De Onde Vem a Antropologia Francesa

Todos sabem que a antropologia é muito importante para que possamos entender como os primeiros seres humanos que por aqui passaram se desenvolveram, se organizaram e, ainda, saber se todo esse processo foi o suficiente para refletir em nossas ações atualmente.

No entanto, muita gente não dá o devido valor para essa ciência, por considerarem que ela não “tem muita importância”, dando preferência, principalmente, para as ciências biológicas e ciências exatas. Mas, essas pessoas se enganam ferozmente, já que, se não houvesse ciências voltadas para o estudo do homem, provavelmente, muitas das coisas que estamos acostumados hoje não existiriam.

Felizmente, muitas pessoas se interessam por essa área, que compreendem diversas ciências humanas, como a própria antropologia, história, geografia, ente outras. O Brasil, por exemplo, é um país que possui diversas reservas arqueológicas com o propósito de desvendar os primeiros nativos que aqui vieram. Uma das principais reservas está localizada na Serra da Capivara, no Ceará, local esse que está sob responsabilidade de Niéde Guidon, uma das mais respeitadas arqueólogas e antropólogas brasileiras.

No entanto, em diversas partes do mundo, existem vários outros tipos de antropologia, que visam estudar, localmente, os seres humanos ancestrais de uma área determinada. E, nesse artigo, iremos conhecer uma delas: a antropologia francesa. Aqui, será mostrado um pouco sobre essa antropologia, bem como algumas informações interessantes sobre ela. Vamos lá?

A História Da Antropologia

A antropologia é uma ciência que tem por finalidade estudar o homem de uma forma bastante profunda, abrangendo toda a sua essência, isso é, o foco dessa ciência é estudar o homem em todas as suas dimensões.

Existem diferenças entre as antropologias. Por exemplo, a antropologia clássica tem uma divisão mais simplificada, que consiste na antropologia cultural e na antropologia física, sendo que a primeira trata sobre os aspectos culturais do homem, e o que o levou a evoluir o seu modo de expressar durante os tempos; já a segunda tem foco principalmente nos aspectos comportamentais e fisiológicos dos seres humanos, buscando respostas para tentar entender o comportamento animal e traçar parâmetros de comparação com o outros tipos de animais. Por exemplo, muitos cientistas acreditam que os seres humanos tiveram início com a evolução dos primatas, se encaixando nesse gênero os macacos, gorilas, chimpanzés e outros. Darwin já tinha proposto essa teoria, e ela foi estudada mais profundamente por ter sido encontrado entre os primatas características que podem qualifica-los como sendo parentes próximos dos humanos, como a capacidade de memorizar, compreender relacionamentos, se relacionar como os humanos, entre muitas outras caraterísticas que só foram possíveis serem estudadas e o estudo ser levado à diante com a antropologia e outras ciências que deram suporte para tal.

Muitos acreditam que a antropologia, há tempos, já ocupava o seu lugar ao sol, por trazer tamanha discussão sobre a origem do ser humano e as suas características comportamentais e sociais. No entanto, foi somente há algumas décadas que a ciência começou a ser levada a sério e chegou a ser o que é hoje. Ainda falta um grande caminho a ser percorrido para que a ciência tenha a relevância que tanto merece. Mas não se deixe enganar: a antropologia clássica teve início séculos e séculos antes do nascimento de Cristo, e, portanto, é uma ciência já consolidada, que apenas merecia um reconhecimento maior, sendo isso obtido anos depois.

A história da antropologia praticamente se confunde com a história dos filósofos pós-socráticos, que vieram com grandes indagações a respeito do comportamento dos seres humanos, além de hábitos fisiológicos que eram recorrentes e que inquietavam alguns filósofos, como Homero e Hesíodo, que são alguns exemplos dos filósofos que vieram depois de Sócrates, esse considerado como um dos principais pensantes de todos os tempos.

No século XVIII, por exemplo, o que se sabia sobre a antropologia estava resguardado à poucas pessoas, como soldados, missionários, pessoas da elite, colonizadores. Os ápices de ensinamento da antropologia se resguardavam apenas aos que poderiam pagar, ou seja, aos que poderiam dispor de pagar aulas. Também, eram ensinamentos, muitas vezes, passados apenas para homens. Mulheres não tinha direito de aprender, como muito se sabe que naquela época, o machismo era um grande problema.

A Antropologia Francesa

Como já dito no início do artigo, diversas nações do planeta tinham uma maneira própria de fazer valer o que a antropologia. Na França, o principal pensador dessa área foi Claude Lévi-Strauss, que escreveu o reconhecidíssimo “A Lição De Sabedoria Das Vacas Loucas”.

Basicamente, tal livro remete ao estudo dos ameríndios e, também, aos que não possuíam qualquer tipo de comunicação via escrita e toma o início com a bíblica história da Torre de Babel, na qual se conta que os homens, com a premissa de quererem alcançar “Deus”, resolveram construir um ambicioso prédio, que deveria chegar ate o céu. Vendo a ganância humana, Deus resolveu, então, trocar a língua de cada pessoa, a fim de que eles se confundissem e, assim, não seguissem adiante com seu plano. E assim aconteceu, onde muitas pessoas acreditam que, foi a partir desse episódio que as diferentes línguas existentes no planeta foram criadas.

Voltando à obra de Claude, a mesma retrata que nós, humanos, desde cedo aprendemos a amar e a respeitar os seres vivos a nossa volta, e não é à toa que, quando crianças, nós ficamos cercados desses bichinhos, sejam por meio de filhotes, de réplicas emborrachadas, em madeira, plástica, entre outros materiais.  Outra forma de nos familiarizar com os animais é apresentado- os por meio de histórias, como o Rei Leão, longa-metragem de animação da Disney, sendo que esse é considerado como um dos melhores filmes da companhia estadunidense.

Mas, enquanto os humanos tentam dar uma simbologia bonita aos seres vivos, isso é rompido rapidamente, com a utilização de maioria deles para a alimentação. E, com a utilização da carne para nos alimentar, o ser humano se vê num dilema ou, para ser mais exato, num problema filosófico. E, a partir daí ele começa a desenrolar toda uma narrativa com preceitos bastante sociais que podem nos fazer refletir sobre a nossa existência no planeta. Nesse link, há mais sobre como a antropologia francesa enxerga o ser humano:

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Categoria(s) do artigo:
Antropologia

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