República de Angola, é um país banhado pelo Oceano Atlântico com uma população de aproximadamente 18,4 milhões de habitantes. Numa área de 1.246,700 km2 esse país tem como sua capital a cidade de Luanda. Uma curiosidade é que a língua oficial desse país africano é o português. Que tal conhecer um pouco mais sobre a história de Angola e seu regime político?

Quem Vivia em Angola Antes da Colonização?

Originalmente o território que hoje conhecemos como Angola era habitado por caçadores e coletores coissã. Como eles era pouco numerosos e viviam dispersos foram facilmente mandados embora pelos povos bantos que chegaram do norte. Atualmente, ainda existem grupos residuais dos coissã no sul tanto em Angola como na Namíbia e Botsuana.

Os povos bantos tinham grande vocação para agricultura e caça tendo realizado uma expansão significativa a partir da África Centro-Ocidental. Contudo, tudo mudou quando em 1482 chegou uma frota portuguesa na foz do rio Congo. O comandante Diogo Cão estabeleceu relações com o Reino do Congo dando início ao contato com o povo do continente africano.

A Colonização Portuguesa na África

Portugal usou duas estratégias para colonizar o território africano sendo a primeira delas contar com o trabalho de poucos, mas bem influentes padres de Portugal e da Itália que disseminaram o cristianismo entre os africanos e costumes europeus. A segunda estratégia foi a de estabelecer uma feitoria em Luanda num local de acesso fácil ao oceano e perto dos reinos de Ndongo e Congo.

Aos poucos os portugueses foram dominando a região de Luanda em direção ao Reino do Ndongo por meio de guerras e tratados. Com uma dimensão ainda limitada, o território, começou a ser chamado de Angola. Em Luanda, através do intermédio dos Reinos do Ndongo, Congo e Matamba se desenvolveu um intenso tráfico de escravos com destino a Portugal, ao Brasil e a países da América Central.

Ocupação Holandesa

Entre os anos de 1641 e 1648 os holandeses ocuparam a região de Angola e realizaram algumas alianças com os estados africanos do entorno. Contudo, em 1648 Portugal voltou a dominar Luanda através de um processo de conquista militar dos estados de Ndongo e Congo. Em 1671 Portugal obteve a vitória sobre os reinos.

Portugal havia consolidado a sua dominação em Luanda e Benguela, no entanto, ainda fazia pouco esforço para uma dominação no interior. Esforços maiores de penetração foram realizados nas primeiras décadas do século 20, mas logo se tornaram mais escassos. Os avanços eram em parte militares com o objetivo de ter um domínio mais duradouro nessas regiões, mas precisaram vencer significativas resistências de maior ou menor grau das populações.

Ocupação Holandesa na Angola

Ocupação Holandesa na Angola

Conferência de Berlim e a Independência de Angola

Angola é um dos países que foi colonizado por Portugal, decisão tomada durante a Conferência de Berlim, em 1885. Nessa reunião ficou estabelecido quais seriam os colonizadores de diferentes territórios da África. Portugal fez valer os esforços que tinha empregado na região conseguindo tirar o território do radar de outras potências.

A partir dessa decisão, Portugal, que vivia o regime ditatorial de António de Oliveira Salazar deu início uma política de ocupação do território pela imigração de portugueses como uma das formas de acelerar a economia local. A população de Angola logo saltou para mais de 100.000. Os africanos não tinham direitos de cidadania e boa parte dos povos dedicados a atividades agrícolas foi direcionado para a produção de café, sisal e milho. Além de pagar taxas e impostos muito elevados, boa parte da população africana, ainda foi obrigada a aceitar trabalhos assalariados mal pagos.

Obviamente que essa situação foi gerando um grande descontentamento e a partir da década de 1950 teve início a articulação de uma resistência angolana multifacetada. O continente africano como um todo passava por um processo de descolonização após o término da Segunda Guerra Mundial e isso passou a inspirar o povo angolano. Em 1961 teve início um conflito armado contra Portugal.

A independência de Angola foi conquistada apenas em 11 de novembro de 1975. No entanto, a independência não trouxe paz para a nação que depois de lutar contra a ocupação dos portugueses passou a viver uma intensa guerra civil (entre 1975 e 2002) decorrente de divergências de pensamento político.

Estrutura Política de Angola

Em Angola vigora o regime presidencialista em que o Presidente da República é também o chefe de governo e possui os poderes de nomear os integrantes do supremo tribunal e legislar. Esse sistema denota uma falta de equilíbrio entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. Há grande concentração de poder nas mãos do presidente que possui o auxílio do primeiro ministro e de um conselho de ministros.

Angola está dividida em dezoito províncias sendo que cada uma conta com governadores ou líderes nomeados pelo presidente. Esse é um dos países mais pobres do mundo e passa por uma série de problemas sociais decorrentes das décadas de intensa guerra civil.

Presidentes de Angola

No ano de 1975, Angola, conquistou sua independência de Portugal após uma guerra bastante longa de libertação. A partir da libertação o país passou a seguir o regime presidencialista em que o governante acumula o poder de chefe de Estado e chefe de governo. Além de ser o responsável por indicar o primeiro-ministro, o presidente, também exerce as atividades pertinentes a presidência.

Presidentes de Angola

Presidentes de Angola

Agostinho Neto foi o primeiro presidente de Angola pós-independência tendo governado entre 1975 e 1979, quando faleceu. Lúcio Lara o substituiu interinamente até a conclusão da eleição que escolheu José Eduardo dos Santos como novo presidente. No período desse governo, Angola, passou a ser uma democracia multipartidária.

Em 1992 foi realizada uma polêmica eleição em que o presidente José Eduardo dos Santos foi reeleito com 49% dos votos. No entanto, seu opositor, Jonas Savimbi da UNITA alegou que houve fraude no processo. Apenas em 2017 Santos foi sucedido por João Lourenço.

Mudança

Em 2010 foi aprovada uma nova constituição em que o cargo de primeiro-ministro foi extinto e o cargo de vice-presidente foi criado. O presidente passou a ser escolhido através de eleições parlamentares. O cabeça-de-lista do partido mais votado passava a ocupar o cargo presidencial.

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Categoria(s) do artigo:
História

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