Cultura da Tunísia

Cada país tem a sua cultura e alguns possuem costumes mais parecidos com os nossos e outros bem menos. A Tunísia, que fica na África do Norte, pode entrar na lista daqueles países que pode ter muita coisa curiosa para descobrirmos, devido as diferenças culturais.

Costumes, ritos, tradições, com muita observação podemos aprender muito de um país e de seu povo. Veja alguns detalhes interessantes da cultura da Tunísia, a seguir!

Superstições: Ayin Hará

Essa é uma daquelas superstições que existe na Tunísia que em muito casos acaba sendo mistificada. Vamos falar de Ayin Hará, que para nós é o “mau-olhado”. Para os antigos não se pode temer o Ayin Hará, porém, segundo a cultura daquela país é melhor evitar algumas atitudes para manter longe o mau-olhado, a inveja. Sem que isso seja feito de forma excessiva.

O mau-olhado não é novidade para nós e nem para muitas outras culturas, praticamente está inserido em todas elas. No caso da Tunísia, faz parte das superstições dos judeus. Para manter bem longe a inveja, se usa uma expressão em árabe que é “mashallah” e que significa “que Deus nos livre do mau-olhado”. Assim como nós no Brasil falamos “benza Deus” quando estamos diante de uma criança pequena, eles usam o “mashallah”, com a diferença, que também o dizem para os jovens.

Porém, eles vão mais além nessa proteção da criança contra o mau-olhado. Um recém-nascido não é mostrado para ninguém antes que complete 40 dias. Para eles, a beleza do bebê pode acabar despertando muita inveja.

País Dominado Pela Cultura Árabe

Falamos dois judeus da Tunísia e da sua cultura, porém, a maior parte do povo que vive lá, 99% segue a religião islâmica. A pequena parte que sobra é dividida entre judeus e católicos. A língua oficial da Tunísia é o árabe e seu território faz fronteira com a Argélia, a Líbia e com o Mar Mediterrâneo.

É um país pequeno do tamanho mais ou menos do nosso estado Acre e tem na sua história uma série de episódios de invasões e por isso um povo misturado, com descendentes de várias civilizações. Os primeiros a chegarem na Tunísia foram os fenícios, segundo registros históricos, e foram eles que fundaram Cartago e seguido outras pequenas regiões, todas na parte norte da África. Estamos falando de um fato que ocorreu no século XVIII antes de Cristo.

Cartago acabou se tornando muito importante em relação ao setor marítimo e também representou uma grande briga da nação contra Roma, ambas queriam ter o controle do mar Mediterrâneo. Disputa essa que Roma levou a melhor.

Por um bom período, o norte da África ficou sob o comando dos romanos e isso só mundo no século quinto, quando a Tunísia é invadida por outras comunidades da Europa, uma vez que o Império Romano tinha acabado.

Já os muçulmanos chegaram na Tunísia no século VII. Com o novo povo, o país começou a ganhar outros ares. Era uma verdadeira misturada de culturas, porque chegavam também outros árabes, os otomanos, além de judeus e espanhóis muçulmanos. Toda esse processo de emigração ocorreu no fim do século XV.

A “Nova” Tunísia

A cultura dos povos no mundo foi sendo feita dessa forma. Com a chegada de imigrantes, com a mistura e com hábitos que prevaleceram e outros não, o que aconteceu na Tunísia. Com tantos árabes, o país acabou se tornando um centro de aprendizagem da cultura deles em no século XVI, passou a fazer parte do Império Turco Otomano.

Foi então, que a Tunísia passou das mãos dos turcos para os franceses e assim seguiu por longos anos. De 1881 até 1956, a Tunísia pertencia a França, o que terminou com a sua libertação, porém, deixando para trás muita da cultura daqueles que por um longo período foram os seus “donos”.

Judeus e Cristãos na Tunísia

Apesar de minoria atualmente na Tunísia, cristãos e judeus tiveram uma expressiva representação durante muitos anos no país. Existiu uma população de judeus que ficou durante dois mil anos vivendo em uma ilha do país, comunidade que se reduziu agora e está localizada em Tunis. Na sua maioria são descendentes de judeus que escaparam no século XV da Espanha.

Já os cristãos da Tunísia estão bem dispersos pelo país e são poucos, muitos deles, estrangeiros que vivem no país e poucos cidadãos que se converteram a religião. A política até 2011 também tinha uma particularidade. Eles tinham o único sistema de governo presidencialista do mundo que um único partido era quem dominava. O Presidente da República estava no cargo desde 1987 sem nenhum tipo de contestação. Uma posição que ele conseguiu tirando do poder Habib Bourguiba.

O que mudou a situação da política no país foi uma série de manifestações da população, a grande maioria violência e depois de dois meses, no dia 14 de janeiro de 2011, o presidente deixou o poder. Bem Ali foi se exilar na Arábia Saudita. No seu lugar entrou o presidente Fouad Mbazza, que era o chefe do parlamento. Com a saída do primeiro-ministro, através de uma renúncia, um ex-diplomata assumiu o governo. Desde então, o país sofre com as consequências desse longo período de um único presidente e dessas mudanças sem a consulta popular.

Festas Populares da Cultura da Tunísia

Com a forte tradição muçulmana, em fevereiro, eles cumprem o Ramadão, que significa que os praticantes da religião não podem fumar, beber, comer ou ter relações sexuais antes que o sol se ponha. Depois do por do sol, durante todo o mês de fevereiro, eles fazem um grande jantar reunindo toda a família.

No dia 20 de março depois de 20 anos sob domínio de outra nação, na Tunísia se comemora o dia da Independência do país. No mês seguinte, em abril, dia 9, comemora-se o Dia dos Mártires, fazendo referência aos que lutaram e morreram em 1038. Também em abril, no dia 18, se comemora a tentativa de sacrifício de Abraão.

Durante os meses de junho e julho se comemora na Tunísia, o “Festival Internacional de Hammamet”, um bom momento para descobrir muito sobre a cultura local. São apresentações de canções da região, dança, teatro e muito mais.

No dia 25 de julho se agrega ao festival a comemoração pelo Dia da República, quando foi declarada no ano de 1057 com a queda da monarquia. Nos meses de julho e agosto mais um festival anima o país, o “Festival de Monastir”, um momento de muita luz, música, que serve para relembrar a conquista islâmica.

No dia 15 de outubro, o país comemora a saída dos franceses do seu território, as data é chamada de “Evacuação de Bizerta”, que aconteceu em 1962, na cidade que leva o mesmo nome. No mês de outubro mais um festival “Festival Internacional de Cinema de Cartago”. Não acontece todos os anos, apenas a cada dois e é na ilha de Cartago, dedicado ao cinema mundial.

Encerrando as datas comemorativas, em 7 de novembro, o Dia da Ascensão na Tunísia, comemoração da chegada de Zine no poder.

A cultura de um país ou de uma região pode ser avaliada e analisada de diversos pontos, partindo do povo em geral, dos costumes, do modo de viver, artesanato, arte em geral, arquitetura, música, entre muitos outros pontos relevantes. A Tunísia é um país, uma República que fica localizada na África do Norte, pertencente à região do Magrebe.

Seu povo foi iniciado com uma cultura nômade, através dos berberes que vivam no norte da África. A influência Árabe na Tunísia é muito grande devido a vários fatores cruciais, portanto sua arte e música também sofrem influências deles.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
África

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *