Ísis do Egito

A deusa Ísis faz parte da mitologia egípcia, no entanto, foi cultuada para além das fronteiras do país do Nilo. Estima-se que a deusa da fertilidade e maternidade era adorada em todo o mundo greco-romano e até mesmo em territórios da atual Alemanha. Tamanho alcance se deve a versatilidade que essa deusa possuía em termos de atendimento de demandas uma vez que era quem ouvia os lamentos e preces dos mais necessitados e os pedidos dos mais abastados.

Origem Mitológica da Deusa Ísis

Dentro da mitologia egípcia, Ísis, é a filha mais velha de Geb (deus da Terra) e Nut (deusa do Firmamento). Ísis se casa com seu irmão Osíris e o casal precisa enfrentar a fúria do outro irmão, Seth, que é tido como a divindade do mal. Na mitologia Seth é invejoso e se recente de Osíris por ele ter ficado responsável por comandar a Terra tendo a oportunidade de transmitir aos mortais seus conhecimentos a respeito de agricultura e pecuária.

Como vingança Seth trai o seu irmão e além de mata-lo esquarteja seu corpo, desesperada Ísis consegue reunir todas as partes do corpo do amado com exceção do seu genital que então é substituto por uma versão do órgão de ouro. Usando seus dotes de magia, Ísis, traz Osíris novamente a vida. Após esses acontecimentos o casal concebe Hórus – um dos principais deuses egípcios representado pelo sol – que emana energia solar e que luta contra Seth derrotando-o.

Ísis – A Deusa que Zela por Todos

O mesmo cuidado e amor que Ísis demonstrou por seu marido morto, reunindo seus pedaços e lhe devolvendo a vida, nutre por aqueles que a adoram. A deusa ficou conhecida por ouvir e ajudar escravos, pecadores, santos, nobres, homens, mulheres e crianças.

Os principais traços de personalidade atribuídos a Ísis dizem respeito ao sentimento maternal e de zelo. Essa deusa era tida como a protetora de tudo o que faz parte do Reino Natural, inclusive em certo momento da história egípcia as cheias do Nilo eram vistas como o transbordar das lágrimas de Ísis por seu marido.

Primeiros Registros de Culto a Ísis

Os primeiros registros arqueológicos escritos que tratam da adoração a Ísis datam de cerca de 2.500 a.C. no período da V dinastia egípcia. A deusa Ísis não tinha um local específico de culto no país do Nilo porque sua adoração teve início relativamente tarde, já no final da era do Antigo Egito.

Os primeiros registros indicam que o seu culto teve início no delta do Nilo. No período em que o culto a Ísis se popularizou outras deusas também estavam começando a ser cultuadas. Em paralelo ouve o crescimento da difusão do conto de Osíris no qual Ísis tem participação significativa.

Festival Junino de Lelat-al-Nuktah

De certa maneira o culto a Ísis se mantém no Egito atual através da realização anual do Festival Junino de Lelat-al-Nuktah em que acontece a festa chamada “Noite da Lágrima” em que se relembram a morte e a ressureição de Osíris. Desde tempos remotos eram realizadas comemorações nesse sentido em que ocorriam rituais em homenagem a Ísis.

Culto a Ísis Fora do Egito

Importantes achados arqueológicos demonstram que Ísis era cultuada em outros países além do Egito. Para se ter uma ideia existem ruínas de templos construídos para essa deusa em algumas partes de Roma. O culto a Ísis teve grande relevância durante a Antiguidade estando presente até mesmo em territórios gregos como Delfos, Delos e Elêusis. Existem registros de adoração a Ísis em países como Portugal, Irlanda e até na Grã-Bretanha.

O Nome de Ísis

Uma curiosidade a respeito dessa deusa egípcia reside na grafia e pronúncia do seu nome. Ísis é o nome atribuído pelos gregos a deusa, seguindo as regras gramaticais da língua grega. Originalmente os estudiosos acreditam que o nome da divindade fosse grafado como ỉs.t ou ȝs.t significando ‘(Ela de o) Trono’. Não se tem registros sobre a pronúncia correta do nome. Ísis era a personificação do trono de maneira que seu nome realmente queria dizer “ela do trono”.


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Categoria(s) do artigo:
História

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